Eu entro no Porsche nada modesto de Jungkook após deixarmos o bar.
O moreno dirige todo o percurso em silêncio, eu também não faço a mínima questão de dizer uma só palavra — eu nem ao menos sei para onde estamos indo. Meus olhos estão fixos na janela, observando a paisagem noturna de Denver e o trânsito agitado, o outono está chegando ao fim.
Meus pensamentos alertam que não devo seguir a diante com essa insanidade, porém, todas as noites que o homem apareceu em meus sonhos, me faz querer tê-lo a todo custo. Não importa em que condições.
Eu já não possuo controle dos meus pensamentos. Meus esforços são consistentes, porém, é um grande fiasco. Todas essas fantasias e desejos recorrentes pelo homem ao meu lado é veemente.
Durante anos, eu me mantive sólido. Há muito tempo eu tenho mantido o controle de todas essas sensações, graças aos anos de terapia cognitivo-comportamental. Mas bastou apenas o toque das mãos de Jungkook para que tudo fugisse de minhas mãos e se tornasse esse grande caos.
Sua presença é o suficiente para incendiar cada célula do meu corpo. E eu torço para que eu termine essa noite frustrado; que eu não sinta prazer ou satisfação completa após me entregar ao homem.
Porquê, afinal, é isso o que acontece com todos os outros. Apesar de transar loucamente com muitos homens, eu nunca me sinto completamente satisfeito.
Honestamente, eu estou ciente de que não poderíamos estar juntos; não com essas intenções. Jungkook tem uma esposa belíssima e os dois aparentam estarem bem casados. E apesar do homem ainda ser um desconhecido para mim, ele frequenta o mesmo círculo social do meu pai e Chan-yeol.
Isso vai contra todas as minhas regras: não transar com homens casados; não transar com alguém conhecido.
Jungkook me leva a um dos tantos hotéis do meu pai, esse em questão está localizado em um ponto quase deserto de Denver. Nós caminhamos mantendo uma certa distância até a recepção e enquanto o moreno pede um quarto, eu verifico se há alguém conhecido em minha volta.
Não é a primeira vez que faço algo desse tipo. Apesar de ser um Park, eu sempre procuro, publicamente, me manter distante dos negócios do meu pai. A minha vida particular é mantida afastada do meu trabalho, da minha vida como artista. No momento, eu estou acompanhado de Jeon Jungkook — um Arquiteto renomado e casado. E mais do que nunca, eu preciso me precaver.
— Eu quero a suíte presidencial. — Ergo minhas sobrancelhas quando ouço Jungkook falar para a recepcionista. E após pegar o cartão do quarto, ele me olha e faz gesto para que eu o acompanhe, muito discretamente.
Jungkook caminha até o elevador e eu o acompanho. Entramos na caixa metálica em silêncio e quando as portas se fecham, eu permito relaxar os meus músculos tensos, passando meus dedos por entre meus cabelos. Através do espelho, eu encontro os olhos de Jungkook e como sempre, eles estão impaciveis.
— Por que eu sinto que isso não vai dar certo, Jeon? — Pergunto ao encara-lo através do espelho. Jungkook junta o seu tronco em minhas costas, suas mãos descendo para minha cintura, segurando-a com possessão.
Eu arfo pelo pequeno contato, completamente embriagado pelo seu perfume bom. O calor do seu corpo me atinge, me tira de órbita.
— Não há como dar errado, Jimin. — A forma como ele pronuncia o meu nome me deixa excitado. Nunca um homem me excitou com tanta intensidade.
E isso é um absurdo, pois sempre procurei conviver normalmente com o meu desejo sexual alto. Mas tudo isso que eu sinto nessa noite, quando ele me olha, quando me toca... É algo que está longe do meu controle.
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Flames, jikook
أدب الهواةPark Jimin sempre teve certeza de todas as suas escolhas e não foi diferente quando decidiu casar-se aos 21 anos de idade. Um ano após o casamento, tudo estava indo bem e não havia com o que se preocupar. O famoso pintor possuí uma boa relação com o...