Cap. 24° - Proposta e Interrogatório

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***Sentado no chão da prisão, minha mente é um turbilhão

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Sentado no chão da prisão, minha mente é um turbilhão. Por que Ava não se lembra de mim? Se ontem pela manhã estava com ela, ajudando-a a se preparar para o casamento.

Há semanas atrás, Ava e eu treinamos juntos. Ela é uma aprendiz habilidosa, com uma mente afiada. Ensinei-a a se comunicar comigo por mensagens telepáticas; ainda posso alcançá-la dessa forma, mas farei isso quando realmente precisar, apesar da saudade que sinto.

Pego um livro da estante empoeirada e começo a folhear. Suspiro. Mas meus pensamentos são interrompidos quando escuto uma voz familiar em frente à minha cela.

— Loki, Loki Laufeyson — a voz sorrateira ecoa pelos meus ouvidos como um chamado.

Ao me virar, avisto Finrod em pé, em uma postura de autoridade.

— O que você quer?

— Ah, meu caro. Não precisa perguntar, você deve saber o que eu quero.

— E você deve saber o que eu quero; que me deixe em paz e vá cuidar da sua vida. Não tem nada melhor para fazer além de encher meu tempo com suas asneiras?

— Sua educação é sempre elogiável, Loki — ele ironiza, se aproximando de mim.

— Vá embora.

— Não, até eu disser o que eu quero.

Reviro os olhos.

— Bem, vim aqui hoje te fazer uma proposta... melhor dizendo, propor um acordo.

— Prossiga — digo, cruzando os braços e fixando meu olhar nele, tentando esconder qualquer sinal de nervosismo. — Que tipo de acordo?

Finrod sorri, seus olhos cintilando com malícia calculada. Ele dá um passo à frente, aproximando-se mais.

— É simples, realmente. Eu sei que você e sua... aliada, Ava, estão tramando algo contra Odin. E, acredite ou não, eu compartilho algumas de suas preocupações sobre o reinado dele. No entanto, meus interesses são um pouco diferentes.

Franzo o cenho, intrigado.

— Diferentes como? — repeti, sentindo a tensão aumentar no ambiente.

Finrod dá um leve sorriso, um brilho calculado em seus olhos.

— Digamos que meus objetivos pessoais envolvem a obtenção de certas informações e, talvez, a remoção de alguns obstáculos incômodos — ele diz, sua voz suave como seda. — Eu poderia ajudá-lo a avançar seus planos. Em troca, você me faria um favor específico...

Eu o encaro, minha mente correndo em várias direções. Não é segredo que Odin acumula inimigos, tanto declarados quanto ocultos. Mas aliar-me a Finrod? Isso exige cautela.

— E por que eu deveria confiar em você? — pergunto, minha voz carregada de ceticismo.

— Porque, meu caro Loki, nossos interesses se alinham neste momento. Ambos queremos ver Odin destituído. E, de certa forma, nossos objetivos podem se complementar. Além disso, a confiança é uma via de mão dupla, não é? Estou disposto a correr o risco, se você estiver.

Nosso Romance Proibido - Loki Laufeyson Onde histórias criam vida. Descubra agora