Carolina Velásquez cresceu cercada de privilégios bem como obrigações. Ser a filha única do pastor de uma cidade pequena e conservadora, exigiu dela qualidades as quais nunca conseguira corresponder - mesmo quando tentou o fazer. Atitudes precipitad...
Obs. Esse capítulo retrata agressão contra a mulher de forma superficial, mas ainda assim, quero avisar para o caso de alguém ter sensibilidade a esse assunto e ser surpreendido negativamente. É isso. Boa leitura, Deus vos abençoe! 🤍💕
"Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos." - 1Tessalonicenses 4:6
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Seguir a verdade tem um preço, e mesmo que Jesus já o tenha pago por nós, não podemos fugir das consequências das nossas atitudes. Escolher ser livre foi desconfortável em alguns momentos, doeu e pensei que não iria resistir.
No entanto, reconheço que nada daquilo que me aconteceu foi culpa de Deus, dos meus pais ou exclusivamente de Filipe, pois eu cavei o tenebroso poço onde me encontrei. Eu e o meu carente coração fomos os principais violões da minha história, e sinto muito por isso.
Não pensava que chegaria aquele ponto da decadência.
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Dois dias se passaram desde a breve discussão que Nina tivera com Débora, e a relação entre elas parecia ter esfriado de certo modo a ponto da filha voltar a trancar-se dentro de si mesma e passar a ser monossilábica em seus diálogos com os pais. No entanto, a mãe em momento algum deixou de demonstrar o seu amor e carinho pela moça.
E o silêncio de Nina não significava que estava com raiva da progenitora - como esta poderia pensar -, e sim o seu estado de reflexão interior. Pois desde aquela tarde de sábado, ela vinha analisando minuciosamente cada detalhe do seu relacionamento com Filipe e constatou inúmeras debilidades no mesmo.
E junto de tudo isso ainda tinham as náuseas. Já havia um tempo que a filha do pastor não conseguia segurar variedades de alimentos em seu estômago por muito tempo, e tal fato a assustava sobremaneira. De repente, as suspeitas de Débora começavam a preocupar Carolina tendo em vista que o seu ciclo menstrual também estava atrasado.
A filha do pastor deu um gole no chá amargo preparado por Dandara, sua chefe. A moça havia passado mal e colocado o seu almoço para fora minutos atrás, e como afirmou veementemente estar bem negando-se assim a ir ao médico, a mulher tomou a liberdade de cuidar da funcionária como se fosse uma de suas filhas.
