Ímpeto - Aemond Targaryen / House of The Dragon

Capítulo 8 - Amizade

No dia seguinte, ao acordar, já sozinha, uma criada informou que Baela, tinha acabado de chegar com seu dragão, em Porto Real.

Minutos depois ela estavam nos aposentos de Ellora.

Se abraçaram por longos minutos, e pediu as servas que não a incomodassem, por algumas horas.

- Todos em Pedra do Dragão perguntam de você, até os servos e cavalariços, ninguém imaginou que, isso aconteceria - a sua prima lhe disse.

- Ah Baela, fui abençoado pelos 7 com a sua visita - ela falou - Não se preocupe, meu "marido" não aparece aqui de dia, mal convive comigo, na verdade.

Baela sentou-se ao seu lado, no pequeno sofá.

- Queria ter conseguido conversar com você depois do casamento - suspirou - Mas não consegui, e por isso resolvi vir. Estava pensando muito em você.

Ellora assentiu, e rapidamente Baela falava agora em valiriano.

- O seu Sol, não para de enviar cartas para você - ela falou pausadamente - Quando cheguei em Derivamarca tinham algumas, e Rhaena me escreveu falando que em Pedra do Dragão chegaram muito mais.

Ellora estava sem palavras.

- As notícias demoram a chegar em Dorne, e como o convívio com os Tyrell não é tão amigável, se torna ainda mais demorado - ela então, pegou na bolsa que trazia pendurada no ombro.

Calmamente, entregou as cartas, todas com o carimbo da casa Martell.

- Essas são as de Derivamarca, e essas as de Pedra do Dragão - Baela apontou - Não chegou nada para você aqui?

A prima balançou a cabeça.

- Não, e se chegou, não passou pelas minhas mãos.

Baela suspirou.

- Pelo tempo, talvez ele não saiba, nessas aqui - separou novamente as cartas - Mas daqui para cá, acho que ele sabe.

Ellora respirou fundo, eram muitas cartas, muitas palavras, e apenas uma história.

- Você me ajuda a ler? - perguntou - O correto será enviar uma resposta logo.

Baela assentiu, mas falou, antes.

- Está bem tarde para perguntar mas, como foi?

A mulher de cabelos pretos entendeu, que ela falava sobre a primeira noite.

- Baela, eu... - parou - Pensei que ele fosse me machucar, mas não... ele foi gentil.

- Você gostou?

- Gostei - ela sorriu - Foi uma noite, mais feliz do que eu imaginava.

Ellora pegou nas mãos de Baela.

- Só nos deitamos juntos nessa noite, e durante todo o tempo ele me ignora - ela continuou - Aemond divide o mesmo quarto comigo, mas eu me sinto sozinha, não tenho ninguém de confiança aqui. 

Baela estava em silêncio.

- Ele não me maltrata, mas... - Ellora parou.

Baela apertou sua mão de volta, e ela suspirou.

- Baela, eu estou grávida - falou baixinho.

Ellora recebeu um abraço apertado, instantaneamente.

- Oh Baela, isso não devia ter acontecido - Ellora falava baixinho - Eu grávida, num pé de uma guerra, sozinha em Porto Real. Eu... devia ter tomado... chá de lua... Agora não posso. Aemond já percebeu... ele sabe.