O Início de Uma Jornada, Passos Para Um Futuro Distante

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Eu não tive uma vida muito fácil, minha vida infantil e adolescente não foram tão boas. Não vou dizer que foram péssimas, porque não foram.

Mas foram difíceis, a minha infância vivi com minha mãe, meu progenitor, minha irmã mais velha e os meus dois irmãos mais novos. Nessa época minha "preocupação" era chegar em casa e assitir desenho.

Porém nada na nossa vida é perfeita. O progenitor saia para trabalhar, e minha mãe me levava a escola a tarde, sendo assim eu acordava não muito cedo, algo entorno de 10:00, ou as 09:00 da manhã.

Eu assistia meus desenhos, tomava café da manhã, tomava o meu banho e depois almoçava e ia para a escola. Na escola eu tinha um amigo, eu fiz um, seu nome era Renato.

Minha mãe sempre dizia para ele cuidar de mim, ele era mais velho que eu, não sei quantos anos porque não vou lembrar. Eu também tinha os meus amigos que eram vizinhos.

Vivíamos brincando de fazer show de circo no quintal, de Power Rangers entre outras coisas. Mas aos poucos fui me afastando deles, e ficando cada vez mais amigo do Renato. Com isso ele me levou a conhecer seus amigos, Marcos, Karina e Ina...

Eles foram meus amigos a minha infância quase todas, vivíamos brincando de tudo. Não teamos muito filtro também. Porém a minha vida não era fácil na minha própria casa.

O progenitor que saia durante a manhã cedo para trabalhar voltava sempre no fim da tarde, quase as 18:00 horas, e bêbado. Essa era a minha rotina na infância. Até que um dia a minha irmã mais velha conseguiu sair desse sofrimento. A Joana com intermédio da minha outra irmã mais velha, porém mais nova que ela, apresentou o seu futuro namorado e então marido. E com isso ela acabou se casando e indo morar com o seu marido em sua própria casa, longe das amarras do meu progenitor, que não era seu pai.

A minha rotina continuava a mesma, porém nada mudou para mim e a minha mãe. Ele sempre chegava bêbado e agredia ela, eu sempre fazia o que eu podia, eu era uma criança, algo em torno dos oito a nove anos.

Não era fácil aquela vida, teve um momento que ele tentou me atear fogo, ele não chegou a conseguir a fazer isso porque minha mãe me protegeu. Mas também não tinha muito noção de nada naquela época. Inclusive em momentos de talvez auto defesa, ou vingança pelo que ele fazia com a minha mãe, lhe agredindo verbalmente e fisicamente, fazendo a gente dormir nas casas dos vizinhos para não ter uma tragédia maior.

Eu acabei pegando uma faca e tentei o esfaquear pelas costas, minha mãe viu aquilo e me impediu na hora, não julgo ela, mas não me julgo também. Eu já estava exausto daquela vida.

Até que a minha mãe se decidiu e deu um basta, ela juntou nossas coisas e foi embora da casa, levando a mim e os meus dois irmãos mais novos, isso enquanto ele trabalhava, porque ela sabia que ele não iria deixar a gente ir embora de boas.

Porém aquilo não foi de fato um alívio, e a calmaria não estava nem perto de chegar. Fomos morar em uma vila de casas, eu continuei estudando a tarde, porém dessa fez eu saia a noite, algo em torno das 17:00 horas, nem me lembro porque disso.

Em uma dessas vindas para voltar para casa, eu não imaginaria que algo iria acontecer, e que isso iria se tornar recorrente depois na minha infância e depois na adolescência, que era o bullying.

Ao sair da escola, louco para chegar em casa e enfim assitir a novela "Beijo do Vampiro", um amigo de uma irmã mais velha que começou a morar com a gente, Raimunda seu nome, me viu indo para casa e me chutou na bunda.

Eu quando cheguei em casa logo contei a minha mãe, mas eu não imaginaria o que isso iria causar, esse amigo da minha irmã, ia em casa de vez em quando para conversar com ela, e com a minha mãe. Eles se conheciam.

E em uma dessas conversas, minha mãe lhe chamou atenção, em que não era para ele me bater ou algo do tipo, já que eu não tinha feito nada, e ele só quis me bater mesmo. Mas o que eu não imaginaria, era que estava por vim um novo trauma, ele esperou todos nós ir dormir, e ateou fogo na nossa casa.

Aquilo foi assutador, vê as chamas consumindo as paredes, e a corda da rede do meu irmão mais novo. Mas com sorte, acordamos todos, e a minha mãe pegou o meu irmão a tempo, antes que as chamas derrubassem a rede em que ele dormia.

Ali foi algo assustador, ele ateou fogo para nos matar, aquilo me deixou um trauma, trauma esse de nunca mais contar sobre os bullying que eu sofria, as agressões.

Depois daquele dia, ele sumiu, não o vimos mais, ele tinha fugido para outro lugar, nunca sabemos onde. Depois de muito tempo, soubemos que ele foi assassinado, por quem, e porque? Não sabemos, e preferimos continuar sem saber.

Essa foi um pouco da minha história, e meus dois traumas iniciais, para enfim chegar a contar sobre o meu futuro (passado), e o meu presente.

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