Ariana: Precisa de algo a mais, senhora?
Sn: Não - digo concentrada no computador, os olhos fixos na tela, minha mente ocupada com os arquivos e imagens que acabara de ver.
Ariana: Tudo bem! - escuto seus passos se afastando, um leve eco pelo corredor, sinalizando que ela realmente se foi.
Sn: SAFADO! - bato a mão na mesa com força, a frustração transbordando. Mas é claro - murmuro entre dentes, enquanto levo uma caneta à boca e a mordo sem nem perceber - Bendita seja a hora que coloquei câmeras na sala.
Saio da sala rapidamente, o coração batendo forte, a raiva e a determinação guiando meus passos. Eu sabia que a maioria dos professores estava de hora atividade na sala de planejamento, e Miller, certamente, estaria no meio deles.
Cheguei à sala de planejamento e abri a porta de uma vez, sem ao menos anunciar minha chegada, o estrondo chamando a atenção de todos.
Sn: Miller? Na minha sala - falei firme, sem ao menos olhar em sua cara e de mais ninguém ali. O silêncio na sala era palpável, e eu podia sentir os olhares curiosos e surpresos dos colegas fixos em mim.
Enquanto Miller levantava lentamente, notei os demais colegas cochichando entre si, os olhos cheios de questionamento e especulação. O ambiente estava carregado de tensão e murmúrios, e eu podia sentir a eletricidade no ar enquanto esperava, impaciente, que ele viesse ao meu encontro.
Miller: Posso ajudar em algo? - sua voz estava cheia de uma falsa cordialidade, um leve sorriso presunçoso nos lábios.
Sn: Só dirija a palavra a mim quando eu mandar - falei com firmeza, olhando diretamente em seus olhos por um breve momento antes de virar e começar a caminhar de volta para minha sala. Meus passos ecoando pelos corredores vazios.
Não demorou muito para chegarmos novamente à minha sala. Abri a porta e observei Miller se sentar, sua expressão agora um misto de curiosidade e apreensão. Eu fechei a porta com um clique audível, girando a chave para trancar. Miller não sairia daqui tão fácil.
Sn: Então - me dirigi à minha cadeira, sentando-me e encarando-o com uma calma forçada - Poderia me explicar sobre isso? - virei o visor do computador na direção dele, dando play no vídeo.
No monitor, as imagens das câmeras de segurança começaram a rodar. O ambiente da sala estava capturado em alta definição, mostrando Miller em um momento de flagrante. Seu rosto foi perdendo a cor enquanto ele assistia, a confiança se esvaindo a cada segundo que passava.
Os detalhes no vídeo eram inconfundíveis: Miller sarrando em Jenna, de forma descarada, nem escondendo o sorriso no rosto. A segunda parte consegue ser pior, logo que a mesma sai, ele pega uma câmera que estava escondida, claramente agindo de má fé. Eu mantinha meus olhos fixos nele, observando cada reação, cada movimento.
Sn: Você realmente achou que poderia fazer isso sem ser descoberto? - perguntei, minha voz baixa mas carregada de uma ira controlada. - Eu quero uma explicação. E quero agora.
Miller: Eu não tenho nada a dizer - disse de forma calma, mas a tensão em sua voz era perceptível - A aluna já é quase de maior, e estava investindo em mim há um tempo. Só foi uma brincadeira.
Sn: Uma brincadeira? - repeti, sentindo a indignação ferver dentro de mim. Levantei-me da cadeira e caminhei até ficar de frente para ele, olhando diretamente em seus olhos. - Você acha que isso é uma brincadeira? Assediar uma aluna?, abusar de sua posição de autoridade? - minha voz aumentava de intensidade a cada palavra, ecoando nas paredes da sala.
Miller desviou o olhar, seus dedos tamborilando nervosamente no braço da cadeira. Sua confiança inicial parecia evaporar a cada segundo que passava.
Sn: E acha que eu vou tolerar isso? - perguntei, inclinando-me sobre a mesa para ficar mais próxima dele, a raiva clara em minha expressão. - Acha que eu permito que um comportamento como esse passe impune em minha escola? Um velho que não sabe nem controlar a porra do pau dele - cuspi as palavras.
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Estúpido Cúpido - Jenna Ortega
Fanfic"Doce dezessete anos" o quão um aniversário em uma balada pode mudar seu futuro? Afinal, ninguém está pronta pra ser amante, nem mesmo está jovem, que só queria ganhar suas 100 pratas, mas o seu cúpido, foi estúpido demais, a fazendo se apaixonar p...