o capitão de polícia Lan Wangji se depara com um crime arquivado a 13 anos. o que seu marido Wei ying tem a ver com isso?
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Fanfic de minha autoria
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O grito saia fundo da sua garganta, botando para fora toda a dor, medo e desespero. Viu seu marido, pai do seu filho o amor de toda a sua vida se jogar para a morte para poder salvá-lo. Não queria viver sem ele, não queria ver seu filho chorando por sua falta. Ele se arrastava com o restante de força que tinha tentando chegar no limite do Penedo. Porém foi segurado, não tinha forças para tentar se soltar, só o restou deixar sua dor sair junto com suas lágrimas, que terminaram de sugar sua energia o deixando desacordado.
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Sua cabeça doía seu corpo parecia ter sido esmagado, tentou abrir os olhos apenas para fechá-los de novo, seu olhos ardiam como fogo. Tentou novamente conseguindo fitar o teto branco, demorou alguns segundos para se lembrar, ele próprio sendo ferido e vendo seu marido dizer o último eu te amo antes de se jogar do penhasco, bruscamente tentou se levantar mas foi impedido.
-Se acalme irmão, sua cabeça ainda não está bem.- Ele estava feliz em ver seu irmão, de verdade estava. Mas não podia se importar menos nesse momento. Queria notícias do seu marido, mesmo que fosse a confirmação que ele mais temia.
-Wei... Ying.- Tentou com a voz fraca.- Huan suspirou sabendo que seria assim.
-Eu vou chamar o médico e o Huaisang tudo bem? Se acalme e terá notícias.- o ômega Lan foi até a porta e chamou o marido que apareceu com o médico uma criança no colo e seu irmão ao lado.
O bebê imediatamente quis seu pai que por mais machucado que estivesse abriu os braços para ele e o alinhou em seu peito. Seus olhos estavam cheios de lágrimas mas não as soltaria na frente do seu bebê. Não agora.
Vendo isso o médico se adiantou.
- O senhor e o seu marido estão bem apesar dos ferimentos.-Os olhos de Wangji cresceram de tamanho, mas o médico não percebeu e continuou.- Seus colegas que o diferenciaram do irmão que não sobreviveu. O senhor só precisa de repouso e alguns analgésicos.
Seus olhos brilharam buscando a confirmação do irmão que acenou confirmando. Apertou seu filho em seus braços e deixou que suas lágrimas rolassem.
Yuan desceu da cama sem dificuldades, foi até o tio que segurava uma bolsa a pegou e trouxe de volta para a cama. Mingjue o ajudou a subir novamente, e logo começou a vasculhar sua bolsa a procura de algo.
Quando Wangji percebeu suas lágrimas engrossaram.
-Papai dodói, Yuan cuida.- Ele pegou a injeção que sempre brincavam e a aplicou no braço do alfa. -Ponto, agora papai vai ajudar a cuidar do mamã.- Percebendo que essas palavras pioraram a situação Mingjue pegou a criança em seus braços.
- Porque você não vai com o tio Huan achar algo bem gostoso pro seu papai comer?-Yuan sorriu com a ideia e foi para o colo do ômega que por mais que estivesse relutante em sair sabia que era o melhor agora. Deu um beijo no marido e saiu do quarto com o sobrinho.
-Está tudo bem Wangji, ele está vivo. Acabou.- Mingjue tentava o consolar, Huaisang também se aproximou da cama. O acamado tentava retomar o controle da sua respiração. Os irmãos aguardavam enquanto o afagavam.
-Tudo foi esclarecido capitão .- Huaisang disse e Mingjue revirou os olhos.
-Para de falar em códigos a-Sang! Aquela é minha delegacia, eu sei de tudo que se passa ali.- Essa conexão Nie sempre o distraia. E agora mais bem-vinda que nunca.
-Você está aposentado a anos irmão! – O ômega respondeu revoltado.
-E mesmo assim eu sei de tudo! Até o que você anda aprontando.- O alfa o olhou com deboche e o irmão empalideceu. Wangji já estava mais calmo então pediu.
-Diga confortavelmente.- o ômega o encarou e sorriu tristemente.
- Como você está aí a dois dias Song Lan e o irmão resolveram as coisas. Fizemos as acusações formais e com isso provamos que seu marido só teve a infelicidade se ser parente dos assassinos.- Pela intensidade nas palavras do amigo notou que isso foi resolvido.- E também explica porque ele trocou de sobrenome depois da suposta morte da família. O juíz questionou seu casamento, já que seu pai foi uma vítima. Mas provamos que ele não sabia quem era a vítima da mãe e do irmão.- Ele estremeceu quando sentiu ser cutucado de novo. Havia até esquecido que o médico estava ali.- O superintendente Wen vai receber a chave da cidade em nome da delegacia.-Antes mesmo que pudesse reagir ouviu Mingjue bufar e sorriu um pouco, a mesma reação que teria. Hipocrisia.
Virou sua atenção agora para o médico.
-Doutor, o estado do meu marido é muito grave? Quem está com ele?- O médico conferia seu acesso IV quando respondeu.
-Infelizmente ele chegou num estado muito grave. Quase não conseguimos, muitas fraturas nos braços e pernas, ferimentos a faca e o mais grave foi o traumatismo.- O médico se compadeceu da suas lágrimas mas precisava ser sincero.- Houve inchaço no cérebro, e estamos o mantendo em coma. Eu sinto muito mas há grandes chances de sequelas.
-E-eu posso vê-lo? Por favor! Eu preciso ver.- Suas lágrimas deviam tão forte quanto a culpa que sentia. Devia ter sido mais esperto. Não devia ter deixado ser capturado.
-Eu vou chamar uma enfermeira.- Na verdade ele não poderia vê-lo ainda, mas não poderia negar vendo o estado que o alfa estava.
O médico saiu e deixou os três no quarto. Os irmãos Nie o ajudaram a procurar alguma cueca pelo menos, já que ainda precisava usar o pijama do hospital.
Logo uma enfermeira entrou com uma cadeira de rodas, Lan Wangji se acomodou nela sozinho. Embora estivesse fraco e um pouco tonto conseguia se mover sozinho.
A enfermeira o empurrou até alguns quartos depois do seu e parou. Suas mãos se contorciam no colo, tinha medo do que veria.
A porta se abriu e tudo que ele viu foi uma maca e tubos. Aquilo não era seu marido. Não era o ômega alegre e sorridente que conhecia. Não era quem o olhava com tanto amor.
Não tinha mais lágrimas para chorar. A enfermeira deixou a cadeira próxima a cama e então ele pode ver, braços engessados, pernas com alguns ferros e seu rosto quase irreconhecível cheio de hematomas e com parte de seu cabelo tão bem cuidado raspado e enfaixado.
Segurou o que ainda conseguia da sua mão, que era apenas as pontas de seus dedos que saiam do gesso.
-Eu vou esperar você, eu sei que você vai voltar para mim, para nosso filhotinho. Eu te amo Wei Ying, e estou grato aos céus que você esteja vivo. Eu vou esperar o tempo que for até você voltar. Não me deixe por favor.