Chapter 2

354 39 26
                                    

Olá, queridos leitores!
Apenas um adendo, por enquanto, os capítulos sairão toda quarta-feira, porque eles são bem extensos e demandam várias revisões.
Por enquanto, é isso! Boa leitura e não esqueçam do votinho⭐.

------

É um sábado.

Mas isso não importa, porque Sandro deseja uma morte lenta e dolorosa antes mesmo de levantar. Ele está jurando para si mesmo que parece melhor do que encarar o rosto de Ricardo e não poder, de alguma forma, estraçalhar sua cabeça com uma arma de fogo. Ele enrola o tempo suficiente na cama para planejar um suicídio, e mais algum tempo para concluir que um homicidio talvez seja uma opção melhor. Sandro apenas levanta quando não tem mais nenhuma opção — Ou seja, quando Catarina está esmurrando a porta do quarto, prestes a partir-lá no meio.

“Que belo dia pra se estar morto,” e uma pausa. “Pena que alguém não batizou aquele café com chumbinho!” Ele diz, em um tom de voz alto o suficiente para fazer as batidas pararem.

E então, ele abre a porta e a garota diz: “Tanso

Ele revira os olhos, porque nunca entendeu muito bem os xingamentos catarinenses, já que nunca parecem ofensivos. “Bom dia pra você também.” Sandro tenta, mas é completamente ignorado com a entrada brusca de Catarina. Os segundos que passam em silêncio são um pouco perturbadores, e quando ela finalmente para de circular pelo quarto, ele tem vontade de ir embora e deixa-lá sozinha.

“Primeiramente, bom dia.” Os seus passos param bem no meio do quarto e o olhar que lança para o garoto recém-acordado é recheado de ódio com uma pitada de desgosto. “Segundamente, não sei se essa palavra existe, mas enfim! Não tem aquela sua amiga Elisa?” Ela limpa a garganta. “Enviou um roteiro pra você, se é que posso chamar isso de roteiro.”

“Jornalístico é?” Ele pega as folhas da mão de Catarina, lendo e relendo o título diversas vezes; Seu rosto se fecha bruscamente, porque tudo que enxerga é uma grande patifaria. “Que porra é essa?”

Uma das mãos da loira massageia a testa. “Eu também não entendi, te juro.” O garoto está ouvindo, mas seus olhos estão focando no único nome destacado no título. “Ela disse que os olhos da mídia estão voltados para a rivalidade de vocês, mas acho que isso é forçar um pouco a barra. Tipo, olha pra você, acho que não precisa de mais coisas pra gerar entretenimento, já é um entretenimento apenas por existir. E se for para odiar alguém publicamente, que seja ao menos genuíno, né?”

Em grandes letras, no título do documento previsto para ser os seus próximos passos, estava: ‘Propostas de aparição públicas com Ricardo Martins’

“Porra, eu não vou fazer isso, Cat” Ele se senta na beira da cama, procurando nos bolsos o cigarro que guardou na noite anterior, e só encontra apenas um. Sente que seus sentimentos estão sendo tratados como marketing, e não gosta disso. “Aquele cara é insuportável, ele tem uns papos tortos pra caralho, e-”

“Papos? Você conversou com ele?”

“Isso não vem ao caso.” Ele larga o papel de lado, procurando o isqueiro para acender o cigarro, porque estava estampando no seu rosto que conversou. “Mas eu só não vou fazer isso, ‘cês que se fodam!”

“Não sei se você tá entendendo, seu boca-mole.” Ela chega perto e pega o papel novamente. Sem querer, nota que Sandro está transpirando pelo nervosismo. “Isso passou pela gerência de mídias, você vai ter que fazer”.

Havia um rancor real em seus olhos.

“Foda-se! Não vou fazer nada com aquele carioca de merda, valeu?” Ele pega o celular e digita freneticamente para Elisa os xingamentos mais leves que consegue pensar, quando parece satisfeito, cruza os braços como uma forma de defesa. Não quer ofender ninguém como fazia a cinco anos atrás, mas a sua paciência está a um passo de esgotar. “E nenhum pau no cu vai me obrigar!”

ESCÂNDALO! | PauneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora