Pegação, entorpecentes e vários adolescentes quase perdendo o réu primário. Essa era a descrição perfeita para o que Min Yoongi chama de; O segundo pior dia de sua vida, o primeiro ele acredita que foi o seu nascimento.
E caso você não esteja enten...
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[YOONGI]
Entidades, sou eu de novo. Então, os senhores sabem que nunca desejei a morte de ninguém, né? Mas assim, tem uns filhos teus por aí, que misericórdia.
— Vai Hyung, me responde! O que é beijo Grego? — Jungkook suspirou e eu quase senti minha alma sair do corpo. Eu não acredito que vou ter um 'lero' com Deus.
— Jungkook, hm… não é que eu não queira te contar. É só que o momento é meio inoportuno, sabe? — Percebi o mais novo fazendo biquinho. Mas eu não podia fazer nada, estávamos entre o intervalo da aula de biologia e matemática. Onde sem nenhum tipo de aviso prévio, o garoto me pergunta no meio do corredor, o que diabos é beijo Grego.
Sinceramente, eu não vejo problema nenhum em contar para Jungkook o que é beijo Grego, sexo ou orgasmo. Mas infelizmente, seus pais são muito conservadores com relação à inocência do filho. Isso faz com que jungkook não saiba o que é se tocar intimamente. E não seria eu a "estragar" isso, visto que daria um problema grande no futuro.
O mais novo nunca teve curiosidade com isso, duvido muito que já tenha acessado um site de pornô dos animes estranhos que ele assiste, talvez ja tenha visto. O Jeon apenas fala alguns mínimos palavrões por influência minha e de Seokjin, porém Jungkook já disse que não pratica nada da escola em casa, por medo da reação de seus pais. O que chega a ser um pouco doentio, já que o filho deles tem todo o direito de saber sobre as mazelas da vida, o privar disso não vai ajudar em nada.
Eu até tentei conversar com a minha tia que é formada em psicologia. Ela disse que o caso era delicado e até indicou para Jungkook fazer algumas sessões com ela, coisa matinal. Não forçaria o garoto com dentes de coelho a nada que não fosse da sua própria vontade.
— Jungkook, que tal eu te falar isso na segunda?
— Segunda?
— É, na segunda vida!
Não só a questão sexual é um problema, mas a sexualidade em si também, já que em três anos de amizade, Jungkook já falou sobre sua orientação sexual indiretamente, diferente de Jin, que descobriu que sentia atração tanto por homens quanto por mulheres quando teve uma paixão platônica com o motoboy que foi entregar o BigMac na casa dele, na semana seguinte disse que estava apaixonado pela garota que tinha acabado se mudar para o 301.
Já eu, nesse caso, não é que a questão da homossexualidade nunca tivesse sido abordada por mim ou passado pelos meus pensamentos, já tinha parado para pesquisar um pouco, com base nos dados dos meus dezessete anos de vida, e me senti conformado com a minha heterossexualidade, mesmo que SeokJin tenha chamado ela de "sem fundamentos" quando mostrei para ele.
Isso tudo era muito complexo, não era só ser ou não parte da comunidade LGBTQIA+, mas sim definições mais complexas de padrões que se encaixavam ou não sobre gostar de homens, mulheres, trans ou não binário. Então a paixonite na Jisoo talvez, servisse como um balde de água fria, para ajustar os pensamentos.
