Carolina Velásquez cresceu cercada de privilégios bem como obrigações. Ser a filha única do pastor de uma cidade pequena e conservadora, exigiu dela qualidades as quais nunca conseguira corresponder - mesmo quando tentou o fazer. Atitudes precipitad...
Obs. Esse capítulo retrata violência de forma superficial, mas ainda assim, quero avisar para o caso de alguém ter sensibilidade a esse assunto e ser surpreendido negativamente. É isso. Boa leitura, Deus vos abençoe! 🤍💕
"Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos." - Jó 42:5
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De repente, a tempestade já não é apenas uma ameaça Mas uma realidade E o meu coração despedaça Sim, eu tenho medo Mas acima de tudo, sei em Quem creio
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O sol nem tão quente, típico do fim de junho, iluminava Rosa Blanca com seus raios, os quais pareciam disputar espaço com o vento ameno trazendo um frescor à cidade. E Laís era apaixonada por dias assim, em que o calor não a fazia suar desesperadamente, porém o frio não era capaz de fazer-lhe vestir mais que uma blusa fina.
Disposta a aproveitar aquela manhã, acomodou-se em uma das cadeiras de plástico espalhadas ao redor das mesas sobre a calçada da lanchonete de sua mãe em parceria com a tia, tendo Graça em seus braços. Aos poucos, vinha aprendendo a lidar melhor com a menina e isso aquecia seu coração.
Afinal, desejava se tornar mãe um dia.
Lucas e Elisa atendiam os últimos clientes antes do horário de almoço, e os mesmos se despediam tanto dela quanto da pequena ao deixar o local. Esse tipo de atitude ainda era estranho para a moça criada em uma metrópole, onde as pessoas ignoravam umas as outras o tempo todo, não por falta de educação, porém, pelo fato de estarem sempre apressados com algum compromisso distante.
A vida no interior poderia ser pacata, mas ela também estava aprendendo a apreciar a calmaria.
- O que tua mãe anda te dando, menina? Tá pesada - reclamou, pondo Graciella de pé sobre suas pernas. A menina sorriu tentando puxar algumas mecha dos seus cabelos compridos. - Tá pesada sim, não adianta me bater! - continuou seu monólogo com humor, e a outra emitiu sons ininteligíveis.
Mas Laís tinha certeza de que se Carolina estivesse presente, teria entendido exatamente o que cada resmungo significava.
- Tua mamãe tá resolvendo o futuro de vocês. Ela vai te dar um paizão, hein! - Piscou na direção da menina, a qual abriu um sorriso banguela. - Eu também tô feliz. Depois de tudo o que aconteceu, Deus tá abençoando muito vocês.