Capitulo 18 | SOMBRAS E SUSPEITAS

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Yoongi

Fazia uns dias que eu estava atolado de trabalho, July estava mais sumida de casa do que o de costume, desconfio de que sua aproximação com aquelezinho do tal de Jin é o motivo por trás disso. Mas antes ele atrás da minha filha, do que da minha mulher!

Sara parece que tirou a semana pra me infernizar, aonde eu vou, ela magicamente aparece depois, essa vadia não sabe mesmo quando é hora de desistir de algo tão inútil quanto nosso relacionamento.

O que realmente estava me preocupando era S/N, ela tem me enviado mensagens estranhas, sempre desconversando quando quero encontrá-la, isso está começando a me incomodar.

Sara

S/N finalmente havia saído do caminho, nada atrapalharia agora que eu estava a um passo de ter Min Yoongi de volta. A essas horas, aquela ratinha deve estar cruzando o continente, como deveria ser desde o início.

Preferi não sujar minhas próprias mãos com ela, é pra isso que dinheiro serve, pra lavar o sangue que deveria respingar em mim quando aquela maldita morrer em um bordel.

Alguns dias atrás comecei sutilmente a aparecer em lugares convenientes em que Yoongi estava, ele nao notou que eu estava o seguindo, isso é bom, assim poderei estudar ele, achar seus pontos fracos e me enfiar de volta em sua vida quando ele menos esperar

S/N

Estava escuro e frio, minhas mãos estavam amordaçadas, minha cabeça doía e sangue seco no meu rosto e boca, mostravam que faziam algumas horas que eu estava apagada. O barulho metálico e os rangidos estavam me deixando desorientada. As vozes abafadas e distorcidas ecoavam por todo o porta-malas.

Horas antes...

Um pouco depois de Sara desaparecer daquele galpão, uma raiva me dominou, me contorci para me libertar das amarras, o desespero estava tomando conta do meu corpo, a fúria que me dominava a pouco foi tomada pelo cansaço e por marcas vermelhas no meu torso, braços e pernas.

A palma das minhas mãos sangravam com as unhas que cravei pelo esforço que fiz. Eu estava ofegante, meus olhos marejados e eu estava cansada pra caralho.

Não demorou mais do que 15 minutos para aqueles idiotas voltarem e perceberem que eu estava tentando me soltar. Meu coração acelerou, eram dois brutamontes e eu estava na desvantagem era claro!

- Tentando se soltar? - um dos idiotas perguntou.

- Por que? Se eu te der um beijinho você vem aqui e me solta?

- Está mesmo tentando negociar comigo, garota?

- Não julgue uma mulher por tentar se libertar!

- Tudo bem! Você não é muito meu tipo, mas dá pro gasto, lindinha.

O homem se aproximou de mim com más intenções, eu estava com nojo de mim mesma, mas era isso ou não tentar.

O idiota passou a mão pelo meu rosto e acariciou meus lábios, depois seus lábios tocaram a pele do meu pescoço, e um embrulho em meu estômago se formou, eu não conseguiria ir adiante com aquilo, era demais pra mim.

Quando ele chegou um pouco mais perto e inclinou a cabeça, dei uma mordida em sua orelha, apertei o mais forte que consegui, ele gritou e tentou se afastar mas fui firme e continuei cerrando meus dentes em sua orelha.

Em poucos segundos um pedaço de sua orelha estava entre meus dentes, ele rapidamente colocou sua mão encima do sangue para estancar e me deu um tapa na cara com a mão que estava livre.

- Sua vadia - disse entre gemidos de dor. - Eu vou matar você!

Ele estava tentando avançar em mim quando...

- Pare de ser um filho da puta - o outro idiota interviu a meu favor. - Se o chefe se quer desconfiar que tocamos a mão no seu novo brinquedo, o seu túmulo será o próximo que ele sambara encima.

Cuspi sua orelha no chão e olhei bem nos olhos dele, agora eu até poderia estar condenada ao inferno, mas levarei comigo o máximo de filhos da puta que eu conseguir.

Respirei um pouco e tentei limpar o sangue que saia da minha boca no meu ombro, voltei a encarar o sangue jorrando do idiota a minha frente. Era lindo de ver, o vermelho escorrendo, era um lindo contraste com sua pele branca.

Não pude admirar muito, uma pancada forte em minha cabeça foi o suficiente para tudo ficar escuro e eu apagar por horas até acordar naquele porta-malas apertado..

O pai da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora