Capítulo 4: Sonho do Soldado

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~Dê play na música e inicie a leitura <3~

Jadson Silva

Aqueles filhos da puta estragaram uma das minhas caixas, eu até pensei em cobrar eles mas a minha cabeça começou a latejar e eu fiquei sem paciência e ainda por cima aquele anãozinho ficou me olhando igual um psicopata mirim. Quantos anos aquele pirralho deve ter? 17 ou 18? Sei lá!

Eu ia encontrar o detetive particular que o Tenente Arthur me indicou mais tarde, eu também pretendo ir no órgão onde o Júlio trabalha e tentar encontrar ele por lá, vou usar todas as opções disponíveis, ele ainda está trabalhando com toda a certeza, ele ama o trabalho dele de todo o coração e não vai ter sumido de lá. Eu liguei para o detetive e me arrumei para ir o encontrar, eu juntei o máximo de informação possível para ele achar o Júlio ou a Aninha e o Mário.

O escritório do detetive ficava em um lugar no centro do Rio de Janeiro,o detetive se chamava James, provavelmente um pseudônimo, mas o Tenente disse que esse detetive é um policial civil e faz esse bico de investigador particular nas horas vagas. Arthur também me disse que ele é extremamente discreto e discrição é tudo o que eu mais desejo no momento, eu entrei no pequeno escritório e James me pediu para sentar.

-Sargento Jadson, não é isto? - James perguntou.

-Sim, sou eu. O Tenente Arthur me indicou os seus serviços.

-Eu sei. Ele me falou sobre você. - James disse sentando na cadeira.

Ele estava usando um boné e uma camisa preta e se sentou numa mesinha a minha frente.

-O Tenente me disse que era um assunto de família seu...

-Eu preciso achar a minha tia. Ela morava no Méier por muitos anos mas depois se mudou para Recife e lá se casou com meu tio porém eles se separaram há muitos anos atrás. Ela voltou para o Rio com seu filho e eu achei que eles ainda moravam no Méier mas quando eu fui lá vizinhos disseram que ela não vive lá há mais de 15 anos e ninguém sabe pra onde ela foi. - eu disse.

-Humm...isso é um bom começo, sargento.

-Você consegue encontrar ela? - eu perguntei.

-Consigo mas pode demorar um pouco. Eu não tenho permissão pra usar os métodos policiais mesmo eu sendo um policial civil. Eu faço tudo dentro da lei. - James disse.

-Entendo...

-Me diga o nome completo dela e me indique a região do Méier onde você procurou.

-O nome completou dela é Ana Maria de Souza Torres.

-Nome de casada ou de solteira? - James perguntou enquanto digitava algo no computador.

-Ela nunca foi oficialmente casada com meu tio.

-Firmeza! - James digitava mais coisas no computador.

-E...hã...quanto vai custar?

-Nada. Cortesia do Tenente Arthur! - James disse.

"O que? Não estou gostando dessa história!" eu pensei.

-Eu faço questão de pagar...-eu disse puxando a carteira.

-Não precisa, sargento. O Tenente Arthur já pagou os custos, ele disse que é um presente de boas vindas e um pedido de desculpas pela grosseria dele no seu primeiro dia aqui no Rio.

James anotou tudo e eu saí do escritório dele, ele disse que em no máximo 7 dias me daria um retorno se tinha conseguido alguma informação, eu saí do escritório dele indo direto pro órgão onde o Júlio trabalha, eu estaria de serviço amanhã então preciso aproveitar todo o tempo livre que eu tenho antes disso.

O Dono do Morro : Laços [SEASON 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora