III. 2| Antídoto

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"sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas."
- 1 João 3:20

Sempre soube que sentimentos negativos envenenam a alma, como o rancor, o ódio, o ciúme, a inveja, entre tantos outros que a nossa natureza humana insiste em produzir como sinal da sua rebeldia contra Deus

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Sempre soube que sentimentos negativos envenenam a alma, como o rancor, o ódio, o ciúme, a inveja, entre tantos outros que a nossa natureza humana insiste em produzir como sinal da sua rebeldia contra Deus. Entretanto, ao meu ver, um dos sentimentos mais dolorosos e mortíferos é a culpa.

A culpa entrou em meu coração como adaga envenenada no dia em que me entreguei ao seu pai, Filipe, de modo que passei um tempo afastada do corpo de Cristo. Me sentia culpada por ter passado a noite com um homem que não era meu marido, bem como por ter prejudicado meus pais em relação ao pastorado da igreja. Mas com o passar do tempo, entendi que não fui eu que os prejudiquei, na verdade, os dois também pecaram um contra o outro, contra mim e principalmente, contra Deus, ao assumirem papéis que não eram seus e negligenciarem suas responsabilidades.

Essa culpa, eu já não carregava mais.

Porém, dormir com Filipe foi uma decisão apenas minha e um erro do qual partilho a culpa com ele em níveis muito parecidos. Eu não vigiei, e abri mão dos princípios do Pai para não perder aquele que era meu noivo. Essa culpa ainda carrego e não sei ao certo quando serei livre dela.

"Nenhum homem que se diz cristão vai querer uma moça que não é mais pura! O máximo que vai conseguir é um velho divorciado do seu quarto casamento que pega pensão para os quatro filhos que teve com as ex-esposas!"

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"Nenhum homem que se diz cristão vai querer uma moça que não é mais pura! O máximo que vai conseguir é um velho divorciado do seu quarto casamento que pega pensão para os quatro filhos que teve com as ex-esposas!"

As palavras ditas por Filipe há um ano ecoavam nas profundezas da mente de Carolina, enquanto penteava os cabelos molhados em frente ao espelho do banheiro. Os olhos vermelhos e inchados denunciavam o quanto chorou desde sábado até aquela quarta-feira chuvosa e cinzenta, o nariz também adquiriu um tom rubro e as olheiras eram notórias.

O sorriso vívido que já esteve presente em seu rosto outrora corado, agora foi substituído por uma expressão melancólica e carregada de dor a qual encaixava-se muito bem na pele pálida. Seus movimentos era automáticos e monótonos, a mente no entanto, um turbilhão.

Graça com Propósito| Série Propósitos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora