Nosso Romance Proibido - Loki Laufeyson

Cap. 18° - Reconciliação

Hoje, passei o tempo cuidando de mim mesma após a "crise" de saudades que me aconteceu ontem. Senti que precisava de um momento de autocuidado, um istante para me reconectar comigo mesma e com as boas memórias que guardo. Iniciei o dia dedicando um tempo especial para minha pele, aplicando cremes fazendo massagens suaves, como se cada toque pudesse aliviar um pouco da saudade que sinto.

Em seguida, meditei para equilibrar a alma e tomei um banho relaxante, preparando a água com flores calmantes que exalavam um perfume reconfortante. A sensação da água morna escorrendo pelo meu corpo parecia levar consigo um pouco da dor da ausência, trazendo uma sensação de paz e tranquilidade. Esse ritual me ajudou a encontrar um momento de serenidade em meio à turbulência dos meus sentimentos.

Depois do banho, penteei meu cabelo com cuidado, sentindo cada fio deslizar pelos pente. Enquanto realizava essa atividade simples, minha mente vagava pelas boas lembranças que Loki me proporcionou. Não pude evitar sorrir ao recordar das vezes em que ele me levou para passeios em Midgard. Ele me ensinou sobre os peixes, compartilhando seu conhecimento com um entusiasmo que me contagiava. Lembro-me com carinho o momento que ele me levou até uma linda clareira. A natureza ao nosso redor parecia um cenário de sonho, e eu me sentia completamente em paz ao seu lado. Foi nesse lugar mágico que ele me beijou pela primeira vez após algumas memórias minhas antigas terem voltado, um momento que ficou gravado na minha memória com uma nitidez surpreendente. Cada detalhe daquela tarde, desde a brisa suave até o som distante do lago, está guardado em meu coração.

Foi muito "maneiro".  Essa é uma palavra que aprendi com uma humana aleatória enquanto eu estava explorando as ruas de Midgard.

Essas recordações são como tesouros que carrego comigo, lembranças de momentos que me fizeram feliz. Cuidar de mim mesma hoje foi uma forma de homenagear essas memórias, de me reconectar com a pessoa que fui ao lado dele e de encontrar força. Concluí o dia sentindo uma renovada sensação de paz, grata por ter tido a oportunidade de viver esses momentos.

A noite cai e, quando escurece mais, não consigo dormir. Sento-me à janela, apreciando a brisa e observando a paisagem noturna encantadora à minha frente.

De repente, escuto três leves batidas na porta.

— Quem é? — pergunto.

A porta se abre lentamente, revelando a figura de Loki. Seu semblante é sério, mas há uma tristeza profunda em seus olhos. Ele entra e se aproxima de mim.

Sua presença enche o ambiente de tensão, eu estava com saudade dele, mas ao mesmo tempo ao vê-lo de perto, relembro o que ele tramou e a raiva está voltando a meu coração.

— Ava, precisamos conversar. — diz ele, a voz baixa e sincera.

Eu o encaro com frieza, meu coração ainda apertado de mágoa. — Não quero falar com você.

— Sei que eu sou a pessoa que você menos quer ver hoje — ele suspira, sua voz pesada. — Mas preciso me desculpar, tenho de esclarecer as coisas entre nós.

— Loki, vá embora.

— Por favor, deixe-me falar primeiro. — Ele se aproxima, cauteloso, como se temesse que eu possa explodir a qualquer momento. — Sei que fiz coisas terríveis e que te magoei profundamente. Eu me arrependo de tudo isso. Eu queria poder voltar atrás e consertar cada erro.

— Você acha que desculpas são suficientes? — Minha voz é cheia de raiva, mas também de dor. — Você me usou, mentiu para mim, planejou minha morte!

— Eu sei, e estou disposto a fazer qualquer coisa para provar que estou arrependido. — Loki se ajoelha diante de mim, pegando minha mão. — Ava, você é a única pessoa que não é miserável, nunca imaginei que sentiria algo assim por alguém. Eu fui tolo e cego, e agora tudo o que quero é uma chance de mostrar que posso ser diferente.