O Dono do Morro : Laços [SEASON 2]

Capítulo 61: O Mundo pt.5

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Diego Sena

Eu estava indo até o ponto de encontro com o Renato, era uma área de um centro comercial no Rio de Janeiro, eu estava a caminho e sabia que o Coronel iria morder a nossa isca, ele não perderia a oportunidade de matar o Renato de surpresa antes do seu "confronto" marcado. O blefe de ameaçar os comparsas dele foi perfeito, se alguém mexe com sua família é algo que não pode ser ignorado e o coronel não era otário, era óbvio que ele estaria cheio de comparsas nesse local. Eu estava chegando de carro e tudo já estava preparado, eu acendi um cigarro dentro do carro e suspirei soltando a fumaça ao estacionar no local.

"O Sottomayor pagou o preço pela loucura desse coronel...o Sottomayor, o Playboy e tantos outros pagaram o preço por causa de um coronel que era irmãozinho de um traficante arrombado" pensei.

Os caras estavam a postos, todos da milícia e todos prontos para caso algo desse errado, o coronel estava esperando o homem que ele queria matar mas ia encontrar eu....o homem que prometeu entregá-lo.

Eu cheguei ao local e estacionei meu carro, desci e fui seguindo até um dos banheiros onde eu aguardaria o sinal, haviam olheiros por toda parte e as câmeras de segurança estavam sendo monitoradas pelo Luan, o melhor quebra galho e faz tudo do Fábio e do escritório dele. Eu dei uma mijada e fiquei olhando pro teto e comecei a pensar no plano do Jean.

"Aquele muleque é muito esperto! Ele tem talento pra ser advogado ou policial, ele não devia estar desperdiçando o talento dele trabalhando com computadores e coisas do tipo." eu pensei.

O Jean conseguiu pensar à frente do nosso inimigo, matar o coronel seria um problema gigantesco para todos nós, precisamos nos livrar dele sem o matar e o Jean conseguiu pensar na solução perfeita para isso e vamos botar em prática para o destruir em breve. Meu celular tocou e me despertou dos meus pensamentos.

-Alô? - eu disse.

-Ele tá por aqui já, Diego! - a voz do Bruno falou do outro lado da linha.

Eu ajeitei minha calça e saí do banheiro indo em direção a onde ele estava esperando o Renato. A hora do confronto chegou.

O Coronel estava sentado um pouco distante e parecia beber alguma coisa para disfarçar, os homens já tinham me avisado por mensagem que tinham no mínimo mais 10 caras com ele, um grupo pequeno para fazer o serviço e fugirem ser chamar muita atenção e provavelmente mais homens para cobrir a retaguarda durante a fuga. Eu fui chegando no local, era uma parte cheia de comércio e barracas e eu me aproximei, eu estava armado e sabia os riscos mas eu já estava disposto e sabia que o coronel não me atacaria à primeira vista.

-Bota um pra mim! - eu disse me aproximando e encostando ao lado do coronel.

Ele me olhou surpreso e sorriu ao me ver.

-Capitão? - ele perguntou.

-Eae, Coronel?! - eu disse.

-O que faz aqui? - ele perguntou.

-Eu tô dando uma volta. - eu disse.

O Coronel olhou para o seu relógio e me olhou.

-Tá quase na hora, coronel. - eu disse.

-É mesmo...a hora que o Renato vai vir encontrar um cara que tá fechado com ele. - o Coronel disse olhando pra mim.

Eu tomei um gole da bebida que o rapaz da barraca me deu.