58 | Querida, Kathrin.

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"Não se esqueça de mim
Não se esqueça de mim
Mesmo quando eu duvido de você
Eu não sou bom sem você, não, não, não, não"

(Doubt  - Twenty One Pilots)

— Eu não quero puta nenhuma me seguindo! — Esbravejei caminhando pelo saguão

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— Eu não quero puta nenhuma me seguindo! — Esbravejei caminhando pelo saguão.

— Tom, me escuta, você precisa de uma acompanhante! — Bill aponta para a mulher de cabelos escuros e olhos azuis.

— Porra, primeiro você falou que todos iriam comigo e agora me avisou que vou sozinho... —  tento me acalmar dando uma leve bufada — E agora quer que eu leve essa vadia comigo? Não quero problema!

Olho para a mulher vestida com um vestido vermelho curto apertado. Ela é gostosa, tenho que admitir, mas seu cabelo preto e por algum motivo o seu rosto, me lembra o dela. Não quero ela em minha mente. Não aguento mais pensar nela.

— Não acha que o melhor do país deveria ir acompanhado? Estarão todos com traje de gala e acompanhados. —  meu gêmeo balança as mãos no ar — O que aconteceu com você? — me olha como se eu fosse louco por estar rejeitando uma puta.

— Quer ir no meu lugar? Estou quase desistindo! — Exclamei perdendo novamente a paciência — Me erra, caralho! Cala a boca, porra! — Volto a caminhar até o meu carro sentindo o smoking me apertar.

Eu odeio essas merdas de trajes de gala.

Bill colocou meu nome na lista de encontro de mafiosos que será hoje em nossa cidade, e claro, o dono dessa porra toda é obrigado a ir.  É mais uma reunião como todas as outras, com um monte de babaca se gabando e fazendo acordos junto a um sorriso falso no rosto. Como todos estão em minha área, provavelmente terá bastante filho da puta na minha cola com bajulações.

Assim que chego no local ajeito meu colarinho e me olho rapidamente no retrovisor antes de me dirigir até a entrada do salão.

— Senhor Kaulitz, seja bem-vindo! — O segurança da portaria informa sem ao menos olhar em meus olhos.

Entro no salão encontrando os mesmos rostos de sempre, porém, com prostitutas e acompanhantes de luxo diferentes. Hoje não é igual aos encontros de gangues normais, é tudo disfarçado como se fossemos amigos de trabalho comemorando alguma promoção. Com isso, consigo ver essas vadias andando tranquilamente pelo saguão como se fossem livres.

— Kaulitz, meu amigo, como vai? — Leonardo Beckham entra em meu campo de visão.

— Olá, Leonardo. — Respondo sem animação encarando o sorriso perverso do velho em minha frente.

Esse coroa me procurou há meses atrás me oferecendo suas filhas caçulas para trabalhar em minhas boates. Me contou como o corpo delas são desenhados demais para a idade delas e que isso renderia muita grana para mim. E o que ele ganharia com isso? Acesso grátis as minhas putas.

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