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Essa idéia de ter que linda com o Jean, não era nem um pouco boa. Ele não vai querer lidar com a responsabilidade de algo assim.

Ele nunca assumiria que faz parte do tráfico, muitos trappes são utilizados para lavagem de dinheiro. Até porque o fato deles luxarem e sempre associado ao trabalho como cantor e vários outros projetos, mas não é bem assim falo isso porque eu trabalho com eles sei como eles são fora dos palcos e do Instagram eu sei que nenhum deles tem tanto dinheiro só por causa da internet e das músicas sei que a maioria trabalha por tráfico. Todos eles cantam dentro da favela para dizer que nunca falharam das origens mas eles saíram de dentro da favela para trabalhar pro crime . Como laranja.

Como eu sei disso por causa dele, e o fato dele ter voltado é o que mais me preocupa tanto a minha segurança quanto, a do meu filho.

Eu sei que ele voltou por algum motivo.

— Iza, eu entendo o que você está dizendo, mas isso tudo me deixa ainda mais inquieta. Estamos lidando com algo muito maior do que nós. — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, refletindo a angústia que sentia por dentro.

— É exatamente por isso que precisamos manter a calma e ser estratégicos. — Iza respondeu, o tom dela agora mais suave, mas ainda firme. — Não podemos nos deixar levar pelo medo. Precisamos agir com inteligência.

Eu sabia que ela tinha razão, mas a ansiedade ainda me consumia. Como conseguiríamos enfrentar alguém com tanto poder e influência, alguém que estava disposto a tudo para conseguir o que queria?

— Eu não sei se posso confiar no Jean, Iza. — admiti, mordendo o lábio inferior. — Ele sempre foi... complicado. Não sei se ele vai nos ajudar ou se vai nos atrapalhar ainda mais.

— Ele pode ser complicado, mas também é um sobrevivente. — ela disse, me olhando nos olhos. — Ele vai fazer o que for necessário para se proteger, e isso pode significar nos ajudar, se ele perceber que estamos do mesmo lado. Mas precisamos ser espertos. Não podemos mostrar todas as nossas cartas de uma vez.

Eu concordei com um aceno de cabeça, embora meu coração estivesse acelerado.

— Ok, então vamos até ele. Mas como você disse, com muita cautela. — disse, tentando me convencer de que estávamos fazendo a coisa certa.

Iza sorriu, um sorriso pequeno, mas que me deu um pouco de coragem.

— Vamos fazer isso juntos. — ela disse, colocando a mão no meu ombro. — E vamos sair dessa, você vai ver.

Aquela noite, mal consegui dormir, a cabeça cheia de preocupações e planos. No dia seguinte, Iza e eu nos dirigimos até onde sabíamos que Jean costumava ficar. O local era um clube discreto, frequentado apenas por quem sabia da sua existência.

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