Capítulo 2 - As lágrimas

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    Nami deitou-se na sua cama de má vontade, virando-se e revirando-se durante horas

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Nami deitou-se na sua cama de má vontade, virando-se e revirando-se durante horas. Ultimamente, sempre que conseguia adormecer, acordava encharcada no seu próprio suor, curvada e com os pulmões sem ar devido aos seus pesadelos a noite.

Tudo começou no dia em que ela viu a fotografia dele no jornal. Ele estava completamente envolto em bandages e o olhar de tristeza no seu rosto magoado fez com que o seu coração se despedaçasse. No entanto, no dia em que viu a cicatriz esfarrapada no peito dele quando se reuniram em Sabaody, ela ficou mentalmente destroçada. Era uma lembrança do seu fracasso em ajudar o seu Capitão.

De repente, o Luffy surgiu na sua cabeça, e as palavras de Robin começaram a ecoar nos seus ouvidos, tornando cada vez mais difícil voltar a descansar.

─ Acho que não tem nada com que se preocupar. ─ diz Robin.

Ela ainda se lembrava da forma como o seu coração começou a bater rapidamente como se estivesse a fazer um milhão de quilómetros por minuto quando ele olhou na sua direção do outro lado do convés. Será que ela nunca tinha reparado nos olhares dele antes de Robin os apontar?

Muitas vezes, a navegadora evitava olhar na direção dele, a não ser que achasse absolutamente necessário, por isso talvez fosse essa a razão. A razão? Ela recusava a perder no seu "ritmo" (como diria Law), nas suas profundas órbitas de ébano, ou nas fendas do seu peito muito cinzelado e o que acontecera dias antes era uma prova sólida disso. Parecia... errado. Luffy não era apenas o seu capitão, mas também o seu amigo e ela sabia que não era assim.

No entanto, a Nami estava muito mal, muito mal mesmo. Colocou uma mão sobre o peito para garantir que o seu coração não saltasse e, em breve, deu por si a imaginar uma série de cenários que envolviam o homem de cabelo pretos com um chapéu de palha. A maioria dos quais só piorava a sua situação atual.

Para com isso, Nami...

Apoiou-se no cotovelo para olhar para o relógio de parede, onde se lia "2:53 AM".

Tenho certeza que a Robin não estaria acordada...

Nami olhou para a sua companheira adormecida e viu o constante subir e descer do seu peito. Suspirando internamente, levantou-se, tirando os cobertores de cima de si com um grunhido silencioso. Agora que ela queria desabafar com a sua amiga arqueóloga estava fora de questão, ela decidiu limpar a cabeça. Passou as pernas por cima da borda da cama e saiu cautelosamente pela porta, fechando-a lentamente atrás de si.

A navegadora estava numa missão para limpar a sua mente dos pensamentos irritantes que a dominavam. As suas pernas moviam-se sozinhas, levando-a para o local onde se sentia mais à vontade. Ao sair dos degraus irregulares de madeira, parou rapidamente no caminho. Ali estava ele, sentado no corrimão, o garoto de todos os seus desejos.

A sério? Agora? ─ Fala sussurrando.

Com muito cuidado, deu um passo atrás na tentativa de afasta-se cautelosamente, Luffy estava de costas para ela, mas mal sabia a Navegadora que o seu Capitão já tinha sentido a sua aproximação com o seu Haki desde o momento em que ela pôs os pés no chão fresco de madeira de Adão; uma capacidade a que ela ainda não tinha acostumado.

𝗟𝗔𝗖̧𝗢𝗦 𝗡𝗢 𝗠𝗔𝗥.🌊 𝐿𝑢𝑓𝑓𝑦 𝑥 𝑁𝑎𝑚𝑖.Onde histórias criam vida. Descubra agora