Ravi
Imaginei que esse momento chegaria, quando soube através do Raul, que acontecia um encontro uma vez por mês com pessoal da faculdade, cogitei o dia que voltaria para o Brasil resolver uns processos, e encontrar ela novamente.
Estávamos na área vip da boate há algum tempo, e meus olhos não se desviam da entrada, toda mulher que entrava ali, pensava que era ela, mas não era. Sentia uma certa ansiedade, se passaram anos desde nosso rompimento.
Confesso que naquela época não tinha maturidade, me achava o centro do universo. Com 22 anos, último ano da faculdade, era um cara popular, disputado pelas universitárias, tinha um ego alto. Costumavam dizer que era uma pessoa egocêntrica e pragmática de mais.
Quando conheci Suzan, sua beleza despertou me. Estava no primeiro período do seu curso, começamos a ter contato através do Raul, sempre via ela acompanhada de outra menina chamada Raquel, as duas eram inseparáveis.Nos corredores me chamavam de mulherengo, não perdia uma oportunidade para estar entre as pernas delas. Jovem de mas, muita testosterona vamos se dizer, a verdade era que gostava daquela vibe de chamar atenção onde passava. Um dia estávamos em uma festa, suzan era tímida demais. Toda vez que olhava em sua direção percebia que seu rosto atingia um tom avermelhado, poderia dizer que era muita timidez, aquela boca bem desenhada quando sorria tirava qualquer homem de órbita, ela não percebia, mas chamava atenção de todos os universitário, não deixa passar despercebido sua beleza, e sempre escutava comentários indesejados,de certa forma comecei a me sentir incomodado, então naquela festa não deixei passar e foi aí que tudo começou, o primeiro beijo, a primeira transa veio depois de semanas nos conhecendo.
Quando vi já estava apenas com ela, as outras tinha deixado de lado. Sentimentos de posse, era assustador aquele sentimento, paixão , pareciamos fogo e gasolina, e como nem tudo na vida são rosas, os espinhos chegaram.
E não chegou com aviso, chegou de repente. No fim do ano, o ciclo se fechando, meu pai tem uma empresa fora do país, e deixou avisado que teria que partir para los Angeles, achei a decisão certa a se tomar, foi covardia da minha parte ir embora sem dizer adeus. Nem todo destino está nas nossas mãos, muitas vezes acontecem pequenos desvios. Foi difícil ir embora sem olhar para trás, mesmo sabendo que corria o risco de fazer lá sofrer.
Hoje com 28 anos, um homem maduro, de volta ao Brasil. Ansioso para revelar lá, não sei qual será sua reação. Foram alguns anos longe mas que não teve um dia se que não pensava no “se” que deixei para traz, lógico que a minha vida não parou, guardei todo aquele único amor em algum lugar, e vivi um dia após o outro, sempre me achei muito pragmático, gostava da praticidade.
Minha vida era muito corrida ,durante o dia enquanto trabalhava na empresa do meu pai, a noite procurava sempre um pub barzinho para beber, relaxar, e achar uma companhia para termina a noite, deixando claro que não passava de uma noite.
Odiava mulher melosa, queria ir para cama comigo, preferia avisar que era apenas desejos carnais e não passaríamos dali. E tudo com consentimento dava certo .
Sai dos meus pensamentos quando vi ela subiu aquelas escadas e chegou da forma de sempre, toda atrapalhada caindo sobre mim, o seu toque sutil no meus braços aparando ela de uma queda, mexeu comigo. Ficamos nos encarando por alguns segundos, aquela iris esverdeada com um brilho, aqueles lábios pintados de vermelho. Era um convite me chamando. Sai dos meus pensamentos quando ela se ergueu e percebi que seu corpo retraiu, ela também sentiu a mesma energia, aquela faísca que sempre tínhamos ao encostar no outro. Não podia deixar de lado meu sacarmos e falei.
_ Pelo que vejo continua estabanada do mesmo jeito, os anos passam e você não muda suzan. Minha voz soou um pouco abalada.
Mas a forma como ela revidou, parecia uma gata felina pronta para guerra, não se parecia nada com aquela menina indefesa da época da faculdade. Os anos passaram, e com isso as pessoas mudam não é mesmo. Fico parado diante da sua fala.
Analiso todo seu corpo com meu olhar, e posso dizer que seu corpo ganhou mais curvas e está mais deliciosa, ela sai em disparada sem nem olhar para trás.
Vou dar um tempo para ela absorver esse reencontro trágico.
Retomo a minha conversa com Raul, observando ela na pista de dança, tentando não me concentrar somente naquela imagem sensual e deliciosa que ela era, parecia uma deusa, aquela roupa moldando todas as suas curvas.
De repente sinto uma mão,alisando o meu braço, era a Daphne , era uma mulher bonita, mas naquele momento não era ela quem me despertava interesse, me considerava um homem interessante, bonito, tenho 1.82 de altura, cabelos castanho escuro lisos, olhos azuis , tinha uma barba bem aparada. Um rosto retangular , um porte físico de atleta, costumava malhar todos os dias, era uma figura masculina que não passava despercebido por ninguém.
Não querendo ser mal educado, cumprimentei ela e ficamos algum tempo conversando amenidades, estava louco para sair desta conversa que não iria me render em nada, invento uma desculpa qualquer, para sair dali. Sigo em direção ao banheiro.
Estava saindo do banheiro, quando vejo Suzan parada na porta feminina, ela com toda certeza me viu, e fingiu que não. Realmente estava sendo ignorado.
Ela entrou para dentro, observei alguns segundos se ninguém sairia lá de dentro ou entrava, é lógico que não iria perder a oportunidade de pressionar ela quando estivesse sozinha. Quero ver se ela tem essa pose toda de ignorar quando estamos a sós .
Sigo rumo ao banheiro feminino, assim que entro vejo ela enxugando suas mãos. Quando ela ergue seus olhos e vê que sou eu, observo que seu corpo fica ereto cheio de tensão, seus olhos parecem soltar faíscas.
_O que faz aqui? Já nos vimos e não foi o bastante para você?
Realmente ela está uma fera. Suas garras sempre armadas me fazem pensar.
_calma, calma, agora será sempre assim que irá me receber, tantos anos longe. Pensei que você já tinha superado.
Lógico que ela não iria deixar sair por cima, essa boquinha nervosa disparou frases que não condizia com a leitura corporal dela. E tudo que queria era agarrar ela e sentir seus lábios juntos aos meus novamente, mostrar para ela que não tinha nada superado aqui. Quando vi já estava impedido de sair e agarrei sua boca com fome, voraz.
Já tinha colocado ela sobre a bancada e lhe proporcionado um orgasmo, mas para minha infelicidade, e de pau duro, fiquei. Porque alguém bateu na porta e tirou nosso foco, parecia que ela estava em transe, e foi despertada. Sua reação foi se levantar, ajustar seu vestido e sair como Diabo foge da cruz. Dizendo que tinha sido um erro tudo isso. Se pra ela foi um erro, para mim foi o acerto.
De uma coisa eu sei, Suzan não irá escapar mais de mim. Estou obstinado a reconquistar lá. Essa dose de beijos me deixou mais sedento. Ela que me aguarde.

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Para Sempre Sua
RomanceEla jura que é organizada, centrada, e pontual, isso é o que ela acha, porque definitivamente a única palavra que descreve Suzan é desastrosa, já teve o coração partido quando mas nova, o que tornou ela hoje uma mulher fatal, determinada á consegui...