Castanho

Capítulo 10

Entramos no carro em silêncio, regulando nossas respirações, eu queria continuar nosso beijo.
- Ola, eu sei que pode parecer meio indecente, mas você gostaria de ir para minha casa ? Eu acho que assim teremos mais privacidade, claro se você quiser.
- Já te disse que você fala igual a uma senhorinha né ? É claro que eu gostaria de ir Lan.
Assenti com a cabeça e liguei o carro para sair. Ela ligou o som que tocava moroon 5 girls like you, durante o caminho ela olha pela janela, e eu me concentro em o que vamos fazer ? Se vamos conversar ou se vamos fingir que não somos nada e que seguiremos com os amassos.
Ao chegar em casa e estacionar o carro na garagem, Ola se encontra tensa olhando para a porta
- Eu não cheguei a te mostrar meu quarto, né ? - Perguntei
- Não tive ainda a oportunidade de conhecer, não há problemas em eu ir para sua casa ?
-Não claro que não, você é muito bem vinda e sabe disso.
Segui caminhando e ela atrás de mim, por que é tão difícil ser racional com ela perto de mim ? Subi a escada devagar para ela me acompanhar.
- Ola você aceita algo para tomar ?
- Não obrigada - Ela respondeu e eu não consegui entender por que ela estaria nervosa
Entrei no corredor com ela, em silêncio , olhando tudo
- Sua casa é linda, seu quarto é o último do corredor ?
- Obrigada, meus pais têm um ótimo gosto. E sim, a última porta é a do meu quarto
- Legal, você que escolheu ele ?
- Sim, esse território, como diz meu pai, é todo meu.
Ouvi sua risada, ao fim estava conseguindo quebrar o gelo, e fazê-la sentir mais confortável.
Ao entrar no meu quarto, pude notar sua reação de espanto, mas no meu quarto tinha uma pequena salinha, com sofá em formato de U , uma bancada e uma mini biblioteca. Sem contar no meu bagunçado closet e meu banheiro/spa.
- Que quarto tão grande - Ela falou
- Grande ? - Perguntei
- Grande - Respondeu com um olhar divertido
- Fique à vontade, por favor.
- Não sei nem como não me perder aqui dentro, esse piano você sabe tocar ?
- Sim, sei - respondi timidamente
- E bem ?
- Sim, desde minha infância, para ser exata.
- Claro, você me surpreende, há algo que você saiba não fazer bem ? - Não entendi sua pergunta, seu olhar era intenso e volta e meia ameaçava a morder aquele maldito labio dela.
- Lógico que há coisas que eu não faço bem, não sou um robô - Falei me encostando mais nela.
- Humm - ela respondeu também se aproximando de mim.
- Quer se sentar ? - Perguntei olhando em seus olhos
- Onde ? - Ela me perguntou mordendo o lábio inferior
- Para de fazer Ola, eu não consigo me concentrar com você mordendo sua boca assim.
- Sério ? Ela me olhava mais sapeca ainda.
Estamos sentadas, uma de frente para a outra, nossa atmosfera tão carregada de desejo. Então como um click ela veio em minha direção, me agarra pela mão e me leva em direção á cama, me conduzindo, eu estou tremendo como uma folha, é isto, por fim, depois de tanto eu vou fazer isso, vou fazer com a Ola e na minha cama, no meu santuario. Não consigo tirar os olhos dela, ela tira sua jaqueta olhando intensamente pra mim e mordendo o seu maldito labio, ela é absolutamente linda, seus olhos castanhos são ousados e deslumbrantes.
- Ah Ola, por favor, me deixe fazer amor com você.
-Sim - ela respondeu sussurrando.
Ela se aproxima de mim, devagar, muito segura de si, sexy, com os olhos brilhantes. O meu coração disparado estava, disparado ficou. Eu estou em chamas, eu desejo um desejo quente, intenso que invade meu ventre. Ela se para na minha frente e me olha nos olhos mordendo o maldito lábio
- Vamos tirar seu casaco ? - Ela me diz em voz baixa deslizando meu casaco pelos meus ombros.
- Tem ideia do muito que eu tenho desejado esse momento Lan ? - me sussurrou outra vez. Minha respiração tensa, não consigo tirar meus olhos dos seus. Ela encontra ainda mais perto de mim, e passa suavemente os dedos do meu rosto para o meu queixo.
Por fim, inclina-se e me beija. Seus lábios são macios, firmes e lentos ao se juntarem com o meu, ela começa então a aproximar mais ainda os nossos corpos. Sua mão percorre meu braço, enquanto meu outro braço segura ela por sua cintura. Nossos corpos estão muito próximos, sinto cada vez mais calor, e quando passo a mão por sua bunda escuto seu gemido abafado na minha boca, seus peitos cada vez mais pegados ao meu corpo.
Antes de qualquer coisa, escuto duas batidas na porta e na hora lembrei que não deixei ela fechada, rapidamente paramos nosso beijo, eufóricas, excitadas, molhadas.
- Lan você tá ai ? - Ah droga, é a minha mãe
- Oi mãe, estou sim só um minuto
Ola, que seguia respirando fundo, me olhava com um olhar travesso.
- Você não sabia que sua mãe estava em casa ?
- Não, me desculpe - respondi tentando regular minha respiração.
Nesse momento, escuto a porta abrir e minha mãe conversando
- Hoje eu consegui chegar cedo, o que você está fazendo...- Parou imediatamente
- Mãe eu já te disse para me esperar
- Oi filha, não sabia que estava acompanhada, e você tão linda deve ser a Ola, certo ?
Se eu fosse menos vermelha que um tomate, estaria mentindo.