We finally met

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POV CAMILA CABELLO

Ansiedade é um sentimento comum no cotidiano de milhares de pessoas ao redor do mundo. Eu, particularmente, era uma das que sofriam muito com as sensações causadas por tal – como tensões, devido a antecipação do futuro. –, e nesse exato momento, meu coração batia freneticamente, me trazendo recordações da mesma situação em que me encontrava quando estive prestes a subir em um palco pela primeira vez na minha vida.

Nunca imaginei que alguém – especificamente, uma garota – me deixaria nervosa dessa maneira. Mas era exatamente isso que estava acontecendo enquanto minha mente tentava associar um sentido as palavras que o garçom do camarote estava proferindo em minha direção enquanto ria me estendendo uma taça com gin e tônica. Geralmente eu não costumava beber, mas a ocasião merecia uma dose extra de coragem, e não há maneira melhor de conseguir isso do que com álcool.

Em determinado momento me vejo obrigada a rir automaticamente para o rapaz que me servia  – na esperança de que ele não esperasse uma resposta coerente da minha parte naquele instante –, pois eu não havia prestado o mínimo de atenção em si depois que solicitei meu drink ao mesmo.

Minha mente estava a mil, imaginando inúmeros cenários do que iria acontecer assim que eu finalmente ficasse cara a cara com aquela cretina mais uma vez.

Entretanto, em questão de segundos eu tenho a certeza de que nenhum dos cenários criados pela minha imaginação fértil teria sido capaz de me preparar para o que senti quando involuntariamente meus olhos foram de encontros àquela imensidão verde, que assim como da última vez, atraiu meu olhar de maneira imediata, como se ela fosse um ímã e eu fosse um mero pedaço de metal, que naturalmente é atraído para si.

Em situações como essa, é clássico que se necessite de um incentivo para tomar coragem e dar o primeiro passo, e por que eu faria diferente?

Depois de beber um gole no mínimo generoso, deposito a taça novamente sobre o balcão e sem pensar muito, resolvo empurrar a ansiedade para o lado, quando prontamente me ponho a caminhar em passos decididos em direção a Lauren Jauregui.

A morena de olhos verdes está acompanhada das duas garotas animadas que estiveram ao seu lado ao decorrer do show, vibrando diante da minha apresentação – claro que eu deduzi isso apenas pelo que eu pude perceber durante os poucos momentos em que tive coragem de olhar de relance em sua direção depois que terminei de cantar Liar. –

— Ai.Meu.Deus! — é uma das duas garotas que exaspera, assim que eu paro na frente delas. Não posso deixar de sorrir diante da animação delas duas.

Sim, animação pela parte das duas apenas, porque Lauren me encarava como se eu fosse um fantasma que apareceu para lhe assombrar de madrugada.

— Eu não acredito que estou vendo Camila Cabello ao vivo e a cores e tão perto assim! Eu preciso mesmo dizer isso: Você é simplesmente mais divina pessoalmente, bendita seja a água da chuva que encheu o rio de onde retiraram a areia pra fazer o cimento que serviu pra construir as paredes do hospital abençoado em que sua mãe te pariu! — a outra menina, mais alta, despeja tudo tão rápido que eu mal consigo entender, mas consegue me arrancar uma risada sincera.

— Veronica! — Lauren finalmente diz alguma coisa. Repreende a amiga e parece ficar sem jeito pela fala da garota, mas eu trato de negar com a cabeça, ainda sorrindo para a sua amiga.

— Olá, meninas! Ninguém nunca me elogiou dessa forma, Veronica. Me sinto lisonjeada, você é linda! — ela abre a boca parecendo estar em choque, encara Lauren e depois a outra amiga, apontando para mim em seguida.

— Vocês ouviram isso? Camila Cabello acabou de dizer que eu sou linda! Eu estou morta feat enterrada.

— Nós ouvimos sim, Veronica — a outra garota ri da reação da amiga e eu encaro Lauren, que tem as mãos enfiadas no bolso da calça. Parecia muito tímida e de poucas palavras.

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