Chapter 5

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Olá, queridos leitores!
Apesar de ser um dia corrido, cumpri com a minha missão e trouxe mais um capítulo fresquinho para vocês!
Eu peço que tenham paciência e leiam com cuidado, já que esse mísero capítulo tem um grande número de retornos ao passado — Separados por um símbolo (°) — e muito diálogo com contextos amplos.
Por ser uma história meio complexa, com uma série de personagens presos no passado, não posso evitar algumas confusões ao longo dos capítulos, e peço desculpas por isso.
Também estou tentando incluir novos casais que costumo ver em outras histórias, e personagens novos com contextos à parte. Então, socorro!
Enfim, boa leitura e não esqueçam do votinho ⭐!

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Sandro sequer se lembra do dia da semana. Quem dirá o que aconteceu na noite anterior.

Mas ele sabe que acordou, porque sua cabeça está pesando como se houvesse uma pedra gigante sob ela. Ele tenta voltar a dormir, mas está encucado com o fato de acordar na cama, e não no chão, como imaginava. Encara o teto, perguntando-se a razão para perceber isso agora, com tanto sono acumulado.

Ele não gosta de pensar que sua imprudência causou algo tão terrível: Mais um arrependimento para a lista extensa que atualizou ao longo da carreira.

Logicamente, não conseguiu enganar a própria mente. Decidiu checar se não criou um novo CPF enquanto estava bêbado, apenas para garantir; Quando lançou o lençol para longe, percebeu que não está com as mesmas roupas da noite anterior. Ele olhou ao redor e entrou em desespero; Essa não é sua cama, essas não são suas roupas, e esse não é seu quarto.

Ele encara a cama de casal, e respira aliviado, porque não parece ter resquícios de que alguém deitou ao seu lado durante a noite. Por causa da invasiva luz de sol que entra pela janela, ele conclui que deve ter uma frota de pessoas procurando por ele, então era a sua obrigação agilizar para alertar a todos que, para a surpresa de zero pessoas, não foi sequestrado. Mesmo assim, não faz questão nenhuma de se apressar.

Sandro sabe que precisa encontrar o dono do quarto e agradecer antes de sair, mas não há nenhum sinal dele no cômodo. Quando pisa no chão, sente algo que visivelmente não é o tapete.

“Aí-” Ele tampa a própria boca, porque aparentemente encontrou quem estava procurando.

Suas pernas desequilibram e o corpo decai novamente, sentando na cama. Ele encara Ricardo, o garoto mais invejoso e descarado que já conheceu, jogado no tapete, babando feito uma criança desalojada. Um riso curto escapa da sua garganta, mas o restante desaparece quando desliza os olhos sob o peitoral nu do moreno; o paraíso acabando entre a pele e o short de coqueiros que cobre sua cintura. Não é a primeira vez que o paulista se depara com cenas tão deprimentes, mas seu rosto está queimando por um motivo que, bem, ele não sabe dizer.

Seu corpo está curvado, e provavelmente dolorido. De alguma forma, Sandro sente pena, e faz questão de cobrir a pele exposta. Ele faz isso com um cuidado desnecessário; Como se Ricardo fosse de porcelana, e qualquer coisa pudesse partir o seu corpo. Ele toma isso como um ato de agradecimento pelos cuidados, porque sua ressaca parece bem mais leve, comparada às anteriores — Sim, está se referindo às que não acordou no quarto de Ricardo, e isso é um pouco hipócrita.

Sandro levanta pelo outro lado da cama e decide um partido diferente dessa vez; Ele não está com pressa, então vai bisbilhotar e depois sair, porque todo cuidado é pouco no mundo da fama. Mas,  aparentemente, Sandro não lembrou-se desse detalhe quando procurou esse quarto na noite anterior. A presença de Ricardo não parece incomodar quando ele está dormindo feito um bebê. Bom esclarecer para os seus divertidamentes que Sandro não está apelidando ninguém de bebê, é apenas uma forma de falar.

ESCÂNDALO! | PauneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora