Nosso Romance Proibido - Loki Laufeyson

Cap. 25° - "Você é forte e Corajosa".

Mas e se aquele homem de chifres tiver algo a ver com minha gravidez? Não, isso não seria possível. Eu não o conheço, mas meu coração parece saber mais sobre ele do que eu imagino. O aperto é crescente e angustiante a cada dia que passa.

Dias se passaram após o casamento e o interrogatório suspeito com Odin. Mas a pergunta que não sai da minha cabeça é: "quem é o pai desta criança?" Não posso perguntar a ninguém, como sou uma princesa, o filho tem de ser de Thor, mesmo não sendo. Apenas Frigga e algumas servas sabem da minha gravidez. Eu deveria conversar com elas?

Agora que estou grávida, como minha vida vai ser? O que vou fazer? Eu não sei como cuidar de uma criança. Uma vez, Nia me disse que quando o bebê nasce, tem que dar de mamar o dia todo ou então na hora em que ele quiser. Eu amo dormir, como poderei me sacrificar tanto? Acho que não estou pronta para ser mãe. Eu serei uma boa mãe?

Mas já consigo sentir um certo tipo de amor por esse serzinho que cresce em meu ventre, embora ainda esteja tão pequenino. Talvez eu tenha que sacrificar meu sono, mas se ele tivesse um pai, seria melhor do que eu cuidar dele sozinha.

Sentada sozinha no banco do jardim interno, meus pensamentos me acompanham. Eu queria a resposta para todas essas perguntas, mas pelo visto tenho que esperar. E se eu perguntar a alguém sobre isso? Mas a quem eu poderia...

Eu me viro ao escutar alguns passos, Frigga está aqui.

— Olá, minha querida.

— Olá, Frigga. — Eu a cumprimento com um aceno, tentando sorrir.

Ela me observa por um momento, seu olhar é suave e compreensivo.

— Por que está aqui sozinha? Está tudo bem?

— Tenho muitos pensamentos em minha mente, eles me mantêm presa às vezes.

— Gostaria de compartilhar esses pensamentos com alguém de confiança?

Eu hesito, mas respondo. — O que você acha de uma mulher que está grávida? Eu não sei o que pensar, acho que deve ser muito difícil para ela...

Frigga se senta ao meu lado, colocando uma mão reconfortante em meu ombro.

— É natural que uma mulher grávida sinta um turbilhão de emoções, querida. A gravidez traz muitas responsabilidades, mas também muitas alegrias. É um período de transformação.

Eu balanço a cabeça, sentindo um peso em meu peito.

— Eu... não sei se estou pronta para ser mãe, Frigga. Tenho tantas dúvidas e medos. E... e se eu não for uma boa mãe? E se eu não conseguir cuidar do bebê?

Frigga sorri, um brilho de sabedoria em seus olhos.

— Os deuses não nos dão desafios que não possamos enfrentar. Você tem força dentro de você, mais do que imagina. E você não está sozinha. Eu, as servas, todos estamos aqui para te apoiar. Não tenha medo de pedir ajuda.

Eu olho para ela, sentindo um pouco do fardo se levantar.

— Mas há algo mais, Frigga... — Minha voz treme. — Eu não sei quem é o pai da criança. Isso me atormenta ainda mais. Como posso cuidar de um bebê sem saber de onde ele veio? E se... e se ele não for aceito?

Frigga aperta minhas mãos com firmeza, transmitindo calor e segurança.

— Minha querida, a origem de uma criança não define seu valor, nem o amor que você pode oferecer. As circunstâncias podem ser confusas e dolorosas, mas o que importa é o amor e o cuidado que você dá. E pelo que vejo, você já tem esse amor dentro de você. Isso é o mais importante.