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Capítulo 12.



★Basilisco.




— Que aconteceu, Harry? Que aconteceu? Ele está doente? Mas você pode curá-lo, não pode? — Colin descera correndo das arquibancadas e agora dançava em volta dos meninos que saíam de campo. Ronald deu um enorme suspiro e mais lesmas rolaram pelo seu peito.
“Aaah!”, exclamou Colin, fascinado, erguendo a máquina fotográfica. “Pode manter ele parado, Harry?”
— Sim! — disse, ajudando Hermione a levantar Ronald. Hermione me olhou com cara feia e puxou Ronald para fora do estádio.
atravessaram os jardins em direção à orla da floresta.
— Estamos quase lá, Rony — disse Hermione quando a cabana do guarda-caça tornou-se visível. — Você vai ficar bom num instante, estamos quase chegando… E você? Qual o seu problema? — gritou olhando para mim. — Por que não nos defendeu? Estávamos tentando ajudá-lo.
— Me ajudar de quê? — perguntei. — Nada acontecera comigo — falei como se fosse óbvio.
— Harry… está acontecendo com você? Você não é assim! — falou como se estivesse magoada.
— Não sou assim? — perguntei. — O que diabos isso significa? Desde quando você me conhece, acha que só porque passamos o final do último ano juntos, você me conhece acima de tudo?? — perguntei fingindo incredulidade.
— Eu não… Não entendo… — falou com lágrimas se formando. — Eu pensei... Depois de tudo que passamos…
— Hermione, eu não te conheço direito, só te vi um pouco no ano passado, isso não nos transforma em melhores amigos — falei — precisamos nos conhecer mais, passar mais tempos juntos, para enfim começarmos a agir como se fossemos mais amigos, como se fossemos melhores amigos. — falei com calma.
— Eu realmente pensei… Pensei conhecer vocês dois, eu ouvi muito sobre você e...
— O problema, Mione, é que ninguém sabe quem é Harry Potter de verdade, eles só sabem o que os livros e as histórias contadas pelas pessoas dizem… Ninguém estava lá quando meus pais “morreram” além de mim, Voldemort e ele, só nós três sabemos a verdade, —gritei. _ isso é horrível sabia, eu não suporto que todos fiquem atrás mim me perseguindo, você, Lockhart, Colin todos vocês acham que me conhecek, que sabem tudo sobre mim com base em porcaria de livros, sendo que até um ano atrás eu nunca tinha tido nem um tipo de contato com o mundo mágico, eu nem sabia que era o maegi. — falei soltando ar que nem sabia que estava segurando.
— Sinto muito, — falou baixando os ombros, — eu realmente não pensei nisso, desse ponto, oh, Harry, me desculpa!
— Tudo bem, quem tem que se desculpar sou eu, — falei baixando os ombros também — me desculpe, não é sua culpa e eu acabei explodindo, eu sinto muito.
— Tudo bem, — afirmou em um clima opressor.
Realmente não estava em meus planos explodir assim, mas eu precisava traçar uma linha, depois de uns pequenos incidentes da minha vida passada no qual recapitularei mais tarde, eu sei que a Hermione não será uma pessoa tão má comigo, mas ela ainda ura ultrapassar várias linhas, e eu não permitirei isso dessa vez eu não passarei essa vida em um círculo fechado composto por Hermione Granger e Ronald Wesley, eu quero me expandir um pó mais nessa vida, não posso correr os ricos de cometer os mesmos erros e acabar morre de novo, devido a uma maldita traição.

Estamos a menos de um quilômetro da casa de Hagrid quando a porta de entrada se abriu, mas não foi Hagrid que apareceu. Gilderoy Linchar, hoje com vestes lilás clarinho, vinha saindo.
— Depressa, aqui atrás — sibilei, arrastando Hermione para trás de uma moita próxima. Com Ronald nos braços.
— É muito simples se você sabe o que está fazendo! — Lockhart dizia em voz alta a Hagrid. — Se precisar de ajuda, você sabe onde estou! Vou-lhe dar uma cópia do meu livro. Estou surpreso de que ainda não o tenha comprado: vou autografar um exemplar hoje à noite e mandar para você. Bom, adeus. — E saiu em direção ao castelo.
Esperei até Lockhart desaparecer de vista, então puxou Ronald da moita até a porta de Hagrid.
Hermione bateu apressada na porta.
Hagrid abriu na mesma hora, parecendo muito rabugento, mas seu rosto se iluminou quando viu quem era.
— Estive pensando quando é que vocês viriam me ver, entrem, entrem, achei que podia ser o Prof. Lockhart outra vez…
Hermione ajudou Ronald a entrar na cabana, sala e quarto, que tinha uma cama enorme em um canto, uma lareira com um fogo vivo no outro. Hagrid não pareceu perturbado com o problema das lesmas de Ronald, que Hermione explicou em poucas palavras enquanto baixava o amigo em uma cadeira. — Melhor para fora do que para dentro — disse Hagrid animado, baixando com ruído uma grande bacia de cobre na frente do menino. — Ponha todas para fora, Rony.
— Acho que não há nada a fazer exceto esperar que a coisa passe — disse Hermione, ansiosa, observando Ronald se debruçar na bacia. — É um feitiço difícil de fazer em condições ideais, ainda mais com uma varinha quebrada…
Hagrid ocupou-se pela cabana, preparando chá para os meninos. Seu cão de caçar javalis. Canino, fazia festas em mim, me sujando todo.
— Que é que Lockhart queria com você, Hagrid? — perguntei, coçando as orelhas de Canino.
— Estava me dando conselhos para manter um poço livre de algas — rosnou Hagrid, tirando um galo meio depenado de cima da mesa bem esfregada e pousando nela o bule de chá. — Como se eu não soubesse. E ainda fez farol sobre um espírito agourento que ele espantou. Se uma única palavra do que disse for verdade, eu como a minha chaleira.
Não era hábito de Hagrid criticar professores de Hogwarts. Hermione, porém, disse num tom mais alto do que de costume:
— Acho que você está sendo injusto. É óbvio que o Prof. Dumbledore achou que ele era o melhor candidato para a vaga…
— Ele era o único candidato — falei, enquanto Hagrid nos oferecia um prato de quadradinhos de chocolate, enquanto Ronald tossia e vomitava na bacia. 
— Harry está certo, está ficando muito difícil encontrar alguém para ensinar Artes das Trevas. As pessoas não andam muito animadas para assumir esta função. Estão começando a achar que está enfeitiçada. Ultimamente, ninguém demorou muito nela. Agora me contem — disse Hagrid, indicando Ronald com a cabeça. — Quem é que ele estava tentando enfeitiçar?
— Malfoy — falou Hermione, furiosa, erguendo-se, lívido e suado, até a superfície da mesa. Ronald falou rouco. — Malfoy chamou Mione de sangue ruim, Hagrid…
Ronald tornou a sumir debaixo da mesa e um novo jorro de lesmas caiu. Hagrid pareceu indignado.
— Ele não fez isso!
— Fez sim — confirmou Hermione. — Mas eu não sei o que significa. Percebi ser uma grosseria muito grande, é claro…
— É praticamente a coisa mais ofensiva que ele podia dizer — ofegou Ronald, voltando. — Sangue ruim é o pior nome para alguém que nasceu trouxa, sabe, que não tem pais bruxos. Existem uns Maegis, como os da família de Malfoy, que se acham melhores do que todo mundo porque têm o que as pessoas chamam de sangue puro. — Ele deu um pequeno arroto, e uma única lesma caiu em sua mão estendida. Ele a atirou a
bacia e continuou: — Quero dizer, nós sabemos que isso não faz a menor diferença. Olha só o Neville Longbottom, ele tem sangue puro e sequer consegue pôr um caldeirão em pé do lado certo.
Eu ia argumentar, mas achei melhor me manter em silêncio, para não falar mais besteira.
— E ainda não inventaram um feitiço que a nossa Mione não saiba fazer — disse Hagrid orgulhoso, fazendo Hermione ficar púrpura de tão corada.
— E é uma coisa revoltante chamar alguém de… — começou Ronald, enxugando a testa suada com a mão trêmula… Sangue sujo, sabe. Sangue comum. É ridículo. A maioria dos bruxos hoje em dia é mestiça.
Se não tivéssemos casado com trouxas teríamos desaparecido da terra. Até que enfim uma verdade.
Ele teve uma ânsia de vômito e tornou a desaparecer de vista.
— Bem, não posso censurá-lo por querer enfeitiçar Draco — disse Hagrid alto para encobrir o barulho das lesmas que caíam na bacia. — Mas talvez tenha sido bom a sua varinha ter errado. Acho que Lúcios Malfoy viria na mesma hora à escola se você tivesse enfeitiçado o filho dele. Pelo menos você não se meteu em apuros.
Lúcios não é o tipo de homem que realmente se importaria com isso, pelo menos foi o que o Draco havia me dito no passado, mas pensando bem… Ele está tão desesperado para derrubar o Sr Arthur, que talvez ele realmente abrisse uma exceção a isso.
— Harry — disse Hagrid abruptamente, como se tivesse lhe ocorrido um pensamento repentino. — Tenho.
Uma reclamação sobre você. Ouvi falar que andou distribuindo fotos autografadas. Como é que não ganhei nenhuma?
Furioso, desgrudei os dentes, que estavam presos devido às bolachas de chocolate.
— Não andei distribuindo fotos autografadas — disse alterado. — Se Lockhart continua a espalhar este boato…
Mas vi que Hagrid estava rindo.
— Só estou brincando — disse, dando palmadinhas amigáveis nas minhas costas, me fazendo enfiar a cara na mesa. — Eu sabia que não tinha dado. Eu disse a Lockhart que você não precisava fazer isso. Você é mais famoso do que ele sem fazer a menor força.
— Aposto como ele não gostou disso–comentei, erguendo a cabeça e esfregando o queixo.
— Acho que não — respondeu Hagrid, com os olhos cintilando. — E então falei que nunca tinha lido um livro dele e ele resolveu ir embora. Quadradinhos de chocolate, Rony? — acrescentou, ao ver Ronald reaparecer.
— Não, obrigado — disse o menino, fraco. — É melhor não arriscar.
— Venham ver o que andei plantando — convidou Hagrid quando termine de beber o chá.
Na pequena horta nos fundos da casa, havia uma dúzia das maiores abóboras que Harry já vira. Cada uma tinha o tamanho de um pedregulho.
— Estão crescendo bem, não acha? — perguntou Hagrid alegre. — Para a Festa das Bruxas… até lá já devem estar bem grandes.
— Que é que você está pondo na terra? — perguntou Hermione.
Hagrid espiou por cima do ombro para ver se estavam sozinhos.
— Bom, tenho dado, sabe, uma ajudinha…
Reparei no guarda-chuva florido de Hagrid encostado na parede dos fundos da cabana, eu sempre acreditei que a varinha dele estava na avenida em algum lugar. O guarda-caça fora expulso de Hogwarts no terceiro ano, mas quase ninguém sabia a razão — era só mencionar o assunto, e ele pigarreava alto e se tornava misteriosamente surdo até que se mudasse de assunto.
— Um feitiço de engorda? — afirme, num tom de divertimento — Bem, você fez um bom trabalho.
— Sua irmãzinha Rony também achou incrível — comentou Hagrid, fazendo sinal a Rony. — Encontrei-a ainda ontem.
— Hagrid olhou de esguelha para mim, a barba mexendo. — Ela me disse que estava só dando uma olhada pelos jardins, mas calculo que estava na esperança de encontrar alguém na minha casa. — E piscou para mim, livro alguns segundos para raciocinar e uns minutos para entender, então revirei os olhos. — Se alguém me perguntasse, ela é uma que não recusaria uma foto…
— Ah, cala a boca — falei. Ronald deu uma risada abafada e o chão ficou cheio de lesmas.
— Cuidado! — rugiu Hagrid, puxando Ronald para longe das suas preciosas abóbora.
Era quase hora do almoço e, como eu só comi uns quadradinhos de chocolate desde o amanhecer, estava doido para voltar à escola e almoçar. Nós nos despedimos de Hagrid e regressamos ao castelo.

Ronald tossia de vez em quando, mas só vomitou duas lesminhas.
Mal entramos no saguão, quando ouvimos uma voz.
— Aí está você, Weasley. — A Profa McGonagall veio em direção a eles, com a cara séria. — Você vai cumprir sua detençõe hoje à noite.
— O que eu fiz professora? — perguntou Ronald, contendo, nervoso, um arroto.
— Você vai polir as pratas na sala de troféus com o Sr. Filch. E nada de magia, Weasley, no muque.
Ronald engoliu em seco. Argo Filch, o zelador, era detestado por todos os alunos da escola.
— Potter! — chamou.
— Sim, senhora?
— Prof. Lockhart solicitou um povo do seu tempo hoje à noite para responder às cartas dos fãs.
— Ah, n..., professora — gemi desesperado. Ela ergueu as sobrancelhas. — O Prof. Lockhart fez questão de que
você fosse. Oito horas em ponto.
Eu e Ronald entramos curvados no Salão Principal, no pior estado de ânimo possível. Hermione vem atrás de nós, com aquela expressão bem feito, para o Ronald. Eu nem apreciei o empadão tanto quanto pretendia, eu realmente queria que esse cara morresse de alguma forma.
— Filch vai me prender lá a noite inteira — disse Ronald, com a voz deprimida. — Nada de magia! Deve ter umas cem taças naquela sala. Não entendo nada de limpeza de humanos.
— Eu trocaria com você numa boa — falei num tom cavo. — Treinei um bocado com os Dursley.
Responder às cartas dos fãs de Lockhart… ele será um pesadelo…
A tarde de sábado pareceu se evaporar no que pareceu um segundo, já eram cinco para as oito, e eu já ia me arrastando pelo corredor do segundo andar em direção à sala de Lockhart. Cerrei os dentes e bati na porta, amaldiçoando até a última geração dele.
A porta se escancarou na mesma hora. Lockhart sorria para mim. Eu realmente considerei amaldiçoar esses dentes dele.
— Ah, aqui temos você, Harry! — exclamou. — Entre, Harry, entre… Sabia que você não ia resistir ao meu pedido, ansioso para saber como é respoder as cartas dos queridos fãs?
Rebrilhando nas paredes, à luz das muitas velas, havia uma quantidade de fotografias emolduradas de Lockhart. Havia até algumas autografadas. Outra grande pilha aguardava sobre a mesa.
— Você pode endereçar os envelopes! — disse Lockhart como se isso fosse um prêmio. — O primeiro vai para Gladys Gudgeon, que Deus a abençoe, uma grande fã minha…
Os minutos se arrastaram. Deixei a voz de Lockhart passar por mim, sem falar nada. Vez por outra, ele captava uma frase do tipo “A fama é um amigo infiel, Harry” ou “A celebridade é o que ela faz, lembre-se disto”.
As velas foram se consumindo, fazendo a luz dançar sobre os muitos rostos de Lockhart que me observavam. Estendi a mão dolorida para o que me pareceu ser o milésimo envelope, e escrevi.
O endereço de Veronica Smethley. Deve estar quase na hora de sair, pensei infeliz, por favor, tomara que esteja quase na hora…
Então ouvi uma voz — uma coisa muito diferente do ruído das velas que espirravam já no finzinho da tagarelice de Lockhart sobre os fãs.
Foi uma voz, uma voz de congelar o tutano dos ossos, uma voz venenosa e gélida de tirar o fôlego.
— Venha… venha para mim… Me deixe rasgá-lo… Me deixe rompê-lo… Me deixe matá-lo…
Dei um enorme pulo e, com isso, fez aparecer um enorme borrão na rua de Veronica Smethley.
— Quê? — exclamou em voz alta.
— Eu sei! — disse Lockhart. — Seis meses inteiros encabeçando a lista dos livros mais vendidos! Bati todos os recordes!
— Não — me lembrando do basílico.
— Perdão? — disse Lockhart, parecendo intrigado. 
— Nada— falei, 
Lockhart estava olhando para muito surpreso.
Estamos aqui há quase quatro horas! Eu nunca teria acreditado, o tempo voou, não acha?
Não respondi. Apurava os ouvidos para captar novamente a voz, mas não havia som algum, exceto Lockhart falando coisas aleatórias. Minutos depois, exausto, fui embora.
Era tão tarde que a sala comunal da Grifinória estava quase vazia. Subi direto ao dormitório.
Ronald ainda não voltara. Vesti o pijama, me meti na cama e esperei Rowena aparecer. Meia hora depois, Ronald. 
Apareceu, aconchegando o braço direito e trazendo um forte cheiro de líquido de polimento para o quarto escuro.
— Os meus músculos estão em cãibra — gemeu, afundando-se na cama. — Catorze vezes, ele me fez dar brilho naquela taça de quadribol antes de ficar satisfeito. E tive mais um acesso de lesmas em cima de um prêmio especial por serviços prestados à escola. Levou séculos para retirar as lesmas… Como foi com o.
Lockhart?
Falei que foi tudo como sempre, recostando-me na cama de colunas e fixando o olhar no dossel. Quando Ronald começou a roncar, Rowena apareceu minutos depois, eu decidi deixar para recapitular minhas memórias amanhã, quando eu estiver descansando.

Obrigado pela atenção 😊
Beijos.

HP:E Se a Morte Fosse Apenas O Começo?Onde histórias criam vida. Descubra agora