38. Agust D pt. 3

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Esqueci de programar esse capítulo então não postou 18:30, desculpa minhas gostosas!
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As coisas começaram a fluir muito lentamente, de forma que nenhum de nós pôde sequer explicar.

Eu voltava lá sempre, cozinhava direito pros meninos já que os 4 não eram tão bons assim com as panelas. Ajudava com os cortes, feridas e machucados. E eu descobri o motivo do Agust D sempre ter aroma de canela: ele roubava a fábrica de temperos todo dia pra pegar sal e as vezes dinheiro também.

Apesar de receberem dinheiro do imperador, os 4 ainda eram meros cidadãos da vila Daechwita. Roubar era comum por ali, e eles faziam isso pra poder manter o dinheiro guardado. Eu não queria julgar mas as vezes achava desnecessário.

Não conversamos sobre o beijo. Não falamos sobre isso nenhuma vez, e nem ficamos sozinhos novamente. Sempre que eu ia lá pra levar frutas e cozinhar pra eles, ou eles vinham pedir ajuda com algum machucado, ninguém tocava no assunto.

Mas o Hope e os outros dois ficavam sempre olhando pra nós de forma muito sugestiva e dando risadinhas. Três patetas.

De tanto ir lá e conviver com eles, eu acabei aprendendo algumas coisas. Aprendi a usar a faca do Hope pra acertar troncos de árvores, alvos, bonecos e os sacos de batata com areia do Jungkook.

O próprio Jungkook me ensinou a bater com força nesses sacos e meus braços estavam ficando mais fortes com esses "treinos" que ele me mostrava.

E eu também descobri o lance das cordas, que o Agust D me salvou no dia da invasão; eram tirolesas, cordas longas revestidas com um material forte e resistente. Ele me levou pra dar mais uma volta naquilo quando fomos colher flores na entrada da floresta e eu vi as cordas. Quando questionei, ele explicou que o imperador usava esse sistema de tirolesas pra enviar mensagens rapidamente com os mensageiros oficiais do reino.

Ele gostava da sensação de "voar" e por isso também usava quando queria. Ele estava procurando um invasor quando me viu ser arrastada pelo soldado e foi me salvar. Naquele momento eu o admirei ainda mais.

Com tanta convivência assim e o beijo que ficou marcado na minha mente, não demorou para que meu coração o escolhesse, para que desenvolvesse sentimentos profundos. Eu não tinha medo dele, não tinha mais receio de estar perto dele e a cicatriz não mais me assustava de forma alguma.

Nós estávamos mais próximos, mesmo sem conversar muito e nem entrar no assunto do beijo, ele sempre sorria pra mim e sempre fazia uma coisa que deixava meu coração quase em êxtase: tirava a minha franja do meu rosto e colocava atrás da minha orelha, dizendo que eu ficava linda com o rosto todo a mostra.

Um dia, estava ajudando ele com um corte no antebraço, resultado de seu último roubo na fábrica, quando ele me surpreendeu. Enquanto eu passava um paninho molhado pra limpar o sangue, ele segurou minhas duas mãos e sorriu pra mim, me olhando nos olhos.

_ Quero que fique comigo_ Disse._ Quero que seja minha parceira.

Eu sorri e ele colocou a minha franja atrás da minha orelha, se inclinando para me beijar. Eu gostei disso, me deixou feliz e animada. Eu gostava de beijar dele, desde o dia que o ajudei com o athame, e estava ansiosa pra beija-lo novamente.

_ Eu quero ser sua parceira_ Declarei a ele._ Mas só se me contar como conseguiu essa cicatriz.

Ele desviou o olhar pro riacho ao lado mas acabou me encarando novamente.

Suga Oneshots (MIN YOONGI FANFIC)Onde histórias criam vida. Descubra agora