The Right Choise - 𝐉𝐉 𝐌𝐚𝐲𝐛𝐚𝐧𝐤

𝓡𝓮𝓵𝓮𝓶𝓫𝓻𝓪𝓷𝓭𝓸

𖦹𖦹𖦹𖦹

Beca andou até sua casa, com seu coração batendo freneticamente, ainda tentando processar o que havia acabado de presenciar. Suas mãos tremiam enquanto ela tentava abrir a porta, finalmente conseguindo após algumas tentativas desajeitadas. Assim que entrou, deu de cara com seu pai, que estava na sala lendo um jornal.

-Beca?-Carl perguntou, levantando-se rapidamente ao ver o estado da filha.

Sem dizer uma palavra, Beca correu para os braços dele, soluçando descontroladamente. Ela sentia o peso do trauma a esmagar, com as imagens da morte da xerife se repetindo em sua mente.

-Pai... foi horrível...-Ela conseguiu dizer entre lágrimas, segurando-se nele como se fosse sua tábua de salvação.-O Rafe... matou a xerife Peterkin.-Ela disse segurando mais forte.-Foi na minha frente. E eu não consegui fazer nada para ajudar.

-O que?-Louis congelou por um momento, processando a gravidade das palavras de Beca. Então, ele foi até ela ao seu lado e a abraçou, envolvendo-a em um abraço caloroso e protetor. Rafe era um de seus melhores amigos, e apesar de ser o filho da puta que era, era seu amigo.

Depois de algum tempo nos braços de seu pai e irmão, Beca começou a sentir que precisava de um pouco de espaço para processar tudo o que havia acontecido. Ela se afastou suavemente deles, enxugando as lágrimas.

-Eu... eu acho que vou para o meu quarto um pouco.-Ela disse, sua voz ainda trêmula.-Preciso ficar sozinha por um tempo.

Seu pai e Louis assentiram compreensivamente.

-Claro, querida.-Disse o pai.-Se precisar de qualquer coisa, estamos aqui.

Beca assentiu, sentindo o apoio silencioso deles enquanto subia as escadas em direção ao seu quarto. Cada passo parecia mais pesado que o anterior, o trauma do que havia presenciado ainda assombrando sua mente. Quando finalmente chegou ao seu quarto, ela fechou a porta atrás de si e se encostou nela, respirando fundo

O ambiente familiar de seu quarto era confortante, com suas paredes cobertas de pôsteres da sua banda favorita, Led Zappelin e fotos com seus amigos e família. Oferecia um conforto reconfortante. Ela se dirigiu até a cama, sentando-se na beirada e abraçando seus joelhos. O silêncio do quarto parecia amplificar seus pensamentos, mas ela sabia que precisava desse momento sozinha para começar a processar tudo.

Beca pegou um travesseiro e o apertou contra o peito, as lágrimas voltando a cair silenciosamente. Ela fechou os olhos, tentando afastar as imagens perturbadoras da morte da xerife, mas era difícil. As memórias eram vividas demais, cruas demais.

Enquanto se encolhia na cama, Beca começou a se permitir sentir a dor, o medo, e a tristeza, na esperança de que, eventualmente, essas emoções começassem a se dissipar. Ela sabia que o caminho para a cura de presenciar aquilo seria longo, mas também sabia que não precisaria percorrê-lo sozinha. Com sua família e seus amigos ao seu lado, havia uma luz no fim do túnel, por mais distante que ela pudesse parecer agora.