capítulo 2

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Dranzen sentia o líquido ácido de de uísque descendo pela sua garganta, enquanto esvaziava sua garrafinha pela quinta vez naquela noite. Não era a primeira nem a última vez, que roubava bebida do seu trabalho.

O Ruivo sentiu seus membros ficando mais leves, e sua cabeça um pouco tonta, mas nada que o maior não pudesse cuidar.

Honestamente, só estando muito bêbado para aguentar doze horas trabalhando naquele lugar.

Dranzen avistou o que parecia ser alguns dos últimos clientes deixando o estabelecimento.

O maior conferiu seu relógio, vendo que eram 4:55. Eu suspiro escapou se seus lábios, junto de um pequeno sorriso, finalmente.

Saiu de trás do balcão, dando passos em direção a porta. Quando a porta se abriu, Dranzen enrugou o rosto, com o odor daquelas ruas se impregnando em suas narinas novamente, mas pelo menos estaria fora daquele lugar.

Antes que fechasse totalmente a porta, um som estridente de algo caindo, invadiu seus ouvidos. Dranzen arregalou os olhos, e se virou em direção ao som.

Franziu cenho, ao ver frances caído no chão, juntos de uma pilha de bandejas de metal. O francês tentava se levantar com braços trêmulos, mas acabou cedendo e ficando no chão.

Não era novidade o loiro ingerir diferentes tipos de álcool e drogas, durante seu expediente. Já o viu sair um pouco bêbado, chapado, e as vezes acompanhado de algum estranho, mas nunca o viu desmaiar.

O ruivo apenas suspiro, e se voltou para sair. O loiro não era problema dele, e ele não estava afim de cuidar de um drogado que não dava a mínima para a própria vida.

Alguém provavelmente o encontraria, naquele estado o francês só conseguiria sair com ajuda. Deveria estar pior que a sensação de uma embriaguez, provavelmente ele deveria estar sentindo a cabeça explodir, junto com o corpo, talvez não esteja ouvindo ou enxergando direito, não deve nem mas ter a cabeça funcionando, si é que ainda estava consciente.

Um caroço se alojou na garganta do ruivo, ao lembrar da sensação da embriaguez, e de pensar em algo pior que isso.

O maior franziu o rosto, bufando, enquanto dava passos pesados até o bordel, e indo até o francês.

Frances estava com o cabelo bagunçado, com um leve tremor sobre o corpo, seu body parecia sujo de vômito, e emanava um cheiro impregnante de cocaína, vômito, e um outro que Dranzen não soube distinguir o que era.

Pegou um dos braços do menor, botando sobre seu ombro, e segurou lentamente sua cintura, o erguendo com pouco esforço.

O loiro estava com a boca estremamente ressecados, e seus olhos estavam semi-fechado, com as pálpebras tremendo, como se lutassem para ficar abertas.

Ele parecia consciente, mas provavelmente não sabia nem o próprio nome.

Começou a dar passos grande até, a porta quando notou uma gotinha branca escorrendo, na perna do menor. Os lábios e rosto de Dranzen se contraíram quando o maior percebeu que era sêmen.

O maior olhou para o francês, com o corpo mole, parecendo que a qualquer momento cairia morto.

Por um minuto agradeceu ao fato do loiro estar quase inconsciente, ao menos assim não sentiria dor.

Quando saiu do bordel, logo avistou seu carro, ficando cada vez maior a cada passo. Quando finalmente chegou até o veículo, ergueu as pernas do menor o colocando deitado no banco de trás do carro.

O maior entrou no carro, encostando a cabeça do banco. Que merda que eu tô fazendo. Ele não tinha ideia onde frances morava, então os dois iriam para a casa do maior.
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Dranzen piscou, com os raios de sol em seu olhos, com a consciência voltando ao poucos. Sua cabeça latejava, e sua visão ainda estava um pouco turva.

O ruivo moveu lentamente os braços e costas tentando se levantar, com uma dor leve nas costas. Enquanto sua visão ia se estabilizando aos poucos, o maior franziu o cenho ao percebe que estava no sofá.

Dranzen esfregou os olhos, buscando em sua mente, um motivo pelo qual dormiu no sofá duro, de sua casa.

A imagem de frances logo veio a sua mente.

As lembranças na madrugada invadiram sua cabeça. Ele tinha trazido o loiro para sua casa, e o colocando para dormir em sua cama, já que o menor estava pior que ele.

E cada uma que eu me meto.

Com um suspiro pesado, o ruivo seu um impulso rápido com as pernas um pouco fracas, e foi até a dispensa, pegando um pequeno potinho com analgésicos.

Colocou duas pílulas na mão, e levou a boca engolindo de uma vez. Pegou uma garrafa d'água, e foi em direção ao seu quarto, onde estava o loiro.

Quando abriu a porta, viu o francês, sentado na cama, vestido a blusa cinza larga que havia o maior havia posto nele.

O menor estava sentado na cama, com as cobertas espalhadas, e cabelo amassado, e com uma perna para fora da cama. Por mais que tivesse panturrilhas finas, o loiro possua coxas bem grossas, como se as exercita-se frequentemente.

O rosto de frances estava enrugado, com os olhos cerrado, e ele segurava a cabeça com uma das mãos.

- A enxaqueca está forte? - perguntou o ruivo.

O loiro arregalou os olhos por um segundo, mas logo abriu seu sorriso maroto habitual.

- Wow, eu já estava me perguntando quem tinha me levado para casa dessa vez. - Dranzen franziu o cenho, com a tamanha naturalidade nas palavras do menor.

O ruivo apenas ignorou. 

- Como está se sentindo? - perguntou, deixando a água e o analgésico sobre a mesinha ao lado da cama. 

- Bom, eu estou na casa de um cara gostoso e ainda estou vestido, então pode-se dizer que um pouco, decepcionado. - respondeu o francês.

Drazen franziu o cenho.

- Você está brincando!? - 

O loiro apenas deu de ombros. 

- Que se dane. - o ruivo murmurou, se virando para sair do quarto. - Eu vou ter que sair em duas horas, toma o remédio e esta pronto para meter o pé até lá. 

Mesmo estando fraco daquele jeito no clube, as atitudes do loiro ainda eram absurdas, que tipo de idiota diz algo assim, estando chapado e na casa de um estranho.
 
Ele nunca acreditou nesses lances bíblicos por mais que fosse a cultura do brasil, desde que saiu da croácia nunca conseguiu adquirir essa crença. Mas se esse sete pecados capitais existem, frances era a reencarnação da luxuria.

Não seria surpresa se o alecrinzinho tivesse acabado de foder alguém, antes de Drazen o encontrar no chão.

A lembrança do francês voltou a sua cabeça. Além do sêmen, a pernas do loiro estavam completamente fracas e bambas, como se tivesse passado por algo brutal. O ruivo suspirou.

Cada um colhe o que planta.

- Pode me dar uma ajudinha mon cherry. - perguntou o francês, se aproximando de Dranzen, vestindo o body sujo, e as botas de salto que usava. - Pode fechar para mim? - pediu se virando, com o body com o zíper aberto.

As costas do loiro estavam repletas de chupões, e marcas de mordida, o que não era surpreendente. Ele fechou o zíper da roupa do menor, recebendo um sorriso safado e uma piscadela.

o maior revirou os olhos.

- Bom, eu já vou indo, preciso pegar as minhas coisas que ficaram no clube. - Dranzen o acompanhou até a porta, e a abrindo para o loiro. - Espero que estejamos em condições melhores na próxima vez cherry.

- Espero que não. - respondeu num tom amargo, recebendo outro sorrisinho do outro.

- Au revoir mon cherry

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