Eu nunca estive apaixonado e nem pretendo me apaixonar.
Com os anos, cheguei a conclusão de que nunca poderá acontecer comigo. Não sou monogâmico, nunca fui. O desejo carnal sempre interfere em minha ações, e em alguns casos, não há como possuir controle.
Papai sempre foi apaixonado por Park Amelia. Hee-soon ama a mamãe, mesmo que ela tenha partido há mais de vinte anos.
Seu amor é imortal, nem mesmo a morte poderia destruí-lo.
Não é como se eu tivesse alguma aversão quanto a sentimentos. Pelo contrário, apesar da ausência da minha mãe, eu cresci rodeado de muito amor e demonstração de afeto.
No entanto, eu me sinto incapaz de sentir algum sentimento romântico por alguém.
Mas Chan-yeol confessou estar apaixonado por mim. Eu realmente não consigo lidar com a sua confissão e desde então, a nossa relação não é mais a mesma.
Me afastar um pouco do moreno foi a minha primeira reação. Quando nos casamos, combinamos que não iríamos nos prender ao matrimônio. Foi algo que deu muito certo por quase dois anos, eu não compreendo como ele pôde se apaixonar por mim.
As declarações do homem foram contra tudo o que havíamos combinado no início do nosso casamento. Como posso sair com outros homens e contá-lo, se Chan-yeol está apaixonado por mim? Isso o deixaria bastante incomodado, ele não irá reagir da mesma forma que antes.
Passou-se um mês desde aquela conversa inesperada em nosso closet e eu ainda não lhe dei uma resposta. Ou melhor, a resposta. Por outro lado, Chan-yeol não me cobrou em nenhum momento.
E apesar de tudo, eu tenho tentado lidar com os meus problemas de maneira responsável.
Após tantos anos, eu voltei com a terapia cognitiva sexual. As consultas são semanalmente, a psicanalista é gentil — essa foi a minha opinião em apenas um dia de terapia.
Eu precisei viajar para Paris. Há uma exposição com algumas das minhas obras acontecendo em uma galeria francesa, por uma semana. Viajar parece ter sido a solução para grande parte dos meus problemas, focar meus pensamentos em algo que não seja somente sexo com Jeon Jungkook é aliviador.
Nos últimos meses eu pintei muitos quadros. Oito deles estão sendo expostos na galeria, mas somente sete deles estão a venda.
No momento, dois homens resolveram que seria um bom momento para encher os meus ouvidos, durante a exposição.
— Eu já havia visitado uma outra exposição sua, no Colorado. Porém, não tive a oportunidade de cumprimenta-lo. — Diz Léo, um loiro francês bastante atencioso. O homem possui barba feita e é bastante atraente, confesso.
— Eu já tive a oportunidade de conhecê-lo, Jimin. Lembra-se de mim? — Oliver pergunta ao meu lado direito, ele é americano e está de passagem em Paris.
Eu olho para o homem. Ele é moreno, veste roupas casuais e tem um sotaque arrastado. E não, eu não lembro dele.
— Na verdade, não. — Sou sincero. Porém, o moreno não parece nem um pouco desapontado.
— Eu posso relembra-lo, se preferir...— Sorri ladino. Há um piercing no canto de seus lábios. Eu olho para Léo, ele parece bastante interessado.
Porém, não é o meu caso. Eu definitivamente não estou interessado em ir para cama com nenhum dos dois. E isso é um grande avanço comparado ao que vivi nos últimos meses.
— Jimin. — Julie, membro da curadoria da galeria, me chama ao se aproximar. Ela parece não se importar com a presença dos dois homens quando revela: — Há um senhor muito interessado na pintura da banheira.
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Flames, jikook
FanfictionPark Jimin sempre teve certeza de todas as suas escolhas e não foi diferente quando decidiu casar-se aos 21 anos de idade. Um ano após o casamento, tudo estava indo bem e não havia com o que se preocupar. O famoso pintor possuí uma boa relação com o...