sangue ruim.

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Capítulo 11.

★ Sangue ruim.

Passei os dias seguintes dedicando o meu tempo, a não ser encontrado por Lockhart, até mesmo Colin não me deixa em paz, já veio atrás de mim várias vezes atrás de uma foto, e em todas eu afirmeiu que só tirarei uma foto com o Dray. O coitado está tão desesperado que esses dias eu vi ele indo tremendo até próximo da mesa das cobras mas depois voltou para trás.
Pelo menos para um pouco da minha sorte, Ronald ainda está com raiva e por isso me evita na maioria das vezes, mas como se para acabar com toda minha felicidade, Hermione convenceu o Ronald a ir, até o casebre de Hagrid amanhã ,e eu não vou ter como recusar.

...

No dia seguinte  fui acordado muito antes da hora que pretendia pelas sacudidas de Olívio Wood, capitão do time de quadribol da Grifinória.(Não faço ideia de como esse cara conseguiu abrir minhas cortinas, mas ainda bem que Rowena saiu cedo escondida para caçar)
– Que foi? – perguntou tonto de sono.
– Prática de quadribol! – disse Wood. – Vamos!
Espiei pela janela apertando os olhos. Havia uma névoa rala cobrindo o céu rosa e dourado.
Agora que acordei, não consigo entender como podia estar dormindo com a algazarra que os passarinhos faziam.
– Olívio – falei com a voz rouca. – O dia ainda está amanhecendo.
– Exato – respondeu Wood. Ele era um sextanista alto e forte e, naquele instante, seus olhos brilhavam de fanático entusiasmo. – Faz parte do nosso novo programa de treinamento. Ande, pegue a vassoura e vamos – disse Wood animado. – Nenhum dos times começou a treinar ainda; vamos ser os primeiros a dar a partida este ano...
Aos bocejos e tremores, sai da cama e tentei encontrar minhas vestes de quadribol.
– Muito bem – disse Wood. – Te encontro no campo daqui a quinze minutos.
Depois de procurar o uniforme vermelho do time e vestir uma capa para me aquecer, desci a  escada em caracol até a sala comunal, com a Nimbus 2001(que eu comprei junto com os meus livros de artes das trevas)ao ombro. Acabei de chegar ao buraco do retrato quando ouviu um estardalhaço às minhas costas, e Colin Creevey apareceu correndo escada abaixo, a máquina fotográfica balançando feito louca ao pescoço e alguma coisa segura na mão.
– Ouvi alguém dizer o seu nome na escada, Harry! Olhe só o que tenho aqui! Mandei revelar, queria lhe mostrar...
Examinei confuso a foto que Colin sacudia debaixo do seu nariz.
Numa foto preto e branco, um Lockhart em movimento puxava com força o meu braço, satisfeito ao ver que o seu eu fotográfico resistia bravamente e recusava a se deixar arrastar para dentro da foto. Enquanto eu observava, Lockhart desistiu e se largou, ofegante, contra a margem branca da foto.
– Você autografa? – perguntou Colin, ansioso.
– Não – disse sem rodeios, olhando para os lados para verificar se a sala estava realmente deserta. – Desculpe, Colin, estou com pressa, prática de quadribol...
E atravessei o buraco do retrato.
– Uau! Espere por mim! Nunca vi um jogo de quadribol antes!
Colin subiu pelo buraco atrás de mim.
– Você foi o jogador da casa mais novo em cem anos, não foi, Harry? Não foi? – perguntou Colin, caminhando ao lado dele. – Você deve ser genial. Eu nunca voei. É fácil? Esta vassoura é sua? É a melhor que existe?– falou correndo atrás de mim.
– Eu não entendo bem de quadribol – disse Colin sem fôlego. – É verdade que tem quatro bolas? E duas ficam voando em volta dos jogadores tentando tirá-los de cima das vassouras?
– É – falei conformado em explicar as regras complicadas do quadribol. – Chamam-se balaços. Há dois batedores em cada time armados de bastões para rebater os balaços para longe do seu time. Fred e Jorge Weasley batem pela Grifinória.
– E para que servem as outras bolas? – perguntou Colin, derrapando dois degraus porque olhava boquiaberto para mim.
– Bem, a goles, a bola vermelha meio grande, é a que faz os gols. Três apanhadores em cada time atiram a goles um para o outro e tentam metê-la entre as balizas na extremidade do campo, são três postes compridos com aros na ponta.
– E a quarta bola...
– ... é o pomo de ouro – falei–, e é muito pequena, muito veloz e difícil de agarrar. Mas é isso que o apanhador tem que fazer, porque um jogo de quadribol não termina até o pomo ser capturado. E o apanhador que agarra o pomo para o time ganha cento e cinquenta pontos a mais.
– E você é o apanhador da Grifinória, não é? – perguntou Colin cheio de admiração e respeito.
– Sou – respondi deixando o castelo e começavam a atravessar o gramado encharcado de orvalho. – E tem o goleiro também. Ele guarda as balizas. É isso, em resumo.
Mas Colin não parou de me interrogar o tempo todo, desde o gramado ondulante até o campo de quadribol, só consegui me desvencilhar dele quando cheguei aos vestiários; Colin ainda gritou com sua voz fina quando ele se afastava.
– Vou pegar um bom lugar, Harry! – E correu para as arquibancadas.

HP:E Se a Morte Fosse Apenas O Começo?Onde histórias criam vida. Descubra agora