Capítulo 3

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Suzan

Já estou indo, você consegue ser muito insuportável Raquel, porra estou terminando de passar meu batom, já borrei umas três vezes, para de acelerar, aonde desliga seu botão? Colocar modo lento. Falo já irritada, odeio borrar batom, até retirar e passar a nova camada gasta tempo e dedicação, pronto me olho no espelho e fico admirando minha beleza, que boca você tem Suzan, esse vermelho ficou perfeito nos meus lábios. Sorriu e saiu do quarto calçando meus lindos e admiráveis saltos.

_ Até que enfim Suzan, definitivamente seu relógio não bate com meu.

Raquel dispara essa injúria diretamente para mim.

_Se você não gritasse tanto no meu ouvido, não teria borrado tantas vezes o batom. A culpa é  sua, e aí como estou?

Dou uma voltinha para ela aprovar meu look .

_ Linda e gostosa, esse vestido caiu muitíssimo bem em você, arrasou com esse decote, e essas costas nuas. Hoje às invejosas passam mal, Rsrsrsrs.

Caímos numa gargalhada após esse comentário. Fechamos a porta  e fomos descendo no elevador já solicitando a corrida do Uber, ninguém queria ir dirigindo, queríamos beber muito, então á melhor opção era essa ir de aplicativo, mas seguro.

Estava distraída observando as paisagens que passava conforme o carro ia em direção a boate, quando Raquel chama minha atenção.

_Você entrou no grupo do whatsapp hoje?

_ Não tive tempo, entrei apenas ontem a noite. Fiquei vendo série a tarde toda. O que aconteceu no grupo?

_Adicionaram um número, e como sou uma moça nada curiosa adicionei também  o número, e advinha quem é a pessoa que entrou no grupo?

_Definitivamente Raquel não sei, fale logo está me deixando mais curiosa ainda.

_Ravi, você sabe que ele pode aparecer por lá, então já fique preparada para o pior.

_Ele nunca apareceu nesses encontros, será que ele voltou para o Brasil. Deus ajude que não o veja, será uma loucura aquela boate hoje.

Dei com meus ombros, não estou afim de ver ele, não sei se estou realmente praparada. Já são anos distantes, será que meu coração ainda bateria acelerado por ele, só pagando para ver mesmo.
Mudamos o assunto assim que o carro estaciona enfrente a boate , descemos e aquele vento frio típico da noite, bateu no meu rosto, levando meus cabelos juntos.

Apresentamos nossas pulseiras para o segurança e adentramos a boate, estava lotada. Aquela iluminação de luzes coloridas, o batuque da música, já levando várias pessoas para pista dançando, outros sentados nos banquinhos espalhados apenas conversando, rindo . Tinha uma parte enorme do bar, aonde tinha muitos bancos desocupados, a área vip geralmente tem sofás e mesas e é para lá que estávamos indo, um espaço mas reservado aonde não se mistura com povão, particularmente acho chato, mas depois de algumas bebidas sempre acabávamos na pista de dança misturada com as pessoas.

Subindo a escada da área vip,  avistamos o pessoal tudo reunido sentados e outros em pé, fomos cumprimentando um por um, com um abraço breve, já bastava. Ser educada custava caro porque tínhamos que ser cordial com essas duas najas, Daphne e Celine estavam já bem alegres com copos de bebidas nas mãos, eram às chatas do grupo, agente se suportava, porque odiava elas duas, toda oportunidade elas gostavam de soltar seus veneninhos. Muitas vezes deixava passar batido, para não generalizar uma confusão, após todo o burburinho e cumprimentamos a todos. Fomos ao bar pegar umas doses te tequila.

O Barman era um Gato, o corpo bem sarado, olhos esverdeados, um cavanhaque, que me fez imaginar como seria beijar esses lábios com essa barba,disparei para ele.

_Olá gatinho posso tomar duas doses de tequila e uma de você? E dou uma piscadinha para ele. Recebo um sorriso de molhar qualquer calcinha, mas lógico que ele não iria me responder estava aqui a trabalho.

Raquel então fala...

_Suzan, você mal chegou e já tá dando em cima do barman, depois quer falar de mim, sua piranha, vamos de tequila mesmo? Tá muito animada hoje, olha só como isso está, cercado de homens gostosos.

Dou uma olhada trezentos e sessenta grau no ambiente e não tenho como discordar dela, realmente hoje parece que só tem monumentos gostosos por aqui, o Barman chega com nossas tequilas, pegamos elas e falamos gritando juntas.

_ Arriba,abajo,al centro y dentro .

Viramos a dose e sorrimos juntas como amamos isso, essa sintonia que tínhamos uma com a outra, bebemos mas algumas e fomos já para pista de dança.

Me encontrava já alegre de mas, solta pra caralho, dançamos umas músicas até o chão, e resolvemos subir para área vip ficar com nossos colegas.
Assim que adentramos a área vip, minha alma saiu do meu corpo, travei.
Raquel esbarrou em mim, jogando meu corpo para  frente, e nada poderia ficar pior, acabo caindo em cima dele derramando todo seu copo de bebida , acho que era whisky em cima de mim, se fosse um cara qualquer saberia contorna toda essa situação ridícula.

Acabo sendo aparada por braços fortes e que braços senhor, me lembrou de momentos que esses mesmos braços era reconfortante para mim, era nele que encontrava o melhor abraço a melhor pegada, era nesses braços que diversas vezes me via perdida neles durante as noites. Volto a minha consciência assim que escuto sua voz grave e com timbre rouco.

_ Pelo que vejo continua estabanada do mesmo jeito, os anos passam e você não muda suzan.

Fico ereta e me solto dos seus braços rapidamente, mas que porra é essa, mal chegou e já está se achando desse jeito, a mas não vou fica calada diante disso não.

_Olha só quem fala, pelo que vejo continua o mesmo egocêntrico de sempre, pensei que morando fora mudaria ao menos essa personalidade medíocre, se me dá licença preciso limpar essa bagunça.
Digo apontando meu dedo para meus seios onde derramou todo o líquido da bebida, Ravi desce e segue seu olhar em direção aos meus dedos e seca todo o meu corpo, isso faz com que meus pelos arrepiasse. Não perco mais tempo e viro as costas e vou em direção ao banheiro. Não espero nem ao menos uma resposta vinda dele.

Para Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora