Capítulo 11

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Suzan

Havia se passado duas semanas depois da sua visita, tentando ignorar todas as suas mensagens enviadas. Não podia ceder as vontades do meu coração, tentava de toda maneira focar no trabalho, sair para distrair a cabeça, Raquel sempre foi uma ótima companhia. Sabia me distrair como ninguém, resolvemos tirar um dia de beleza. Raul estava inaugurando, mas um de seus empreendimentos, iríamos prestigiar nosso amigo. Isso me faz lembrar que correria o risco de ver Ravi novamente.


Resolvi aparar um pouco as pontas do meu cabelo, fiz um rabo de cavalo com alguns fios soltos na frente, tinha feito também minhas unhas, e uma massagem bem relaxante, Raquel também tinha cortado seus cabelos, realçou mas ainda a cor dele aquele louro que lembra dourado, era muito linda, tinha traços delicados.


Optei por colocar uma blusa de seda perolada com mangas cumpridas, uma saia de linho palha, e pra finalizar uma bota com pequeno salto. Aproveitei o clima frio que estava São Paulo hoje. Me sentia linda, confortável, cheirosa e para finalizar gostosa.


Era um edifício editorial, Raul tinha uma parceria com um engenheiro, então ele executava a parte da arquitetura e seu sócio a construção, era magnífico um prédio de 8 andares, todos tinham janelas do chão ao teto, trabalhar com uma vista dessa deve ser maravilhoso, nas sacadas tinha um paisagismo muito lindo. A cor do prédio tinha uma mistura de tons cinza com pretos, arrasaram porque estava espetacular, estávamos próxima a mesa de drinks, vejo Ravi entrando, meu coração deu uma leve disparada, ele estava vestido um sobretudo, quando retirou deu para ver sua camiseta social bem colada no seu corpo branca, uma calça preta, combinamos com seus sapatos sociais. Tento disfarça meu análise olhando para outro lugar, estava lindo de mais, deveria ser pecado um homem desse existir.

Estávamos em uma rodinha conversando distraídamente, o clima agradável, estava Raquel, raul, Celine , Daphne, Ravi. Agente trocava olhares de vez em quando, mas desviava rápido, até o momento ele não forçou nenhuma conversa, apenas me cumprimentou com um boa noite.

Daphne não parava de tentar chamar sua atenção, parece que para desenvolver uma conserva  precisava tanto manter contato físico, não sei se é o fato de odiar ela, isso já estava me irritando, Raquel também percebeu isso porque agente conversa com os olhos, ela sabia me ler como ninguém.


A gota d’água foi quando ela passou as mãos nos braços dele, tão lentamente, parecia que estava apreciando seus braços musculosos, e parou sua mão na dele pegando a. Mas o que é isso, acho que minha raiva foi tão grande, ciúmes maldito. Me bateu uma vontade de puxar seus cabelos, da na sua cara, que vadia, simplesmente falo para  Raquel que foi pegar um ar, viro as costas e vou em direção a sacada.


Respirando profundamente, tentando acalmar meus nervos, não podia transparecer que estava mordida de ciúmes, não tínhamos mais nada, seria muita hipocrisia minha cobrar algo. Que se foda, ele não é meu, mas também não tenho estômago pra ver ele com outra na minha frente, volto meus pensamentos para o dia da boate, será que ele se sentiu assim. Sinto sua presença mesmo que de longe seu perfume sempre denunciando sua chegada.

Acabo virando todo o resto do champanhe que estava na minha taça, me viro em sua direção, analiso seu rosto. Então Ravi toma a iniciativa e puxa uma conversa.

_Vim verificar se está tudo bem com você? Saiu de repente.

Olho para ele, penso porque sempre tem que ser assim, querendo ser prestativo. Quando precisei da sua preocupação anos atrás, não tive. Então resolvo lhe responder.

_Está ótimo, não está vendo, volte para dentro  só precisava de um ar. Nada mais que isso, Daphne deve estar sentindo sua falta.
Quando vejo já cuspi essas palavras , sua presença sempre tira minha paz.


_Então tudo isso e ciúmes? A Suzan, pelo amor de Deus, não tenho nada com a Daphne.


_E para que está me dando satisfações, não lhe perguntei nada.


_Você está toda irritada, te conheço como ninguém, sei ler suas afeições, sua forma de agir, isso se chama ciúmes, e olha que desagrado, hoje você está com ciúmes de uma pessoa que nunca nem passou na minha cama, e nem tenho menor interesse nela.
Agora você aquele dia na boate, saiu com um homem e sei muito bem como terminou, mas quem sou eu para cobrar algo né.


_Olha só Ravi, você veio aqui para me encher a paciência, vai se foder. Me deixa em paz, não estou te cobrando nada, e transei mesmo com ele, não temos nada um com outro, posso me deitar com quantos homens quiser.


Já estava no meu limite, e acabei explodindo. Sinto Ravi chegando bem próximo, seu rosto está quase colocado com o meu . E sua voz sai arrastada, rouca, acho que consegui tirar ele do sério, seu rosto está avermelhado. Ele puxa meus cabelos e tomba minha cabeça para trás.

_Nunca mas repita isso, está ouvindo, vou te mostrar quem é o homem que te domina, você pode negar para si mesma que não sente nada, mas eu sei que ainda existe sentimentos de ambas as partes. Vou te marcar para sempre Suzan.


Suas palavras me causam impacto, não consigo ao menos revidar, aquela tensão no ar

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Suas palavras me causam impacto, não consigo ao menos revidar, aquela tensão no ar. Ravi me beija, sinto seu aperto na minha cintura, passo minhas mãos na sua barba segurando seu rosto,me arrastando para a pilastra da varanda, sentando em cima dela, puxo sua blusa que vem de encontro comigo e devolvo um beijo sedento, o clima estava muito quente. Mas não queríamos parar de nos beijar, era um beijo ardente com fome.
Tivemos que ir cedendo nosso beijo para buscar ar, assim que paramos, Ravi me desce da pilastra e puxa para fora, passamos de mãos dadas próximo aonde estavam todos reunidos, ravi apenas da um breve sinal de mão, sinalizando que estamos de saída, ainda tonta com toda aquela confusão nossa. Fico calada apenas obedecendo seus comandos.

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