Capítulo 27

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O coração de Drazen batia como um louco, assim que vou seu chefe segurando uma arma e apontando para Frances.

Um dor se apossou de seu estômago, com o medo de enraizando em seu coração. Um nó apertado se formou em sua garganta.

Seu punho tremia, tentando conter a adrenalina que crescia por seu corpo. O ruivo queria arrancar a arma daquele filho da puta, e soca-lo até ele morrer.

Luciano e Daniel apontavam a arma para Francesco, eles obviamente estavam na vantagem. Por mas que fosse fácil convencer sua cabeça de que ficaria tudo bem, seu coração permanecia enlouquecido.

- Abaixa arma! - Luciano gritou, seu tom era grosse e áspero, uma aura neutra pairou sobre o Brasileiro.

Drazen nunca tinha o visto daquele jeito.

- Menina. - chamou o moreno, se referindo a garota que parecia ter uns quinze ou dezesseis anos. - Vai para perto dele. - ele apontou para Frances com a cabeça.

O loiro saiu lentamente de trás do sofá, parecendo um animalzinho o assustado.

O rosto da menina estava completamente vermelho e manchado de lágrimas, emanando todo o medo e desespero que saia dela. Ela permaneceu imóvel após as palavras de Luciano.

- Confia em mim. - Pediu o moreno com a voz levemente amansada. Ela acenou com a cabeça e correu para os braços do Francês, que a agarrou, como se fosse sua filha.

O ar de repente ficou mais pesado, o frio e a dor em seu estômago cresciam a cada segundo que passava. A cada segundo que Frances passava fora de seus braços, uma nova possibilidade do loiro se machucar surgia na mente do ruivo.

Ele sentiu aquela corrente que os interligava, puxa-lo pelo pescoço novamente. Aquele sentimento que o arrastava para onde quer que fosse, apenas por aquele maldito Francês.

Drazen deu um passo pra o lado, atraindo a atenção de seu chefe, que mirou a arme para ele. Seu coração saltou, antes de Luciano destrava o gatilho de sua pistola, ainda apontada para o Italiano.

- Daniel, tira os três daqui e chama reforço. - ordenou Luciano, com a voz ácida e neutra.

Os olhos de Drazen se arregalaram junto com os do Brasileiro.

Daniel se virou, apontando a arma para cabeça de Luciano. O pulso do Paraguaio tremia, assim como seus lábios, suas sombrancelha estavam caídas, ele parecia uma criança segurando uma arma.

- Daniel que porra...

- Eu te falei para deixar para lá Lu. - as palavras frágeis deixaram os lábios do Paraguaio. - Eu te disse para não investigar a porra desse lugar.

- Dani, se acalma...

- Não pede para eu me acalmar porra! - Daniel gritou, com a voz falha, um tom avermelhado tomou conta de seus olhos. - Isso pode se resolver, se você prometer ficar em silêncio.

- Por que? - Luciano perguntou.

- Ele é dependente químico. - a voz do loiro chamou a atenção dos três, que voltaram seu olhar para ele. - Eu lembrei agora, eu já vi ele aqui antes, ele compra droga dos traficantes que vem aqui. - explicou Frances.

- Daniel escuta, a gente pode te ajudar se você abaixar a...

- Cala boca. - um grito estridente saiu dos lábios de Daniel, seus olhos começaram a lacrimejar. - Eu não quero atirar em você, então abaixa a arma.

- Daniel...

- Abaixo caralho! - gritou o paraguaio, parecendo totalmente fora de si.

- Eu não posso...

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