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Passaram várias horas e o navio mantinha uma rota estável. Cada membro da tripulação do Mugiwara estava ocupado a fazer as suas próprias coisas, tentando matar o tempo até chegarem à próxima ilha.
Luffy estava sentado na cabeça de Sunny, com a aba do chapéu cobrindo os olhos e os braços cruzados enquanto ele adormecia.
Zoro estava a treinar no ninho dos corvos, levantando enormes halteres com cada mão enquanto contava as suas repetições em voz alta.
Robin cuidava do seu canteiro de flores, regando cada planta delicada enquanto conversava com Chopper sobre as suas aventuras passadas com o Doutor Hiriluk.
Usopp martelava a sua última invenção, trabalhando duro em sua fábrica.
Sanji estava limpando depois do almoço, esfregando a louça que havia ficado para trás.
Brook estava sentado no balanço do convés, saboreando uma xícara de chá quente e Franky estava em sua oficina, trabalhando nos planos para suas últimas reformas.
Nami, em particular, sentou-se na sua mesa de estudo, aproveitando a paz e tranquilidade que muitas vezes faltava quando se tratava da equipe de Mugiwara, para trabalhar em seu último mapa. Ele largou a caneta com um suspiro de alívio depois de trabalhar vigorosamente por algum tempo.
Finalmente.
Ela deu uma última olhada no mapa finalizado da Ilha dos homens-peixe e ficou satisfeita com seu trabalho. A navegadora esticou os braços e bocejou preguiçosamente.
Ultimamente, tinha dificuldade em dormir o suficiente, porque os pensamentos de Luffy ocupavam-lhe a mente com frequência. Ela estava sempre a tentar lembrar-se de quando é que estes sentimentos começaram. Terá sido depois de se ter libertado das garras de Arlong? Ou talvez tenha sido depois de saber que Luffy tinha desaparecido após os acontecimentos em Marineford? Ela não tinha a certeza, mas achava cada vez mais difícil manter as suas emoções sob controlo.
Há quanto tempo me sinto assim?
No final das contas, Luffy era alguém muito querido por ela e, dada toda a sua jornada, parecia natural que ela desenvolvesse sentimentos por ele. Ele não só era a razão pela qual ela agora era capaz de perseguir os seus sonhos, como também a protegia constantemente, libertou-a e deu-lhe um lar. Ela lhe devia a vida e nunca poderia retribuir a gentileza que ele lhe tinha mostrado até agora.
As pálpebras ficaram pesadas e ela cruzou os braços com cuidado, pousando-os em cima da secretária de madeira polida à sua frente. Quando se inclinou para a frente para deitar a cabeça, sentiu o sono tomar conta dela.
─ Ooooooi! Ilha!!! ─ gritou Luffy, entusiasmado, da cabeça do Sunny. A tripulação começou a juntar-se no convés para ver o seu próximo destino. Era uma ilha de verão com palmeiras que rodeavam os arredores e, à medida que se aproximavam, a tripulação via que era habitada.
