Harry caminhava do lado de fora da cabana, a floresta à frente parecia densa, mas ele não se importou, cuidaria do que era seu trabalho já que Snape lhe fez questão de lembrar o porque de estar ali.Harry não compreendia o mais velho, ele que aceitara de primeira estar ali, ele que cedera ao desejo de ter o mais novo para si, não conseguia compreender realmente a bipolaridade de Snape, era uma bipolaridade tão selvagem quanto o dono de tal transtorno.
À Harry parecia que Snape era um daqueles personagens das novelas trouxas que sua “tia” assistia quando ele era mais novo, parecia que ele era todo entrega e depois arrependimento.
Mas a Harry custava acreditar que Snape se arrependia de algo que acontecera entre eles, ele mesmo disse que sonhava sonhos pervertidos com o mais novo e que o desejava, não seriam palavras sarcásticas que já estava acostumado a ouvir com o intuito de lhe ferir que mudaria seus planos de fazer Snape se render a si.
Harry já se sentia mais calmo após sua linha de pensamento, caminhava agora à admirar o território que lhe cercava, haviam alguns passarinhos à cantar e lhe pareceu o lugar mais indicado a se estar. E ao andar pareceu a Harry ter ouvido o som de uma queda d’água, apressou seus passos ao se aproximar de uma pequena cachoeira, o local era lindo, havia um pequeno campo aberto à outra margem das águas cristalinas onde se encontrava ao que lhe parecia um bosque com flores e ervas, além de algumas árvores frutíferas, para Harry parecia quase impossível que o local fosse naturalmente criado pela natureza, talvez alguma daquelas ervas desconhecidas para si fosse de importância para as pesquisas de Snape, mas antes de seguir até o outro lado viu a oportunidade perfeita de relaxar seus músculos naquelas águas, retirou suas roupas, permanecendo apenas com a boxer, e se atirou ao rio, não sem antes colocar sua varinha devidamente guardada entre suas roupas, mergulhou e viu também alguns peixes bonitos por ali.
Pegou sua varinha e atravessou o rio até o campo, conjurou um cesto e colheu algumas frutas e ervas conhecidas e desconhecidas para levar à cabana, acabou colhendo algumas flores belas e não se esqueceu de pegar alguns peixes, levou a cesta à flutuar até a outra margem e atravessou o rio, pegando suas roupas e colocando apenas a calça ao retirar a cueca molhada.
Seguiu até a cabana, que lhe parecia silenciosa, Snape provavelmente estava em seu laboratório, Harry seguiu para a cozinha e por estar com fome resolveu cozinhar algo.
Fez um peixe temperado e cozinhou alguns legumes, fez uma salada com as frutas que conhecia, uma das únicas coisas que tirou proveito da casa em que passou a infância foram as habilidades culinárias que adquiriu.
Resolveu levar às ervas à Snape, mesmo que recebesse palavras sarcásticas por o atrapalhar, fez um prato e juntou ás ervas para levar, porém antes que alcançasse o laboratório, Snape sai de lá com uma carranca.
- Potter? – ele olhou para Harry com uma sobrancelha erguida, primeiro para o peitoral que esse exibia descaradamente e depois para a cesta e o prato que o garoto levava, um de cada vez. – Oh...cozinhou para mim? – disse zombeteiro.
- Eu...não... – disse Harry um pouco envergonhado. – Só estava trazendo algumas ervas que encontrei que talvez lhe sejam interessantes. – disse firme dessa vez.
Snape apenas olhou para o cesto e o retirou da mão de Harry.
- Depois dou uma olhada Potter. – Disse se dirigindo à cozinha.
Harry o seguiu.
- Sabe, você poderia parar de me chamar de Potter depois do que fizemos. – disse na intenção de constrangê-lo.
- Não é porque fodemos que temos algum grau de intimidade POTTER. – disse pegando alguma bebida da geladeira, enquanto Harry parecia chocado demais para falar algo.
– Vai comer isso Potter? Que bom, então vou tomá-lo para mim. – disse em um tom malicioso que assustou Harry.
Conforme Snape se aproximava com um olhar malicioso Harry dava passos para trás, até encostar no balcão, Snape ao chegar perto demais fez Harry prender a respiração e fechar os olhos esperando a ação de Snape, então para deixar Harry confuso Snape apenas se aproximou do rosto de Harry e sem mais nem menos tirou o prato de suas mãos e se dirigiu ao laboratório com um sorriso sombrio no rosto.
Harry abriu os olhos mais uma vez chocado com as ações do mais velho, soltou a respiração e colocou sua mão no peito enquanto respirava fundo.
Harry percebeu que Snape estava jogando o tempo todo consigo. Mas se Snape achava que ganharia o jogo, ele estava muito enganado, podia estar 2x0 à favor dele, mas Harry viraria o jogo.
Era o que Harry pensava enquanto bufava de raiva e se dirigia para o seu quarto para pensar em algo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Futuro Inesperado
Любовные романыTrês meses após a batalha da decisão, Harry volta à Hogwarts para ajudar a reconstrui-la, acabando por ter um encontro inesperado com seu antigo mestre de poções determinado à saber mais sobre a atual situação de seu ex-professor, Harry o segue até...