Mesmo assim, Iza, eu sei que ele não vai parar até que ele esteja satisfeito, e que, na cabeça dele, o Jean e nem o Rael sejam uma ameaça. Essa obsessão nunca vai parar.
- E se dessa vez não for por você? E se o Jean tiver algum envolvimento com as mesmas coisas que ele? E se essa rivalidade for além de nós, algo maior do que imaginamos? Precisamos considerar essa possibilidade antes que seja tarde demais. Não podemos nos dar ao luxo de ignorar nenhum detalhe, por mais insignificante que pareça.
Ele não é do tipo de voltar sem motivos e ele pode achar que você tem algum envolvimento com o Jean além de uma relação de pai e mãe.
Revirou os olhos, Jean nunca seria pai do meu filho. Ele mesmo quis assim. - Iza suspirou, olhando para o horizonte, tentando organizar os pensamentos.
- Mas precisamos estar preparados, independente do motivo dele. - disse ela, firmando o olhar em mim. - Você sabe tão bem quanto eu que ele nunca faz movimentos sem um propósito claro. Ele deve ter informações que nós não temos, e é isso que me preocupa.
- Então, o que faremos? - perguntei, sentindo a tensão aumentar. - Como vamos nos preparar para algo que nem sabemos ao certo o que é?
- Precisamos investigar. - respondeu Iza, com determinação. - Descobrir o que ele sabe, quais são suas intenções reais. E para isso, talvez precisemos nos aproximar do Jean, mesmo que isso signifique engolir nosso orgulho.
Eu hesitei por um momento. A ideia de me aliar ao Jean, mesmo que temporariamente, não era nada atraente. Mas Iza estava certa. Se quiséssemos proteger o meu filho e garantir nossa segurança, precisaríamos de todas as informações possíveis.
- Está bem. - concordei, com um nó na garganta. - Vamos falar com o Jean. Mas precisamos ser cautelosos. Qualquer passo em falso pode ser desastroso.
Iza assentiu, e juntos, começamos a planejar nosso próximo movimento, conscientes de que estávamos entrando em um jogo perigoso, onde cada decisão poderia mudar o curso de nossas vidas para sempre.
