𝐓𝐫𝐞𝐬

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Ariella

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Ariella

Eu tinha passado o resto do tempo que era pra mim estar na escola em uma praia, agora estou pedalando de volta para casa.

Sempre gostei de praias, desde quando morava em Cancún.

A coisa que eu mais fazia com certeza era ir a praia com meus amigos e passar o dia lá.

Hoje em dia isso são apenas belas lembranças do que depois se tornou um verdadeiro pesadelo pra mim.

Eu posso sentir saudades do México e da minha antiga vida, mas eu nunca vou ter coragem de voltar.

Não sou uma pessoa muito religiosa, mas dou graças a Deus por meu pai ter tido a oportunidade de vir trabalhar em um escritório de advocacia da Austrália.

Saio dos meus pensamentos quando vejo que cheguei em casa.

Chegou a hora de enfrentar as duas feras que me esperam.

Guardo a bicicleta na garagem e entro em casa silenciosamente.

Antes que eu pudesse subir as escadas e me trancar no meu quarto ouço uma voz atrás de mim.

-- Onde você pensa que vai, mocinha?

Merda!

-- Oi, mãezinha querida que eu tanto amo. -- forço um sorriso inocente.

-- Da pra explicar pra gente o porquê da sua escola ter ligado e falado que o seu nome estava em um mapa do sexo? -- minha mãe cruza os braços e meu pai continua calado.

-- Olha, a culpa não é minha. Eu também só fui descobrir hoje, e o nome de todo mundo tá lá, não é só o meu. -- me defendo.

-- Pelo menos nos diga que você e seu namorado usam proteção. -- finalmente meu pai se pronuncia.

-- Eu e o Dusty não estamos mais juntos.

-- Ah querida, eu sinto muito. -- mamãe me abraça e vejo papai segurar um sorriso.

Ele nunca gostou do Dusty, mas também não proibia nada.

-- Olha, eu não posso fingir que estou triste por isso, mas eu também sinto muito. -- papai diz e eu solto uma risadinha.

-- Eu vou subir pro meu quarto, me chamem quando o jantar estiver pronto. -- falo e subo as escadas.

Quando chego em meu quarto me jogo na cama e as lembranças tomam conta da minha cabeça.

As festas, as risadas, as brincadeiras, os dias na praia, o desespero, as pessoas me culpando e o sofrimento.

Pego meu celular e abro a galeria, vendo minhas antigas fotos com Aileen, minha melhor amiga.

Na verdade era minha melhor amiga.

Aileen tinha a pele branca bronzeado, cabelos cacheados e loiros e seus olhos eram em um perfeito tom de avelã.

Ela era minha pessoa favorita no mundo, era alegre e seu sorriso conquistava qualquer um.

Mas infelizmente eu nunca mais poderei vê-la, e talvez a culpa realmente seja minha.

Talvez não, a culpa é minha.

Eu era a garota de 14 anos problemática e acabei a levando pro caminho errado.

Ela não mereceu aquilo, eu a tirei da família dela.

E eu fui covarde e fugi, como sempre faço.

Era a luz na minha vida, a minha esperança de me tornar alguém melhor e foi a minha primeira paixãozinha.

Agora por minha culpa a luz de Aileen não pode mais brilhar.









🪻

Fim do terceiro cap

Escrevi ele bem curtinho pra introduzir a relação da Ari com
os pais e os traumas dela

Quais são suas teorias sobre a Aileen e o motivo da Ari ter ido embora do México?

Interajam pra mim saber
se estão gostando!

Obrigada por lerem e desculpa por ter demorado pra atualizar

Se tiver algum erro ortográfico me avisem, não revisei o capítulo

Bjs. Sophia 💕

𝐂𝐚𝐧𝐜𝐮𝐧'𝐬 𝐆𝐢𝐫𝐥 | 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭𝐛𝐫𝐞𝐚𝐤 𝐇𝐢𝐠𝐡Onde histórias criam vida. Descubra agora