Eu estava tremendo, e se ele descobrisse que eu estou aqui?Bem que Hermione falou que seguir seu professor de poções que te odeia não é uma boa idéia, bem, a guerra acabou a três meses e eu estou em Hogwarts para ajudar a recostrui-la, até agora eu não tive a oportunidade de pedir desculpas para Snape, tudo bem eu até tive oportunidade quando o salvei na casa dos gritos, ou quando ele acordou no St. Mungos, ou até quando ganhamos no mesmo dia as medalhas da Ordem de Merlin, mas parece que depois que a Guerra acabou, eu continuo sendo seguido pelas pessoas que querem controlar a minha vida, e ainda continuo fazendo o que faço de melhor, seguindo o meu instinto, o porquê de eu estar no armário de Snape?
Simples, ele chegou de uma hora para outra ainda vestido como o morcegão das masmorras, bem não é como se ele fosse começar a vestir rosa bebê depois da guerra né?
Alguns hábitos nunca mudam, certo?
Ele seguiu para a sala da nova diretora, Minerva, é claro que antes ele deu um aceno quase imperceptivel com a cabeça ao passar por nós e eu?Simplesmente o segui.
Claro que avisando antes para Hermione que estava com Rony, sim os dois estão namorando a um mês, espero que de certo, enfim, segui Snape e aqui estou vendo ele se encostar na mesa de Minerva tranquilamente, nunca o havia visto despojado desse modo, estranhamente sinto um comichão em meu peito, talvez seja surpresa.
- Oi meu rapaz como vai? - Disse Dumbledore de seu quadro em destaque na parede.
- Não sei Alvo estou meio perdido com o fim da guerra, nada parece mais ter um sentido, às vezes acho que eu deveria ter morrido na Casa dos Gritos, mas é claro que Potter nunca faz nada direito. - diz sarcástico.
- Seu humor nunca vai mudar, Severus meu rapaz, mas acho que você deveria agradecer à Harry ele te salvou da morte.
-Infelizmente, agora parece que eu não tenho mais nenhum rumo e muito menos uma missão a cumprir.- senti um certo desespero em sua voz, mas talvez seja ilusão da minha cabeça.
- E isso não é bom?
- Não Alvo, porquê parece que agora não há mais nada a ser feito por mim, a minha vida inteira eu servi a dois senhores, protegi Draco meu afilhado, e protegi Potter por amor a Lílian e agora eu não tenho mais o que fazer porque minha dívida ja foi paga, ora, devo agradecer ao Potter-Mirim? - mais uma vez o sarcasmo era evidente,mas eu pude entender seu desespero.
-Quer saber o que eu acho?
- Não, não gosto quando seus olhos ganham esse brilho . - Disse com desprezo.
-Acho que você está vivo porque sua missão ainda não acabou, pense bem meu garoto, se você, um homem de 41 anos, se sente perdido, imagine um menino de 17 que sempre teve a vida controlada por todos, Harry precisa de um padrinho mágico para o guiar, agora que eu e Sirius não estamos mais com vida.
Nessa hora percebo que o silêncio de Snape demonstra que ele está avaliando as palavras de Alvo.- Bem, não sei acho que tá na hora do garoto crescer, ele não precisa de mais alguém tentando controlar sua vida. -nessa hora agradeço mentalmente por Snape pensar dessa maneira.
- Não quero que você o controle, quero que você o ajude.
- Não sou a pessoa mais capacitada para isso. - Disse com tom de amargura.
- Severus, meu garoto, você foi espião duplo todos esses anos, o protegendo e ainda está vivo para contar a história, graças à ele, não devemos esquecer disso, não vejo pessoa mais qualificada que você. -Disse com aquele tom sábio que só ele tinha.
- Sabe Alvo, até morto você consegue pensar nessas caraminholas, posso pensar em ajudá-lo, mas se ele não se esforçar o bastante, não verei outra alternativa à não ser deixá-lo. - Disse sério, cheguei a ter calafrios, esses que só aumentaram quando surpreendentemente, Snape se vira em direção ao armário e se dirige à mim:
- Ouviu não é Potter? Vai ter que se esforçar, entro em contato em algum momento. - Ele se vira e sua capa dramática o segue quando o mesmo passa pela porta.
Saio do armário ( Autora: Rsrs ��) e olho para o quadro de Dumbledore estupefato, mas o mesmo já está dormindo, claramente em falso, e me pergunto onde tudo isso vai dar.
...
- É sério Hermione, Harry vai enlouquecer se for apadrinhado por Snape. - Dizia Rony em desespero, ao qual claramente não era falso.
- Mas Rony, Harry mesmo disse que foi o professor Dumbledore que pediu para Snape ensina-lo as artes mágicas, e você sabe que ele é brilhante. - Dizia Hermione, esses dois mesmo namorando não dão uma folga para essas brigas.
- E um sádico. - Dizia ele com escárnio.
- Mas brilhante. - Digo sem nem perceber, Rony me olha indignado. - O quê? Você sabe que ele é. - Digo envergonhado pelas minhas palavras.
- Viu Rony, Harry o reconhece, o que custa para você aceitar isso. - disse Hermione com as mãos na cintura.
- Reconheço o esforço dele na guerra e o seu papel importante para o fim dela, mas me desculpa se ele não é o padrinho mágico ideal para o meu melhor amigo, tenho o direito de pensar isso. - dizia já vermelho.
- Pois eu também sou melhor amiga dele e... -
Ela não pode completar seu raciocínio pois ouvimos umas bicadas de coruja na janela, nós nos dirigimos até ela e devo dizer que a coruja era muito linda, toda negra com lindos olhos verdes em tom acobreado ,uma verdadeira obra prima, enfim, a carta estava endereçada à mim, logo entendi de quem era, já que aquela caligrafia era a mesma que escrevia "Trasgo" nas minhas redações sobre poções na escola.
- Abra Harry. - Dizia Hermione afinada, ouvir um lugar vindo de Rony.
- Leia em voz alta pelo menos. - disse ele, apesar de não querer demonstrar, sua atenção total me mostrava que o mesmo estava curioso.
- Sr. Potter, espero pelo senhor no ministério às 17:00, na sala do Ministro kingsley Shacklebolt, sabe que não tolero atrasos, espero ansiosamente sua santa presença. -eu li frustrado.
- Ah, ele nem disse para quê era, viu esse sarcasmo? Ele não é tão confiável assim, quem garante que agora que Dumbledore e Voldemort não estão mais aqui ele não vire alguém do mal ou algo assim e queira se vingar do Harry. -Disse Rony sem nem mesmo fazer sentindo.
- Rony, claro que Snape cuidaria de Harry a vida inteira, o protegendo para que ele não morra para depois o matar, se ouça Rony. -Dizia Hermione mal humorada. - E além do mais deve ser algo importante, afinal vai ser na sala do Ministro Kingsley.
- Ainda não me acostumei com Kingsley como ministro - dizia Rony.
- Okay, eu irei, preciso descobrir o que é, certeza que deve ser alguma lição de Snape. - Eu disse com convicção.
- Não diga que não avisei. - Disse Rony contrariado.
- Isso mesmo Harry. - Dizia Hermione como uma mãe orgulhosa.
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Um Futuro Inesperado
RomanceTrês meses após a batalha da decisão, Harry volta à Hogwarts para ajudar a reconstrui-la, acabando por ter um encontro inesperado com seu antigo mestre de poções determinado à saber mais sobre a atual situação de seu ex-professor, Harry o segue até...