Ava, a princesa elfa herdeira, conhecida por sua, elegância impecável e inteligência sagaz. Apesar de sua posição privilegiada, ela sempre valorizou sua independência e a liberdade de fazer suas próprias escolhas. No entanto, a pressão de seu título...
— Afinal, é tudo muito valioso o que você possui, sua força, seus poderes...
— Mas o que realmente importa para mim, é saber se a pesssoa por quem meu coração queima agora, é a certa?
— Com certeza não, filha. Aquele ex-prisioneiro está te manipulando como ele costuma fazer com todos que o rodeiam.
— Mas... minha intuição diz outra coisa.
— Nem sempre a intuição está certa como pensamos. E te digo, eu sou a pessoa que mais se preocupa com você... Eu nunca faria algo para te magoar, então, pare de insistir nesse tal de Loki.
— Tudo bem, pai. — eu sussurro, com a cabeça baixa como se não percebesse seu jogo.
Ele levanta meu rosto e toca meu queixo delicadamente.
— Querida, não fique triste, olha só quantas coisas você tem de valioso, fez uma ótima escolha ao se casar com o Thor, o trono é seu assim que Odin deixá-lo livre...
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Eu me sento à beira da minha cama, olhando ara o anel em meu dedo. A luz fraca do amanhecer se infiltra pelas cortinas, lançando sombras longas e suaves no chão. A conversa com meu pai, ainda fresca em minha mente, ressoa como um eco distante que se recusa a se dissipar. A maneira como ele tocou meu rosto, o tom gentil de sua voz, tudo parecia certo, mas, ao mesmo tempo, profundamente errado. Como se algo estivesse fora de lugar, como uma melodia tocada em uma nota errada.
Ele me falou sobre a manipulação de Loki, mas como ele sabia? Eu nunca mencionei nada sobre meus sentimentos conflitantes por Loki, nem a incerteza que permeava cada interação nossa. Meu pai, a pessoa em quem eu sempre confiei cegamente, agora me parece uma figura distante, envolta em mistério e mentiras que eu estou determinada a desvendar.
A verdade é que não consigo lembrar de ter escolhido me casar com Thor. Na verdade, a ideia parece ridícula para mim agora. Thor é um amigo, um aliado confiável, mas nada mais do que isso. Como acabei ao lado dele no altar, trocando votos que pareciam tão vazios quanto as promessas feitas em desespero? A memória daquele dia é nebulosa, envolta em uma névoa que me impede de lembrar os detalhes. Eu me vejo no altar, o olhar fixo em Thor, mas meu coração estava longe dali, clamando por algo – ou alguém – que não estava presente.
