Jean me olhou, seus olhos escuros avaliando cada palavra. Respirei fundo, tentando manter a calma.
- Você acha que eu procuraria você, de todas as pessoas, por causa de um filho que você claramente não quis assumir? - continuei, a voz firme. - Vim aqui porque você também está envolvido com essas pessoas. Você sabe o que está acontecendo, conhece os riscos. E, apesar de tudo, você é nossa melhor chance de entender o que está por trás disso.
Iza interveio, tentando amenizar a tensão.
- Jean, nós sabemos que você também está correndo perigo. - disse ela, em um tom mais suave. - Se ele conseguir o que quer, não será bom para ninguém, inclusive para você. Precisamos trabalhar juntos, encontrar uma maneira de pará-lo.
Jean esfregou a nuca novamente, parecendo pesar suas opções. Finalmente, ele suspirou e olhou para mim, a expressão mais séria do que nunca.
- Tudo bem. - disse ele, com um tom mais calmo. - Só vamos resolver isso longo. Sei que estamos todos sob muita pressão. Vamos nos concentrar no que realmente importa.
Ele se aproximou, diminuindo a distância entre nós.
- Precisamos reunir informações. Saber exatamente o que ele está planejando e quem mais está envolvido. - ele disse. - Tenho alguns contatos que podem nos ajudar, mas vamos precisar ser muito cuidadosos.
Eu assenti, sentindo um alívio misturado com a ansiedade.
- E quanto a... você sabe, nosso passado? - perguntei, tentando não parecer vulnerável.
Jean balançou a cabeça.
- Não importa agora. O que importa é proteger todos nós e acabar com essa ameaça. - ele respondeu, com uma determinação que não havia visto antes.
Iza assentiu, olhando para mim.
- Vamos começar então. - ela disse, firme. - Estamos todos nisso juntos.
E assim, nos unimos em uma frágil aliança, cientes de que o caminho à frente seria perigoso e incerto, mas determinados a lutar por nossa segurança e pelo futuro de todos que amávamos.
Nos dias seguintes, mergulhamos em uma intensa busca por respostas. Jean nos apresentou a seus contatos, pessoas que operavam nas sombras, longe dos olhos curiosos da sociedade. Cada encontro era carregado de tensão, uma dança delicada entre desconfiança e necessidade mútua.
Uma noite, em um armazém abandonado nos arredores da cidade, encontramos um dos garotos que trabalha pro b7j dentro do morro.
- O que vocês precisam saber é que ele não está agindo sozinho. - disse ele, acendendo um cigarro com mãos trêmulas. - Tem muita gente envolvida, gente poderosa. Vocês estão entrando em um jogo perigoso.
Eu olhei para Jean, tentando medir sua reação. Ele estava sério, os olhos fixos no homem.
- Sabemos dos riscos. - respondeu Jean. - Só queremos saber como podemos pará-lo.
O homem deu uma tragada profunda antes de continuar.
- Há rumores de que ele está atrás de algo grande, algo que pode mudar o equilíbrio de poder. Não sei exatamente o que é, mas se ele conseguir, vai ter controle absoluto. - ele disse, soltando a fumaça lentamente.
A informação caiu como uma bomba. Precisávamos descobrir mais, entender exatamente o que ele queria e como impedir seus planos. Jean, Iza e eu trocamos olhares, uma silenciosa promessa de que mesmo com os riscos , nos continuaríamos, não importava o quão perigoso fosse.
Naquela noite, enquanto caminhávamos de volta para o esconderijo, Iza falou com a voz baixa, quase um sussurro.
- Precisamos de mais aliados. Sozinhos, não vamos conseguir.
Jean assentiu, concordando.
- Conheço algumas pessoas que podem estar dispostas a ajudar. Mas precisamos ser rápidos. Cada dia que passa, ele fica mais perto do objetivo.
-na real,eu não queria está aqui, não vou colocar o meu filho em risco--digo e coloco minha mão na minha barriga.