Capítulo 4

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A próxima reunião vai tão mal quanto a primeira. Ainda é a mesma onda de calor que tortura a todos, e Worple ainda é um idiota insuportável, mesmo que mantenha suas palavras vis em murmúrios sob o bigode. Harry sente a presença de Snape antes de entrar na sala de reuniões, e então continua sofrendo durante duas horas inteiras de planos e esquemas enquanto tenta não olhar para a garganta de Snape. O que, claro, é absolutamente impossível.

Harry está distraído, acomodando-se mais profundamente em sua cadeira enquanto distraidamente gira a pena entre os dedos, os olhos pesados ​​fixos na garganta de Snape, quando o sente.

Uma cutucada suave em sua consciência, pesada e úmida.

"Olhando de novo, Potter? Devo ser submetido a este escrutínio durante cada uma dessas reuniões?"

Harry faz o possível para conter o rubor furioso que sente surgindo, mexendo-se na cadeira enquanto pega o copo e toma um gole de água morna.

"Invadir minha mente desse jeito não é muito educado", Harry diz a ele, desejando que seus olhos o mantenham firme. Todos os outros na sala continuam imperturbáveis, Kingsley falando sobre algum esconderijo subterrâneo que eles suspeitam perto do Beco do Tranco.

"Nem você encarando", Snape responde, um sorriso malicioso aparecendo em seu rosto.

— Agora, se Robards vai cuidar disso, deixarei os preparativos para você, Henson. Você pode querer consultar o Professor Snape para obter detalhes.

Henson, o recém-nomeado chefe do DMLE, balança a cabeça bruscamente, coçando seu queixo proeminente e anguloso. Snape lentamente deixa seu olhar ir de Harry para o homem, e então lhe dá um aceno sutil.

— Bom! Agora, se tudo estiver resolvido, ficarei muito feliz em encerrar a reunião hoje mais cedo — anuncia Kingsley. Harry se levanta para se livrar da cadeira, todo o seu traseiro agarrado às roupas encharcadas de suor, mas então ele sente a presença de Snape novamente, entrando em sua mente como uma minhoca.

"Por que você participa dessas reuniões?"

Harry afunda em sua cadeira e lança a Snape um olhar perplexo enquanto a sala de reuniões se esvazia. Kingsley nem se preocupa em se despedir deles enquanto sai da sala com um sorriso malicioso.

— Porque é o meu trabalho — Harry responde em voz alta assim que a porta se fecha. Mas, novamente, Snape simplesmente lhe lança um olhar de desaprovação.

"Porque eu preciso ter certeza de que tudo será resolvido", Harry diz a ele em sua mente.

"Isso é ridículo, Potter."

"Não é", Harry cospe com veemência. Ele cruza os braços na frente do peito, mantendo firmemente os olhos no rosto de Snape, longe de sua garganta. "É o meu trabalho e vou terminá-lo."

"Então você não está aqui para ficar de olho em mim?"

Harry engasga, o som estranhamente alto no completo silêncio da sala.

"De olho em você? Foi você quem exigiu estar nas reuniões. Eu estava aqui antes de você!"

"É mesmo?" Os olhos de Snape estão estreitos e Harry quer muito tirar aquele sorriso presunçoso de seu rosto.

"Essa também é a sua explicação de porquê de repente você parece ser um Legilimens tão proficiente? Ou você simplesmente fingiu ter fracassado totalmente no quinto ano?"

"Eu pratiquei durante o ano em que estive fora", Harry lhe diz com raiva, "não que isso seja da sua conta".

"Não é da minha conta se você a usa para saquear minha mente?" pergunta Snape, com um olhar estranhamente desafiador e tão intenso que o pescoço de Harry se arrepia.

A Trick of the Mind | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora