Da Caverna vi caveiras, machos sem torso e retângulos nos pescoços.
Em uma panela gigante, vejo meu corpo no meio de pratos.
Lentes embaçadas, pedras sobrepostas em um caixão pequeno.
Miragem de codornas com nádegas entre os lábios.
Mulher com cabeça de cervo me oferecendo espátulas de alcaçuz.
Um banho seco, os azulejos revelam a imagem da Virgem Maria.
Gritos de baunilha, bolos ardentes e sorrisos de limão.
Um Fauno atrás de mim tocando corneta com os sovacos.
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Estorninho Azul: Amor, Morte e Mirtilos Cristalizado em Surrealismo Parte I
PoetryUma Coleção de poemas sem domo, vagueando na perdição da minha indecisão, com isso dou um lar para os versos que minha mente não conseguia encaixar.