My Angel.

Capítulo 10

- Anda logo eu tenho horário! - alertou o ruivo.

- Espera estou quase acabando. - respondeu o loiro.

Drazen já havia percebido que o Francês era uma pessoa extremamente vaidosa. O loiro valorizava o autocuidado mais do que a própria saúde. 

O maior não tinha problemas em ter um monte de cremes e produtos para pele no seu banheiro. Mas porra o Frances precisava ficar uma década e meia no banheiro, toda vez que os dois tinham que sair para o trabalho.

O ruivo se inclinou, olhando dentro do banheiro, o maior estreitou os olhos ao ver o Francês passando batom. Tinham alguns produtos de pele e maquiagem espalhados pela bancada da pia, que provavelmente ficariam lá até a amanhã seguinte.

- Sério? - perguntou ironicamente. - Não dá para passar o batom no carro?

- Relaxa chéri. - ele guardou o batom, levantando as mão. - Viu? acabei, alias era gloss. 

- Não é a mesma coisa? 

Uma risada nasal escapou dos lábios do Francês. 

- Não, nem de longe. - zombou. - Batom da cor, gloss da brilho e um pouco mais transparente, nunca teve uma namorada antes chéri?

- Algumas vezes mas nunca perguntei sobre a maquiagem delas. - respondeu com um pequeno sorriso. 

Frances deu de ombros, e acompanhou o ruivo até a porta. 

Conforme a porta do pequeno prédio de Drazen se  aproximava, um barulho de salto começou a ecoar pelo corredor, vindo das botas de Frances. O loiro usava uma bota preta de cano longo, que vinha quase até os joelhos, com saltos altos e finos. 

O maior se perguntava como que o menor conseguia fazer aqueles passos de dança com aqueles sapatos sem torcer o tornozelo. O ruivo provavelmente ficaria sem pés se usasse até um salto baixo. 

No carro mesmo dizendo que acabou, o Frances continuou a se maquiar no carro. O maior olhou novamente para os pés, imaginando no mínimo um desconforto por usar salto quase toda noite. 

- Seu pé não doí quando você usa esses sapatos o tempo todo?

- Meus pés literalmente choram no final do meu turno, mas eu estou acostumado. - o loiro abriu seu sorriso habitual, apontando o olhar para o ruivo, tocando um de seus braços. - Bom agora eu tenho cavalheiro como você para me dar carona. 

Drazen apenas revirou os olhos, com um meio sorrisinho no rosto. 

- Se você continuar enrolando no banheiro eu vou começar a sair sem você. - ameaçou, falsamente. 

O menor arregalou propositalmente os olhos, e abriu a boca, numa expressão de falsa ofensa. 

- Credo mon chéri, acha que deixar o rosto lindo e perfeito assim é fácil? - posicionou uma das mãos em baixo do queixo, fazendo um biquinho no final de sua frase. 

Drazen apenas ignorou. O bordel estava a alguns metros de distancia, o ruivo agradeceu internamente pela pouca quantidade de carros na calçada. 

Quando estacionaram, Frances logo se virou para abri a porta.

- Ei. - chamou Drazen, quando o Francês se virou, o maior estendeu uma caixinha de analgésico para Frances. - Caso fique com dor de cabeça. - explicou com a voz mansa, evitando contato visual direto com o menor, sabendo que ele faria alguma piada imprópria sobre a ação do outro.

- Obrigado.
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Uma onda de ar quente atingiu os dois assim que passaram pelas portas do clube.