Ruka nega incessantemente com a cabeça. Não podia ser verdade. Pharita não podia estar morta. Ela tinha de estar viva.
- Passou no noticiário a morte de seu pai, sinto muito por isso.
- Oh... está falando do Joffrey? - Kawai respira fundo, relaxando o corpo e sorrindo. - Não ligo para ele, ele escolheu seu caminho e eu sinto muito por ter sido esse, mas ele nunca foi um bom pai, então... sua morte não é nada para mim.
A enfermeira concorda com a cabeça e deixa a sala de espera, mas logo um enfermeiro aparece, chamando pelos acompanhantes de Pharita Kim.
- Ela está sedada, mas está estável e já está no quarto. Ela perdeu muito sangue, mas a transfusão garantiu que ela fique bem e sem sequelas, apenas cicatrizes pelo corpo devido à maldição Sectumsempra.
- Quando posso ver ela? - Ruka pergunta e o homem nega com a cabeça.
- Vamos deixar ela descansar, Kawai. Amanhã pela manhã poderá vê-la. Podem ir para casa.
O enfermeiro sai e Ruka volta a se sentar na poltrona, de braços cruzados.
- Podem ir, não sairei daqui. - Ela diz e Molly Weasley ri, negando com a cabeça.
Os Weasley se despedem e deixam apenas os Weasley-Lupin e Ruka no hospital.
- Vic, podem ir, vocês têm que cuidar do Orion ainda.
Victoire entorta a boca, o filho estava com os avós, mas mesmo assim...
- Tem certeza que não quer ir para casa?
- Absoluta, só saio daqui com a minha namorada.
- Eu fico com ela, pode ir. - Ted diz e Vic concorda com a cabeça, deixando um selinho no namorado e um beijo no topo da cabeça da ruiva, deixando o hospital e aparatando para a casa dos pais.
Duas horas depois, Ted havia adormecido na cadeira, mas Ruka ainda estava acordada, olhando tediosamente para a decoração do local. Ela se levanta, perguntando na recepção onde ficava o banheiro e se dirige até lá. Ao sair, olha para o quadro de andares do hospital, lendo todas as unidades que eles atendiam. Passa o dedo no nome na ala "quartos privados", onde Pharita estava, e olha para o elevador, aproveitando que um outro enfermeiro o usava para subir com ele, que não contesta e apenas sorri para a ruiva.
Kawai desce no andar dos quartos e vai procurando o nome de sua namorada na ficha pendurada no painel do lado de fora das portas de cada quarto até encontrá-lo e abrir a porta devagar, vendo que a garota ainda dormia. Ruka fecha a porta e adentra o quarto, puxando a cadeira para ficar ao lado da namorada e segura em sua mão, analisando cada detalhe do rosto sereno de Pharita.
- Obrigada por não ter me deixado, não sei o que eu faria sem você. - Ela se inclina e deixa um beijo na testa da morena, acariciando o dorso da mão e repousando sua cabeça próximo ao corpo menor, logo pegando no sono.
Ruka acorda com um carinho leve em seu cabelo, geralmente ela nem acordaria com esse toque, mas seu corpo ainda estava em estado de alerta, o que fez com que ela despertasse. A ruiva olha para a namorada, que tinha um sorriso no rosto.
- Desculpa, eu não queria te acordar. - Ela sussurra e Ruka nega com a cabeça, sorrindo para a garota. - Mais uma vez você salva a minha vida.
- Acha mesmo que eu vou deixar você em paz em algum momento? - Kawai brinca e a de mechas lilás ri fraco, negando com a cabeça. - Acabou, amor, podemos viver nossa vida em paz agora.
- Isso é música para os meus ouvidos. - Ela brinca, segurando a mão da amada. - Vem cá.
Pharita vai um pouco para o lado e Ruka se deita parcialmente na cama, acariciando bochechas, ombros, braços e tudo o que sua mão alcançava da morena. Kim segura a camiseta que a ruiva usava e puxa a gola, trazendo o rosto para perto do seu e lhe deixando um selinho.

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Go To Hogwarts - Rupha (Babymonster)
Fiksi PenggemarEm seu décimo primeiro aniversário, Kim Pharita recebeu uma carta de uma escola que ela nunca havia ouvido falar sobre: Hogwarts. Pharita era uma bruxa de pais trouxas - como eram chamados os não-bruxos- e começaria o seu ano letivo no dia 1° de set...