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Afinal, foi um bom momento com Margrethe e Ubbe, mas agora era sua hora de voltar para casa.
Casa...
Aquele casamento que ele não queria no começo, mas estava começando a não incomodá-lo mais.
Você veio com uma aliança para aumentar o centro comercial de Kattegat, mais homens e mais produtores.
Mas ele não queria se casar na época!
Ele estava vivendo sua vida, festejando, invadindo, sendo feliz com a relação de compartilhamento que tinha com Ubbe e sua esposa.
E a garota que eles trouxeram não era como Margrethe. Você não era tão bonita ou tão sexy, nem se inclinava para o sexo e todas as suas fantasias. Você era mansa e doce, calma e suave.
Uma esposa, afinal. Algo que ele não esperava ter tão cedo, mas agora, um ano depois do casamento, fazia parte de sua vida.
Ele manteve a vida que costumava viver, bebendo, festejando, invadindo, dormindo com seu irmão e Margrethe, às vezes outras garotas no começo. Mas as coisas foram perdendo o sentido e no final das contas, você sempre estava lá para recebê-lo, não importava de onde ele vinha ou quantos perfumes havia em suas roupas.
Seus sorrisos eram menores do que antes, mas mesmo assim, havia uma curva em sua boca para recebê-lo. Comida... Roupas limpas...
Depois daquele ano, Margrethe e Ubbe eram agora sua única coisa fora de casa. A única coisa que ele não se livrou.
E esta noite, a conversa com os dois foi tudo o que fizeram. Um bom tempo falando sobre como ele se sentia em relação ao casamento, como era estranhamente bom imaginar que você estaria ali para ele e como, talvez, ele tivesse crescido em mente, amadurecido o suficiente para algo que aconteceu fora de seu tempo.
Ele era um menino quando se casou. E você era uma mulher, para um homem.
Talvez, um homem que ele se tornou depois de tudo.
Hvitserk sorriu pensando em como Ubbe deu um tapinha em seus ombros. Como ele saiu para voltar mais cedo.
Ele nunca pensou que seria exatamente o que lhe permitiria ver sua esposa... Preparando-se para partir.
— S/N? O que é isso? Há algo de errado com seus armários? — ele perguntou, vendo você colocar suas coisas em bolsas de couro, organizadas como sempre.
O resto da casa em perfeita ordem, exceto por uma coisa: não havia um sorriso em seu rosto para ele esta noite.
— Não há nada de errado com meus armários, Hvitserk — nem 'marido', nem 'amor' ou qualquer outro nome que você tentou todos os dias, durante aquele ano inteiro.
Hvitserk sentiu calafrios congelando seu estômago, fazendo-o rir, confuso.
Ou desesperado...
— E então? Por que você está colocando suas coisas em bolsas, S/N? — ele perguntou, olhando para você, tentando encontrar um único sinal de que sua matemática estava errada.
