🎭 Prólogo.

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Vinte e seis de janeiro de 2017

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Vinte e seis de janeiro de 2017...

Naquele início de ano o frio era quase insuportável para aquele final de janeiro, mas dentro do velho depósito, ele estava seguro do frio que castigava São Francisco. Os sons dos gritos e dos ossos sendo quebrados eram abafados pelas velhas paredes desgastadas pelo tempo, onde a tintura avermelhada estava descascando e com algumas coberturas de fungos esverdeados subindo pelos cantos das paredes de concreto.

Hoseok caminhava até a
a mesa de madeira com as ferramentas que ele costumava usar para suas brincadeiras, as solas dos seus sapatos pretos causava um eco torturante naquele local ocupado apenas por ele e sua nova vítima. Sua arma favorita era a pequena machadinha, tão amolada e capaz de produzir sons satisfatórios enquanto partia alguns ossos ou cortava a carne das suas vítimas.

O ambiente estava mal iluminado, o piso de concreto estava empoeirado e havia uma lona estendida no chão abaixo dos seus pés evitando que o sangue manchasse o chão lhe dando o dobro de trabalho quando fosse removê-lo.

Os dedos magros e delicados, vestidos por uma luva de couro preta, seguravam o cabo de madeira da machadinha e os olhos do homem, que naquele momento estava amarrado a uma velha cadeira de ferro, se arregalaram em pavor. Ele tentou gritar, mas era inútil, ninguém seria capaz de ouví-lo ao lado de fora daquele local inabitado e a melodia vinda de um velho disco de vinil, da sinfonia de Beethoven, se sobressaía a voz sufocada do homem.

Um sorriso satisfeito surgiu em seus lábios quando o homem começou a se remexer desesperado na cadeira em uma inútil tentativa de fugir do sádico que se virava em sua direção como um aviso mudo de que a brincadeira ainda não havia terminado.

A franja dos cabelos castanhos de Hoseok cobriam parcialmente seus olhos lhe dando uma aparência misteriosa e assustadora. Ele voltou a caminhar afim de se aproximar do homem de olhos azuis e cabelos negros desgrenhados.

_Ludwig Van Beethoven. Um clássico, não acha, James?_ Ele indagou com divertimento, mas não obteve resposta alguma do homem._ Conhece esta sinfonia? Ela se chama Für Elise, a preferida do meu namorado. No começo eu odiava Beethoven ou Mozart porque não entendia nada além de sons rápidos e aleatórios. Hoje em dia eu ainda odeio, mas gosto de colocá-las para os meus visitantes.

Hoseok ditava enquanto caminhava com uma paciência absurda, a sola dos seus sapatos evitavam encostar no sangue de James espalhados pela lona ou nos dedos decepados que estavam caídos aos pés dele.

Seus braços estavam atrás das costas e a postura de Hoseok era relaxada e despreocupada, ele não tinha pressa em terminar seu trabalho.

James voltou a se remexer na cadeira gemendo de dor pelo esforço.

_Você é louco, Jung Hoseok!_ Ele gritou usando toda a sua energia para dizer o óbvio.

Os passos cessaram dando início ao silêncio ensurdecedor que foi capaz de gelar a espinha do homem.
Hoseok, inicialmente sorriu exibindo seus dentes brancos e brilhantes que tinham a capacidade de lhe dar um ar adorável e ao mesmo tempo assustador, e então, logo em seguida, ele riu.
A risada era alta e divertida como se James tivesse lhe contando a piada do século.

Joker | Sope.Onde histórias criam vida. Descubra agora