Capítulo 25

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- Arrombado! Francês filho de uma puta! Tomara que pegue HIV e morra. - xingou Luciano.

Não era comum o moreno fazer ronda perto do 'Angel's Dream', mas quando ele avistou Drazen do lado de fora quis ficar para bater um papo.

Luciano conversava igual mãe, dizia que daria apenas um "oi", e passava mais de uma hora fofocando. E quando se trabalha em delegacia você descobre praticamente tudo sobre todo mundo. O ruivo havia perdido as contas de quantos barracos o maior já havia ouvido de pessoas que ele nem conhecia.

- Calma Lu, também não é para tanto. - Depois de ter contando sua briga com Frances, para o Brasileiro, Luciano estava por um tris de tentar prende-lo.

- Como não? - exclamou Luciano. - O cara fica literalmente implorando para te pegar, mora com você, fica choramingando no seu ombro, para no final te chamar de carente, ah vai para puta que pariu!

- Mas se ele realmente só queria sexo eu não posso culpa ele.

- Drazen você muito frouxo, puta merda.

- Frouxo?

- O cara te sacaneou e você está defendendo ele? Amor cego tem limite cara!

Ele odiava como Luciano parecia está sempre fazendo e falando alguma merda, e fazendo brincadeiras a cada cinco segundos, mas quando ele aconselhava alguém era curto e grosso. Ele sabia dar um tapa na cara de alguém quando necessário.

A briga que teve com Frances ainda fazia seu peito doer. Ele deveria está pouco se fudendo, para o que Frances fazia ou deixava de fazer.

Era como se estivesse acorrentado a esse sentimento, a cada passo que dava para longe, uma corrente com uma força triplamente maior, o arrastava pelo pescoço de volta para aquele abismo. Uma conexão que feria ambos os lados.

- Sempre que eu vejo ele eu fico mal. - admitiu Drazen, mansamente.

Luciano levou a mão ao ombro do amigo lhe oferecendo um sorriso gentil. Que o maior devolver.

- Olha, se você quiser eu posso te apresentar alguns oficiais gatos que trabalha lá na delegacia. - o moreno ofereceu, tendo seu sorriso gentil tomando pela malicia. - Tem um Paraguaio que foi transferido a uns dois meses, acho que ele faz o seu tipo. - o brasileiro deu uma leve cotovelada em Drazen, arrancando uma risada ofegante do ruivo.

- Não obrigado.

Fica com outra pessoa naquele momento, só o faria comparar Frances com qualquer outra pessoa que ele ficasse. E isso era bem escrito de se fazer.

- Certeza? Uns casos sem compromisso podem te ajudar a esquecer ele.

- Na verdade, eu estava querendo pedir demissão. - admitiu o ruivo. - Para esquece-lo eu teria que parar de vê-lo, fora que eu odeio trabalhar aqui.

- Mas a sua ficha não está totalmente limpa, se demitir agora pode te complicar. - apontou Luciano.

- Eu sei. - Drazen suspirou. - Por isso eu queria sua ajuda para processar esse lugar.

Drazen poderia contar nos dedos, quantas coisas ilegais além das drogas, havia visto naquela quinto dos infernos. Depois de passar tanto tempo com Frances, o ruivo já havia pensado em denunciar Francesco algumas vezes.

- Oi! Processar? Wow calma lá, eu não sou advogado, no máximo eu poderia fazer é ajudar em um boletim de ocorrência.

- Muita merda acontece aqui, você poderia dar uma investigada. - sugeriu.

- Não é assim que funciona. - explicou Luciano. - Não posso sair por aí investigando e prendendo quem eu quero, eu preciso conseguir autorização judicial.

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