Blue Velvet | Polin.

Take me home, Country roads.

Capítulo dedicado especialmente, as queridas que me cobram atualização todos os dias.

Notas: esse capítulo vai ser dividido em dois, pra não ficar muito grande e eu gosto de deixar vocês curioso/as. Espero que gostem, boa leitura!
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22 de junho de 2014.

— Tira essa música chata, Colin. — Pediu Eloise pela quinta, talvez sexta vez, desde que a playlist do irmão começou a tocar no carro.

— Eu devia ter deixado você ir andando, que menina chatona. — Muito contragosto, ele tirou a música — O que vocês querem ouvir?

— Lana Del Rey, óbvio! — Penelope e Eloise responderam como um coral.

Contradizer uma, era fácil - mentira - mas as duas juntas? Impossível, ele nem ousaria tentar. Colin colocou a tal cantora que pediram e não admitiria em voz alta, mas as letras sutilmente melancólicas eram boas, ver a amiga e a irmã cantando elas, com todo ar existente no pulmão, era engraçado também.

— I JUST RIIIIIIDEEEEEE — Gritou Eloise com a cabeça na janela, quase com o corpo todo pra fora.

— Eloise, sei que a Lana diz que nascemos pra morrer, mas não acho que seja o seu momento de ocupar uma cova. — Penelope puxou a amiga pelo braço, que ria como criança.

— Lana Del Rey é uma lenda viva. — Disse Eloise, se acomodando no estofado novamente.

— E você quase virou uma lêndea morta. — Colin repreendeu a irmã.

— Eu espero que o meu sobrinho, não seja um tonhão igual você. — Rebateu mostrando o dedo do meio.

— Se eu sou o tonhão, você é a toinha, somos irmãos. — Sem ter o que retrucar, Eloise se calou — Seu silêncio saúda a minha vitória.

Penelope ria dos dois, sem tomar partido de um e muito menos do outro, eles se entendiam na própria loucura.

— Acabei de lembrar, que tenho que contar uma coisa pra vocês. — O tom de Colin evidenciava seriedade no assunto a seguir.

— Não me diga que a gasolina vai acabar? — Penelope se manifestou.

— Do jeito que o Colin é tonto, eu não duvido que ele tenha saído de casa com a gasolina no fim, agora vamos ficar parados na estrada. — A Bridgerton mais nova teria uma síncope se isso acontecesse.

— É pior do que ficar sem gasolina. —Fez uma pausa dramática antes de concluir - Anthony desconfia, que eu e a mamãe estamos escondendo alguma coisa. Ele me viu saindo do escritório, no dia que contei sobre a ultrassonografia e o ultrassom quase caiu na frente dele, eu disse que ela só estava me ajudando a encontrar uma faculdade ou intercâmbio, mas vocês conhecem o Anthony...

— Ele não deve ter acreditado e não vai parar de procurar, até encontrar a verdadeira resposta — Eloise se adiantou em dizer.

Escutar aquilo deixou Penelope ansiosa, criando algumas situações na própria cabeça, cujo Anthony poderia descobrir sozinho e na pior das hipóteses, iria esculhambar ela e o Colin. Principalmente o Colin. Claro que eventualmente, o restante da família saberia, tanto os Bridgerton quanto os Featherington, não era uma hipótese esconder a criança da própria família, mas a última coisa que ela queria, era tornar isso uma pauta entre todos. Já lidava com suas questões particulares, estava em processo de aceitação, processo esse que as vezes, até mesmo a família que amava o bebê, poderia atrapalhar.

— Acha que podemos enrolar ele mais um pouco? Sei que não deveria pedir isso, mas... — Suplicou.

— Claro que sim, você não precisa e nem vai, ser forçada a contar nada. Sua saúde e do bebê vem em primeiro lugar. — Colin assegurou, com um sorriso acolhedor.