Cap. 14

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1 semana depois
Pov: Lia

Já conversei com Tom sobre a faculdade, ele concordou, desde que eu fizesse semipresencial. Tudo bem, pelo menos já vou ter algo para ocupar a mente.

Já tem 3 dias que eu comecei, Tom, por incrível que pareça, me comprou, cadernos, livros, bolsa e até um notebook, ele não é de muitas palavras, só entra, deixa as coisas em minha cama e sai, sem falar nada, eu já até me acostumei.

Eu converso com Lana todos os dias pelo celular, a carga horária dela no trabalho aumentou, e agora eu também tenho uma ocupação, alem de ser "esposa troféu". As vezes, quanto posso, vou lá visitá-la, eu e Bill, falando nele, ficamos mais próximos a cada dia que passa, Bill ama fazer coisas femininas, como sair para comprar roupas e acessórios, ou andar apenas para fofocar, ele é um amigo e cunhado incrível.

1 mês depois

Lia: Tom, não se preocupe, eu só vou comprar algumas coisas e vou embora, e para de ficar me ligando, aqui é perigoso!

Nesse 1 mês, Tom e eu nos aproximamos um pouco, ele me leva para jantar algumas vezes, me leva para fazer compras, e entre outros,nesses momentos eu faço várias perguntas para Tom,mas, de 10 ele responde 5,bom, já é alguma coisa, o engraçado é que ele não me pergunta quase nada, parece que ele me conhece a anos!

Tom: Lia, não demore, sabe que não gosto que saia sozinha.

Hoje decidi sair para comprar algumas coisas, preciso ter meu espaço também, vim de táxi, e voltarei da mesma forma, mas Tom insiste em querer me buscar e fica me ligando de 5 em 5 minutos.

Lia: tudo bem, Tom, já estou indo para casa.

Tom: onde você está? vou te buscar.

Eu bufou, e apenas aceito.

Lia: Estou na avenida, em frente ao shopping do outro lado da ru... me solta!!!

?: Vamos imbecil, me passa a bolsa e o celular, ou eu vou te dar um tiro na testa.

Lia: pega, pode levar.
-digo nervosa, por conta da arma que estava em minha cabeça- e lá se vai ele, com tudo que me pertencia.

Ótimo, era o que me faltava, levaram meu celular e minha bolsa, e eu nem sei se Tom entendeu onde eu estou, ele deve estar uma fera. E nem dinheiro para ir embora eu tenho.

Vejo uma sorveteira atrás de mim, me sento em uma das mesinhas que ficam do lado de fora, e acabo soltando algumas lágrimas, que segurei no momento de nervosismo.

?: tia, você está bem? Por que você está chorando?

Olho para frente e vejo uma menininha de aproximadamente 9 aninhos, de olhos castanhos e cabelo ondulado, num tom de loiro escuro, ela usava um pequeno avental, com o nome na sorveteria, mas o que me chamou atenção, foi o fato dela estar usando blusa de frio, deve estar fazendo uns 30 graus.

Lia: Estou bem, princesinha, só estou um pouco nervosa.
Um pouco não, eu estava desesperada, mas não quis assustar a pequena, que me olhava atentamente.

Lia: qual o seu nome, pequena?

?: meu nome é Mari, tia, e o seu?

Lia: que lindo nome, o meu é Lia.

Mari: você é muito bonita, porque estava chorando?

Lia: obrigada Mari, você é muito linda também. Não se preocupe pequena, apenas coisas da vida.

Mari tinha um olhar baixo, apesar de ser sorridente, ela parecia triste com algo.

Eu iria perguntar mais sobre sua vida, até que.

Mari: tia, você conhece aquele homem, que está vindo?

Ela parecia assustada, olho para trás e o vejo, então eu a acalmo.

Lia: conheço sim, Mari, é o meu esposo, não se preocupe.
-assim que digo isso, sua expressão muda, e ela fica calma-

Tom: Lia, o que eu te disse? Por isso não a deixo sair sozinha!

Lia: Tom eu... como você achou isso?
-ele estava simplesmente, com minha bolsa e meu celular em suas mãos, como eu nao vi isso antes?-

Tom: eu pedi para Gustav rastrear seu celular, o vagabundo que te assaltou não estava muito longe.

Não pude me conter naquele momento, vou até Tom e o abraço, e por incrível que pareça, ele retribuiu o meu abraço.

Me solto de Tom e olho para Mari, que estava feliz e sorrindo.

Mari: que bom que está feliz, Tia.

Lia: Mari, princesa, esse é Tom, meu esposo. Tom, essa é a minha nova amiguinha, Mari.

Tom: você tem um sangue doce para crianças, Lia, não é possível.

Mari vai para o lado de Tom e o abraça.

Mari: olá tio Tom, você é o herói da Tia Lia.

Tom olha para mim assustado, como se aquilo nunca tivesse acontecido com ele antes, mas depois de alguns segundos Tom sorriu, acho que ele gostou de Mari. E cai entre nós, que sorriso lindo.

Tom: é um prazer te conhecer Mari, obrigada por ficar com, Lia.

Mari se afasta de Tom, e eu ajeito seu cabelo e seu pequeno avental. Mas algo me deixava curiosa, então pergunto.

Lia: Mari, você trabalha aqui, porque? É filha do dono?

Mari: não Tia, eu trabalho aqui, porque preciso, meu pai bebe muito, e o pouquinho que eu ganho, pago as dívidas dele no bar.

Lia: Mari, você é apenas uma criança, não deve trabalhar. E sua mãe?

Mari: minha mamãe morreu quando eu nasci, só tenho meu pai, mas acho que ele não gosta de mim, ele me bate muito, e grita comigo.

Tom: desgraçado.

É impressionante a inteligência dessa menina.
Pego um pedaço de papel e uma caneta em minha bolsa, e anoto meu número

Lia: toma Mari, esse é o meu número, se acontecer alguma coisa, qualquer coisa com você, me liga, entendeu?

Mari: obrigada tia Lia. Agora eu preciso limpar as mesas, foi um prazer conhecer vocês,  tchau tia Lia, tchau tio Tommy.

Tom: tchau pequena Mari.

Lia: tchau Mari, não esquece do que eu te falei.

E assim Tom e eu vamos embora, com o coração partido, se tudo o que Mari disse for verdade, isso é absurdamente triste. Tom foi a viagem toda calado, acho que aquilo também tocou seu coração, se é que ele tem um.

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Voltei.

Pfv, não desistam de mim😭👍🏻

𝓜𝔂 𝓓𝓪𝓷𝓰𝓮𝓻  / Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora