Chapter 3

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Olá, queridos leitores!
Saudades de vocês, tive que tirar uma folga temporária porque realmente, os capítulos são um pouco exaustivos de escrever, e me causaram uma sobrecarga bem grande.
Não sei dizer se esse capítulo está muito bom, inclusive, peço ate desculpas antecipadamente!
Recomendo ouvirem 'Salvatore', foi a música que ouvi escrevendo. Boa leitura!

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Sandro estava realmente tentando não pensar no dia anterior.

O domingo chegou, e ele ainda lembra de todos os detalhes, até mesmo da música que estava tocando nas caixas de sons presas à parede. A pior parte era o fato de que não havia nenhuma razão para Sandro se lembrar das cenas comprometedoras da noite anterior, mas por algum motivo, ele se lembrava. E isso causa uma certa inquietação no seu peito; O paulista tem quase certeza que ela não estava ali antes do momento você-sabe-qual que espiou na confraternização.

Quando ele se tromba com um dos garçom pela sua falta de atenção durante o café da manhã — Ele estava pensando no poder que o jornalista tinha em suas mãos, mas não confessaria isso sequer diante de uma ameaça de morte. —, a primeira coisa que ele procura é a mesa de Rio, porque é interessante para ele saber se o loiro estava rindo da sua desatenção. Bingo! comemora silenciosamente, porque ele está, mas isso não deveria ser o primeiro pensamento de Sandro. Ele chuta a mesa quando se senta e não come direito naquela manhã.

A segunda-feira floresce como uma péssima manhã de verão, e ao se levantar, até o aroma do dia está diferente: Está trágico. Sandro tenta ignorar todos esses malditos fatores e o dia se passa sem muitos eventos. No entanto, ocasionalmente, acontece dos olhos de Sandro procurarem por Ricardo sempre que adentra em novos cômodos e espaços. A razão que justifica suas ações é de que, ao invés de querer matá-lo, Sandro quer apenas questioná-lo. Ele sabe que isso não faz sentido algum, mas são movimentos inconscientes e ele não quer procurar uma justificativa verdadeira.

Sandro resolve seus afazeres do dia, participa da reunião semanal da equipe de Marketing — cuja qual foi vítima de agressão verbal durante as duas horas que se estenderam —, questionando seus últimos protocolos. Seu caminho para o quarto é um pouco infeliz, e ele realmente gostaria de estar fazendo coisas mais interessantes, mas não tem como fazer nada genuíno quando está sendo vigiado.

Ele atravessa a porta de entrada, e um grito adentra seus ouvidos: “Bah, tú vai arregar, Piá?” e uma risada estridente.

A recepção do hotel é organizada em uma paleta de cores pasteis, provavelmente para transmitir conforto aos que procuram por um hotel aconchegante. Mas ele percebe a baderna que está estabelecida entre os funcionários com a discussão de dois sulistas que Sandro, infelizmente, conhecia muito bem. Ele cogita intervir, mas apenas a ideia causa uma exaustão mental.

“Um marmanjo feito tu, se achando a última bolacha do pacote?” Sandro conhecia as peças, e fingiu não perceber o caos. O paulista não queria desgaste, mas a fofoca diária era como um imã para os seus ouvidos. “Gabriel, só vaza daqui, rapa!’

Sandro não se recorda em que ponto os dois sulistas começaram a não se bicar, mas ele sabe que faz muito, muito, muito tempo.

“Tú que tá afrontando, e depois quer ter moral!” O gaúcho olhou para os lados, porque os dois pareciam estar chamando bastante atenção — Isso sempre acontecia, qual era o seu incômodo, afinal? —, avistando Sandro, que estava falhamente tentando não ser notado. “Boca de cinzeiro, chega aqui!”

Sandro grunhiu, projetando como seria incluído à discussão, e sentindo o desânimo bater na sua porta. Ele seria representado, possivelmente, como a Organização dos Estados Unidos entre o Paraná e o Rio Grande de Sul, e teve que engolir o nó na garganta para exercer brevemente esse papel.

ESCÂNDALO! | PauneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora