Capítulo. 6

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Park Jimin

Já passou das uma da madrugada, e aqui estamos nós, eu e Taehyung, pra lá de bêbados, chamar-nos de bêbado agora seria até um elogio.

Não sei mais nem o que eu bebi, talvez amanhã eu me arrependa de ter misturado todas as bebidas possíveis, e para acabar de completar, sem comer nada. Amanhã a gente lamenta. 

Agora estamos na pista de dança, nos acabando com as músicas, com uma taça na mão, que eu nem sei o que é que tem dentro, só sei que é uma bebida meio rosa, só chego no balcão do bar e peço para repor, nem me dei ao trabalho de perguntar o nome, quem se importa?

O Tae ainda não foi atrás do albino dele, acho que ele nem está mais lembrando dele. — Jiji — Taehyung se aproxima de mim, com um semblante meio pra baixo.

Ah pronto, depois de beber todas ele vai ficar nessa melação, era só o que me faltava.

— Que foi? — pergunto, passando meu braço pela sua cintura, para evitar uma possível queda, o que não está muito difícil de acontecer.

Ele olhou para mim com os olhinhos marejados, como se fosse chorar. — Será que ele vai gostar de mim? — eu não acredito que ele tá assim por causa daquele cara — Eu só vi ele na hora que nós chegamos, ele me viu, eu tenho certeza, e ele não fez nada, acho que ele não que nada comigo, será que ele não me acha interessante? 

Falou tudo muito rápido, como se tivesse tirando um peso de suas costas. Aquele corno da a entender que quer o meu amigo e não faz nada, agora ele tá aqui se achando insuficiente. Se eu pudesse eu matava.

— Ele só deve estar ocupado de mais com o trabalho, tem muita gente aqui —. Concordou com um acenar de cabeça. Passei meus dedos pela sua bochecha, enxugando uma lágrima teimosa que havia caído.

O Tae pode até parecer durão, parecer que tem tudo sobre controle e que nada o abala, porém ele só é uma pessoa que já foi machucada, e que tenta ao máximo reprimir o que sente. A consequência de tudo isso é que algumas vezes ele não consegue segurar, e acaba demonstrando suas inseguranças.

Eu também não vi mais o atendente tatuado, será que é livramento?

[...]

Depois do meio surto do Tae, ele só quis se embriagar, no caso, mais do que ele já estava. Como bom amigo que eu sou, só acompanhei ele, se for para fazer merda, que façamos juntos.

Apertei um pouco as minhas vistas - pois já estava um pouco difícil de enxergar com tudo rodando - foi aí que eu vi um brilho diferente em um canto da boate.

Só poderia ser. Olhei para o Tae e em seguida olhei para o canto que o meliante estava, mostrando que o boy dele estava lá, ele estava quase comendo o Tae de lá do canto mesmo. Esse corno some a noite inteira, e aparece assim, nessa maior cara de pau.

Se é que ele ainda tinha dúvidas, agora ele não tem mais, esse boy tá comendo na mão dele.

Taehyung viu o que eu queria lhe dizer com esse código morse, e olhou para mim de volta como se estivesse ganhado na loteria, só pode ser brincadeira. O olho dele tava brilhando mais que as luzes da boate, vê se pode.

— Se anima mais um pouco Taehyung, acho que ainda tá pouco — falei cruzando os meus braços na frente do meu corpo. Cínico? Nenhum pouco — Eu fico com você a noite toda, para você quase explodir de felicidade só porquê o cara que você quer pegar tá te olhando 

Ele estava quase chorando de tanto rir — posso saber qual é a graça?—

—Nada não, só você com esse ciúme todo — colocou a mão na barriga ainda rindo. — Não precisa ficar assim Ji, o bonitão tá bem ali, tenho certeza que ele tá ponderando entre vir ou não pegar você.

Meu MimadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora